O presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Eduardo Botelho, falou abertamente pela primeira vez que, formalizando sua saída do União Brasil, presidido pelo governador Mauro Mendes, o seu destino será o PSD do ministro da Agricultura Carlos Fávaro. Botelho reiterou seu desejo de seguir no atual partido e na pactuação por entendimento dentro do grupo. O deputado estadual também apontou ficar ao lado de Fávaro nas eleições de 2026, caso confirme sua filiação. 

"É o PSD. Você tem que ir para onde estão interessados em você, onde têm demonstrado mais interesse e é lá. O Kassab já falei duas vezes, o ministro Carlos Fávaro sempre ligando, tem os deputados Wilson Santos e Nininho que sempre me prouram. Você vai para onde? Para onde estão abrindo, insisitindo mais com você. O caminho, provavelmente, será esse", declarou Eduardo Botelho à TV Vila Real nesta sexta-feira (1º). 

No entanto, o parlamentar aponta que a janela partidária que permite desfiliações com cobertura só legal só está prevista para deputados em 2026, o deixando à mercê da liberação de Mauro Mendes. Eduardo Botelho acredita que isso não será um impedimento e citou reunião de março deste ano em que o governador fez um acordo com os deputados do União Brasil que os deixaria sair da agremiação, caso não concordassem com as articulações para as eleições municipais de 2024. Teriam participado da discussão Jayme Campos, Júlio Campos, Mauro Carvalho, Fábio Garcia, Dilmar Dal Bosco e Sebastião Rezende. 

"Por enquanto, preciso da liberação do partido e não temos janela partidária. Tenho que fazer um acordo dentro do partido. Existe um pré-acordo, estou aguardando que se cumpra isso para me liberar. Mas ainda aguardo uma agenda do governador para discutir esse assuno. A princípio gostaria de ficar no União Brasil. Tenho ainda essa esperança de que haja um entendimento", expôs Eduardo Botelho. 

O deputado estadual tem intenção de ficar, mas não está dormindo em berço esplêndido e tem consciência que precisa se movimentar. Inclusive, nesta semana, recebeu Fávaro em seu gabinete na AL. Dando vida a essa articulação no PSD, Botelho já admitiu que ficará na oposição ao grupo de Mauro Mendes nas eleições de 2026 para o governo.

"Evidentemente que se eu estiver no PSD, não tem como eu não estar junto com o grupo que vai trabalhar para as eleições de 2026. Isso é claro! Não sou de ficar com o pé numa canoa e outro pé em outa", encerrou Botelho. 

Hnt