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22/01/2018 | 09:20

Fenômeno sul-coreano derruba ídolo Djokovic e vai às quartas pela primeira vez

O Globo

Número 58 do mundo, o sul-coreano Hyeon Chung é um dos belos exemplos de jogadores cujo nível de tênis é muito mais alto do que seu ranking. Aos 21 anos, o tenista oriental impressiona pela velocidade, serenidade, habilidade e regularidade. E essas quatro armas foram fundamentais para ele conquistar a maior vitória da carreira, nesta segunda-feira, nas oitavas de final do Aberto da Austrália: 7/6 (7/4), 7/5 e 7/6 (7/3), contra o sérvio Novak Djokovic (14º), numa batalha de 3h21m. É a primeira vez na história que um representante, no masculino ou feminino, da Coreia do Sul alcança as quartas de final de um Grand Slam.

Curiosamente, Chung começou a jogar aos seis anos e seu ídolo na adolescência era justamente Djokovic, por seu 'fantástico jogo e força mental', segundo seu perfil no site da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais). 

Logo após a partida, ainda na quadra, o sul-coreano fez questão de falar da sua admiração pelo sérvio:

- É um sonho. Estou muito feliz, foi um prazer jogar com Novak. Eu me espelho nele - disse o fenômeno oriental, quando questionado sobre sua incrível flexibilidade.

Profissional desde 2014, Chung tem, por enquanto, apenas um título na carreira: o Next Gen, que reuniu os principais nomes da nova geração, em novembro passado, em Milão, na Itália.

Para se ter uma ideia do tamanho do feito do sul-coreano nesta segunda, apenas outros dois tenistas haviam derrotado Djokovic (recordista de títulos, com seis troféus) por 3 a 0 na Austrália. Foram eles o suíço Roger Federer (nas oitavas de final de 2007, por 6/2, 7/5 e 6/3) e o russo Marat Safin (em 2005, em sua primeira participação, na estreia, por 6/0, 6/2 e 6/1).

 Este é apenas o oitavo Grand Slam do 58º do mundo. Até semana passada, sua maior proeza tinha sido a terceira rodada de Roland Garros, em 2017.

 Embalado, o super-herói sul-coreano enfrenta, nas quartas de final, outra surpresa, o americano Tennys Sandgreen, de 26 anos e 97º do mundo, carrasco do austríaco Dominic Thiem (5º), por 6/2, 4/6, 7/6 (7/4), 6/7 (7/9) e 6/3. É a primeira vez que os dois vão tão longe em um Grand Slam. Os dois só se enfrentaram uma vez na carreira, na primeira semana deste ano: vitória de Chung na estreia do ATP de Auckland, na Nova Zelândia, por 6/3, 5/7 e 6/3.

O cartão de visitas de Chung foi uma quebra de serviço. Dois games depois, ele repetiu a dose e, na sequência, sacou para abrir 4/0. O sul-coreano chegou a sacar para o set em 5/4, mas o sérvio devolveu a quebra. No tiebreak, o oriental se impôs e fechou com um erro não-forçado do hexacampeão.

A vantagem aberta pelo 58º do mundo na segunda parcial foi muito parecida: 4/1. Valente, Djokovic, que chegou a pedir atendimento médico durante a partida, buscou a igualdade novamente. No entanto, sacando em 5/6, o sérvio voltou a ser quebrado e perdeu mais um set. 

O hexacampeão não se entregou e esboçou uma reação no início da parcial seguinte, com uma quebra. No entanto, para seu azar, o sul-coreano estava inspiradíssimo e deu o troco em seguida. E repetiu a dose dois games depois. Djokovic seguia sem se entregar,  devolveu a segunda quebra quando o Chung sacou em 3/1 e empatou. Quando o rival sacou em 4/4 e 0/30, o ex-líder do ranking esteve perto de voltar a levar a melhor. Mas o oriental seguia impecável e fechou as portas para o adversário. Dois games depois, no 5/5, o 58º do mundo também sacou em 0/30 e fechou o game buscando uma bola na direita que parecia impossível: tentando surpreender, Djokovic foi à rede, mas a bola voltou rápido demais e ele cometeu o erro.

 No novo tiebreak, Chung abriu 3/0, Djokovic ganhou os três pontos seguintes. Sacando em 3/3, Djokovic não resistiu à regularidade do oponente, e cometeu um erro não-forçado. No ponto seguinte, o sul-coreano pediu aplausos ao conquistar (mais) uma passada, após (mais) um ponto espetacular. Na sequência, fez 6/3. O ponto final foi um erro não-forçado do hexampeão (e recordista de títulos do torneio).

Elegante, Djokovic falou rapidamente com o fenômeno oriental na rede, ao fim da partida. Certamente, parabenizou Chung por uma partida espetacular.
 

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