O delegado Nilson Farias, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que está a frente da investigação do assassinato do advogado Roberto Zampieri, afirmou que acredita que o crime tenha sido encomendado e executado por um ‘pistoleiro profissional’. O crime ocorreu na noite de terça-feira (5), quando a vítima foi baleada com aproximadamente nove tiros dentro de seu carro, em frente ao escritório, localizado no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá.

De acordo com o delegado, “pelo agrupamento dos disparos, pela forma sequencial e até mesmo, pelo momento de adrenalina, executar dessa forma (o crime), é alguém que tem experiência. Ele sabia manejar muito bem uma arma, foi um ato provavelmente encomendado, e a pessoa manuseava de forma muito competente. Os disparos foram todos concentrados no vidro, especificamente numa parte só; praticamente todos atingiram a região torácica e perna”, afirmou o delegado Nilson Farias.

A DHPP também investiga uma possível ligação com o fato de o advogado ter sido testemunha em 2018  na operação “Bereré”, que investigava desvios no Detran.  “Nada pode ser descartado, todas as informações que chegam para a Polícia Judiciaria Civil agora, estão sendo checadas para ver o eventual vínculo com o homicídio”.

O delegado ainda afirmou que não há relato de ameaças ao advogado. “Ele sai muito tranquilo do escritório, não parecia uma pessoa que estava sendo ameaçada. Pela característica do delito, provavelmente foi um delito de mando, foi estudada essa rotina e o horário que o profissional sai do trabalho”, afirmou Farias.


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