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05/08/2023 | 11:28

Polícia indicia empresários envolvidos com esquema de fraude em contratos médicos em MT

A Justiça autorizou a instauração de outros inquéritos policiais para investigar eventual participação de agentes públicos

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Polícia indicia empresários envolvidos com esquema de fraude em contratos médicos em MT

Foto: Reprodução

A Polícia Civil indiciou 22 empresários, nesta sexta-feira (4), acusados de estarem envolvidos com fraude em contratos médicos nos hospitais do estado. A organização criminosa intensificou as ações durante a pandemia de Covid-19, segundo a polícia, momento em que pacientes eram internados nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) sem necessidade, visando o aumento dos lucros.

A Justiça autorizou a instauração de outros inquéritos policiais para investigar eventual participação de agentes públicos.

De acordo com a Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), a operação Espelho teve início após a polícia receber uma denúncia de que a empresa contratada para fornecer médicos plantonistas para o hospital, nas especialidades de clínica, estaria disponibilizando número de médicos inferior ao contratado.

Em março deste ano, a polícia cumpriu ordens judiciais e sequestrou carros de luxo e imóveis avaliados em R$ 35 milhões. As buscas e apreensões foram cumpridas em seis municípios do estado.

Investigação
A empresa contratada integrava um cartel de empresas dedicado a fraudar licitações e contratos de prestações de serviços médicos, principalmente, de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), no estado, de acordo com a primeira fase da Operação Espelho.

Na investigação, foram identificados contratos fraudulentos com hospitais municipais e regionais de Mato Grosso.

Já na segunda fase, a polícia descobriu que, especialmente durante o período da pandemia da Covid-19, os investigados intensificaram as ações, aproveitando da fragilidade e desespero de gestores públicos que se viam obrigados a contratar com urgência e a qualquer preço, os serviços médicos de UTIs.

Segundo a polícia, por meio das empresas, a organização criminosa simulava concorrência para a imposição de valores maiores que os praticados no mercado. Os serviços não eram fornecidos na forma contratada e, por vezes, com consentimento dos agentes públicos fiscalizadores.

A polícia disse que pacientes eram internados nas UTIs desnecessariamente, visando o aumento dos lucros.

Os prejuízos apurados, até o momento, superam R$ 35 milhões, com potencial de aumento, conforme a investigação.

A Deccor segue as investigações e o trabalho de apuração conta com a participação dos órgão estaduais. Foram determinadas judicialmente a realização de auditorias pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e Controladoria Geral do Estado (CGE) em todas as licitações e contratos.
 
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