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Notícias / Agronegócios

27/11/2023 | 11:16

​Expedição aponta quebra de safra da soja e economia de Mato Grosso deverá ser afetada

Uma expedição da Aprosoja-MT percorreu 8 mil quilômetros por 30 municípios do estado para mostrar a realidade da soja

TVMais News

Uma expedição da Aprosoja-MT percorreu 8 mil quilômetros por 30 municípios do estado para mostrar a realidade da soja e o que está acontecendo no campo. O resultado foi um cenário desolador, com plantas mortas, solo seco e baixo potencial produtivo.

A expedição, coordenada pela equipe do Clima e Mercado, visitou as regiões Sudeste e Centro-Sul do estado, onde a estiagem e o calor excessivo afetaram severamente as lavouras. Em Cuiabá, por exemplo, as plantas que deveriam estar com 35 a 40 dias de germinação, estavam com apenas 15 dias e muitas já haviam morrido.

O impacto da seca e do calor não se limita ao campo. A economia do estado e do país também vai sofrer as consequências. “A rentabilidade da economia do Estado vai quebrar. Esse dinheiro vai deixar de circular no mercado. Vai faltar na farmácia, no dentista, na oficina, na padaria. É um grande prejuízo para o Estado e para o Brasil, que vai refletir diretamente na balança comercial”, alertou o gerente de relacionamento da Aprosoja-MT, Evandro Carmo Thiesen.

A soja é um dos principais produtos agrícolas do Brasil, responsável por cerca de 40% do valor bruto da produção agropecuária e por mais de 10% das exportações totais do país. Mato Grosso é o maior produtor de soja do Brasil, com uma participação de 28% na safra nacional, por isso, qualquer redução na produção de soja do Estado afeta a oferta interna e externa do produto, podendo gerar inflação, desabastecimento e perda de mercado.

Os produtores rurais sentem na pele os efeitos do clima adverso. “É um ano bem atípico, com índice pluviométrico muito abaixo do normal. Se perfurar 30 cm, a temperatura é de 33 graus. Em nossa propriedade, a média anterior foi 69 sacos, se esse ano se der 60 já está positivo. O lucro vai ficar bem abaixo, devido replantio e gastos que a gente teve”, comentou Alexandre Volpato Gasparello, produtor de Rondonópolis.

Além das perdas na soja, os produtores também enfrentam dificuldades para plantar a safrinha de milho ou algodão. Muitas áreas ainda não foram semeadas ou vão precisar de replante. Outras vão migrar direto para outra cultura, sem passar pela soja.
 
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