Membro da Comissão de Ética da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Max Russi (PSB), afirmou que a vereadora Maysa Leão (Republicanos) apenas tenta “lacrar” ao insistir na denúncia contra o deputado Gilberto Cattani (PL). O parlamentar é acusado de incentivar o ódio ao sugerir que Maysa estaria defendendo estupradores em uma postagem no Instagram.
Na segunda-feira (18), Maysa retornou à Assembleia para cobrar providências ao Legislativo e se apresentou decepcionada com Max, que manifestou pelo arquivamento da reclamação, justificando que a parlamentar não teria legitimidade para representar contra o deputado.
Russi, por sua vez, afirmou que a vereadora busca ganhar notoriedade da imprensa, visando sua reeleição em 2024. “Ela quer mídia, quer aparecer, garantir a reeleição dela no próximo ano. É o trabalho dela, está pautando a mídia em um assunto que já está repetitivo”, disse na manhã desta terça-feira (19).
Toda a polêmica ocorre após Cattani publicar o trecho de um programa em que questiona a vereadora sobre o que ela pensa a respeito sobre a castração química para homens que cometem estupro. Maysa, por sua vez, responde que o projeto precisa ser analisado porque beira a barbárie.
Ela argumenta que o recorte é tendencioso e insinua que ela está defendendo os estupradores. Diante da repercussão que a gravação ganhou, a parlamentar usou a Tribuna da Câmara para denunciar que ela e sua família estavam sofrendo ameaças de seguidores do deputado.
Max, por sua vez, afirmou que Maysa não tem projetos relevantes e busca a atenção da mídia para se promover.
“Vai ter que continuar indo na Assembleia, tentando me atacar, o Cattani e qualquer um. Ela quer lacra porque não tem nenhum projeto de lei”, concluiu.
Horas depois, Maysa rebateu ironizando as declarações de Max. Os deputados Max Russi estão com poucas pautas para defender, porque estão muito focados no que eu falo, no que eu penso, inclusive colocando palavras na minha boca. Eu tenho muito trabalho para fazer. Politicamente, pra mim, é um assunto encerrado”.
GD
