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Notícias / Educação

10/01/2018 | 15:33

Hora Estendida apresenta balanço positivo e deve ser ampliado para novas unidades educacionais

Da Redação

Hora Estendida apresenta balanço positivo e deve ser ampliado para novas unidades educacionais

Foto: Luiz Alves

Após quase um ano de sua implantação, o programa Hora Estendida tem apresentado resultados satisfatórios em sua aplicação. Tomando como ponto de partida o Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Engenheiro Oscar Amélito, situado no bairro Real Parque, a iniciativa da Prefeitura de Cuiabá finalizou 2017 beneficiando 19 crianças, garantindo os cuidados necessários até a chegada dos pais na unidade e também o desenvolvimento pedagógico dos atendidos.
 

O programa foi implantado pelo prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, com a proposta de suprir a necessidade das crianças permanecerem no CMEI em um horário diferenciado do normalmente praticado nas unidades educacionais do Município. Sendo assim, atendendo a solicitações de diversas mães, que por vezes precisam estender a jornada de trabalho, o gestor cuiabano determinou a implantação do projeto piloto que prevê o prolongamento do atendimento até às 19h30.
 

“Esse foi um dos nossos principais compromisso que, logo de início, buscamos as condições para fazer a implantação. Não tínhamos dúvidas de que seria um grande sucesso, pois é um projeto pensando naqueles que mais precisam do poder público. Pensado principalmente naquelas mães que iam trabalhar e ficam angustiadas, por receio de não dar tempo para buscar o seu bem mais valioso, que são seus filhos. Essa é marca de nossa gestão. Atender de forma humanizada quem realmente apresenta uma maior necessidade. E vamos avançar ainda mais, pois onde estiver um cidadão trabalhador e que precisa do nosso olhar cuidadoso, lá estará nossa gestão”, destaca o prefeito Emanuel Pinheiro.  
 

Reorganização da unidade    
 

Visando garantir o bom funcionamento do programa, o Centro Educacional necessitou passar por um processo de reorganização. Os mais de 70 profissionais e os pais dos alunos foram inseridos no procedimento. Para se chegar a um modelo adequado de execução na unidade do Real Parque, ao longo de 90 dias, as atividades funcionaram em forma de projeto piloto e contou com o acompanhamento de uma comissão da Secretaria Municipal de Educação, que ajudou na realização das adequações necessárias. Além disso, diversas assembleias gerais foram promovidas juntamente com os responsáveis por cada aluno, buscando um constante aperfeiçoamento.   
 

“Levantamos a necessidade junto aos pais em várias assembleias gerais, onde foi feita a identificação daqueles que realmente apresentavam a necessidade. Colocamos como requisito principal que tanto o pai quanto a mãe estivessem trabalhando. Ainda dentro desse processo de implantação, entramos em contato com as empresas em que esses pais trabalhavam e levantamos informações referentes à carga horária. A partir disso, fizemos ainda a medição da distância da empresa até a unidade e o itinerário de ônibus. Tudo isso foi avaliado a curto e médio prazo e permitiu que avançássemos significativamente ao longo do ano”, explica a diretora da unidade infantil, Ádila Andrade.
 

Sucesso e ampliação
 

Conforme a secretária-adjunta de Educação, Edilene Machado, o sucesso do Hora Estendida foi sendo refletido ainda durante o período letivo, onde, após ter começado com  9 crianças, meses depois passou para 12, e finalizou 2017 com quase o dobro do número inicial. A adjunta destaca também que outro ponto que reforça o êxito da iniciativa é o fato do CMEIL Oscar Amélito ter sido um dos que mais apresentaram solicitação de matrícula para o ano letivo de 2018.
 

“O que víamos muito é que, quando mãe ou pai que não podia chegar às 18h, a criança acabava ficando com uma sensação de abandono. Os profissionais da educação têm uma carga horária definida e, às vezes, os vigilantes é quem ficavam cuidando. Eu, por exemplo, já recebi diversas ligações de pais dizendo que filho havia sido encaminhado para o Conselho Tutelar, até porque esse também é o papel da unidade quando os atrasos acontecem constantemente. Nesse processo do Hora Estendida isso não acontece, pois há um grande comprometimento e um trabalho diferenciado”, comenta Edilene.   
 

Para a diretora de Ensino da Secretaria Municipal de Educação, Zileide Lucinda dos Santos, o procedimento de ficar sob os cuidados de vigilantes ou até mesmo o encaminhamento para o Conselho Tutelar, apesar de ser o correto, sempre acaba de alguma forma afetando o psicológico da criança e guardada como uma experiência negativa. Nesse sentido, ela destaca que o Hora Estendida tem sido uma prática inovadora, onde a ampliação para outras unidades já está sendo estudada pela Secretaria.
 

“Tivemos a solicitação de 13 unidades, sendo que 10 estão aptas. Ainda assim precisaremos fazer um novo levantamento, pois estamos em um novo ano e os dados precisam ser atualizados. Tem unidade que não tinha contingente e agora, após o período de matrícula, deve alcançar. A nossa comissão elaborou um projeto de expansão, que em linhas gerais chamamos de “projeto guarda-chuva”, e já está dando orientações para as unidades interessadas. A partir disso, cada uma delas cria seu projeto, pois são necessidades diversificadas que precisam também de metodologias diferentes”, conta Zileide Lucinda.
 

Segundo a avaliação da diretora Ádila Andrade, o programa foi um grande facilitador para os pais, que agora podem ir trabalhar sem a preocupação de ultrapassar às 18h. Além disso, ela ressalta que, o projeto foi criado pensando na necessidade das mães, mas o foco verdadeiro é atender muito bem a cada criança. Para a diretora esse papel tem sido bem cumprido, visto que, por meio de um elaborado processo pedagógico, o programa tem sido muito bem aceito também pelas crianças.   
 

“Tínhamos várias casas no entorno do CMEI, que fecharam. Os pais pagavam um alto valor para essas pessoas buscar e ficar com as crianças até que chegassem do trabalho. Um trabalhador que ganha um salário mínimo tinha que desembolsar de R$ 300 a R$ 400 por mês. Além disso, eram casas que não apresentavam a estrutura necessária para atender essas crianças. Era tudo misturado, um banheiro para 20 crianças. Isso são fatos que foram constatados pelo próprio Conselho Tutelar”, pontua Ádila.  

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