Durante cerimônia de posse de José Roberto Stopa (PV), para exercer a função de prefeito,nesta terça-feira (05), o presidente da Câmara  de Cuiabá, vereador Chico 2000 (PL), falou com a imprensa sobre o novo processo de cassação contra a vereadora Edna Sampaio (PT), resultado de duas denúncias protocoladas por cidadãos.

A parlamentar é investigada por um suposto esquema de rachadinha em que uma ex-chefe de gabinete acusou Edna e seu marido, William Sampaio, de a obrigarem a devolver a verba indenizatória.

A expectativa era de que a leitura do parecer no plenário seja feita na próxima sessão ordinária, da próxima terça-feira (05). A leitura dá início ao plano regimental de 90 dias corridos para que o processo seja concluído.

"O processo de Comissão Processante, ingressa em uma sessão, a presidência encaminha para a procuradoria e normalmente na próxima sessão, ela vai para plenário para apreciação ", explicou Chico 2000.

Questionado se ele vai participar da votação e sobre a opinião sobre o pedido de Comissão Processante, o presidente disse que vai aguardar a decisão do plenário.

"O presidente vota em caso de empate. É condição de qualquer vereador propor, e condição de cada vereador se manifestar a respeito. Eu particularmente, vou aguardar a decisão do plenário. Se houver empate, eu me posiciono, mas ela será lida hoje. Seguirá o rito normal e na próxima sessão, estará na pauta".

Representação

Dois novos pedidos de cassação contra a vereadora Edna Sampaio (PT) já foram protocolados na Câmara de Vereadores. As representações já passaram pela Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, e foram encaminhadas para a presidência do Parlamento Municipal para providências cabíveis.

As representações contra a vereadora petista foram protocoladas por Juliano Rafael Teixeira e Marcos Antônio da Silva Lara. Ambas têm como base a suposta prática de rachadinha por parte da parlamentar.

Cassação

No passado a vereadora Edna Sampaio teve o mandato cassado pelo fato de que teria recebido cerca de R$ 20 mil da ex-chefe de gabinete, Laura Abreu, referentes à verba indenizatória paga pela Câmara de Cuiabá.

Por 20 votos a zero em 11 de outubro, a parlamentar foi cassada, mas retornou ao cargo por meio de um mandado de segurança, concedido pelo juiz Agamenon Alcântara Moreno, que reconheceu pedido da defesa que apontava decadência de prazo, cerceamento de defesa, atropelamento do rito processual e vícios na condução do Processo Administrativo Disciplinar (PAD). O magistrado, no entanto, não julgou o mérito da ação e não impediu a reapresentação da denúncia.