A Assembleia Legislativa (ALMT) criou uma comissão para discutir com o Governo de Mato Grosso uma solução para as famílias que ocupam uma área no Contorno Leste, conhecida como Brasil 21, em Cuiabá. O grupo é composto pelos deputados Wilson Santos (PSD), Valdir Barranco (PT), Gilberto Cattani (PL), Elizeu Nascimento (PL) e o líder do governo Dilmar Dal’Bosco (União).
As famílias despejadas ocuparam a Assembleia durante a sessão desta quarta-feira (13), apara protestar contra a operação policial, que removeu moradores da área ocupada e para reivindicar moradia digna. Logo após, se dirigiram até o Palácio Paiaguás para realizar manifestação exigindo o cumprimento da decisão judicial que impede o uso de força e a demolição das casas. Mas, tanto os manifestantes deputados integrantes da comissão, Wilson, Cattani, Barranco, Elizeu e Dal Bosco, que tentava mediar a situação, foram impedidos de entrar.
Os parlamentares e representantes das famílias do Brasil 21 queriam audiência com o governador Mauro Mendes (União Brasil) ou chefe da Casa Civil, Fabio Garcia (União Brasil). No entanto, eles viajaram para cumprir agenda em Brasília.
O deputado Wilson Santos foi recebido pelo procurador do Estado, José Aníbal, mas não conseguiu convencê-lo a suspender a derrubada das casas.
Na saída da reunião, o parlamentar enfatizou que “perdeu uma batalha”, mas que ainda não irá desistir, afirmando que irá à Brasília nos próximos dias para se reunir com o ministro das Cidades, Jader Filho (MDB-AL), para solicitar unidades do Minha Casa, Minha Vida para a Capital.
“Uma guerra é feita de vária batalhas. Não é porque nós já perdemos duas, três batalhas, que no final nós não vamos vencer. [...] Infelizmente o entendimento do Governo é de que o proprietário tem o direito de fazer a demolição, nós pensamos diferentes e eles pensam dessa forma. O deputado Barranco está articulando uma ida nossa à Brasília, amanhã ou depois, no mais tardar segunda-feira, para falar com o ministro das Cidades, esse ministro tem poder de levar o Governo Federal a desapropriar a área”, disse Wilson à imprensa.
