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14/03/2024 | 10:39

Prefeito acredita em conspiração em seu afastamento

TVMais News

Prefeito acredita em conspiração em seu afastamento

Foto: Davi Valle

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), em uma entrevista à Rádio Cultura FM nesta quinta-feira (14), lançou sérias acusações contra um grupo de vereadores e aos desembargadores responsáveis pela decisão que o afastou da Prefeitura. Conforme o gestor os vereadores reuniram, às escondidas, para decidir sobre a Comissão Processante antes mesmo da publicação da decisão que o afastou da Prefeitura. Segundo Emanuel, essa reunião foi “bancada” pelo Governo do Estado, sugerindo uma conspiração para derrubá-lo do cargo. 

“Está tendo muita coincidência, muita coisa estranha. Dez dias antes da decisão do afastamento, que foi no dia 04 de março, um grupo de vereadores da oposição se reuniu em uma casa no centro da cidade, às escondidas e com clima de euforia. Alegaram que iria acontecer uma bomba com o Emanuel Pinheiro e que eles tinham que preparar uma processante. Como que eles sabiam?”, questionou.

Pinheiro foi afastado no dia 4 de março sob a acusação de chefiar uma organização criminosa que, ao longo de seis anos, teria faturado milhões com desvios de dinheiro público. No dia 7 de março, decisão do ministro Ribeiro Dantas, do STJ, sustou os efeitos das medidas cautelares determinadas no âmbito da Corte Estadual. 
A Câmara Municipal de Cuiabá, no dia 12, aprovou por 16 votos a 8 a abertura da Comissão Processante, que investigará o envolvimento do prefeito em supostos esquemas na Saúde da Capital. O pedido foi protocolado pelo vereador Felipe Côrrea (Cidadania).

O prefeito acredita que o desembargador Luiz Ferreira da Silva foi induzido ao erro e acusa o governador Mauro Mendes (União Brasil) de estar por trás de toda a articulação. 

"Como pode criar factóides para dar um ar de fato novo só para atingir o prefeito Emanuel Pinheiro? Se tem alguém que está sendo induzido ao erro é ele. Com todo respeito ao desembargador Luiz Ferreira, mas é ele. Uma decisão extremamente injusta e reparada em tempo recorde em Brasília [...] Existe todo um patrocínio por parte do Governo do Estado que tenta denegrir, atacar e calar a única voz de oposição, a única trincheira de oposição ao Governo do Estado de Mato Grosso e aos seus descalabros desmandos“, afirmou.

Emanuel Pinheiro afirmou, sem citar nome, que um desembargador durante uma confraternização, se vangloriou de ter feito a peça contra ele, e que iria prejudicá-lo.

Tem um desembargador que era promotor e foi conduzido ao cargo de desembargador recentemente que, tomando whisky, falou para todo mundo que fez toda a peça, que colocou coisas do passado, do presente, que fez uma coisa muito bacana, que ele é o cara e que vão colocar no… do Emanuel. Na frente de autoridades, tomando whisky, rindo, falando alto. O que está acontecendo com Mato Grosso? Tudo isso eu levei para Brasília. Parece que muita gente sabia o que estava acontecendo. São coisas graves", acusou.

Regenold ascendeu ao cargo de desembargador em fevereiro por indicação do governador Mauro Mendes, seguindo a regra do Quinto Constitucional. Anteriormente, ele atuava no Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco) do Ministério Público e esteve à frente de várias operações contra Emanuel.
 
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