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11/04/2024 | 08:12

​Prefeito afirma que servidores serão investigado e obras estão paralisadas

TVMais News

Irregularidades apuradas Operação Caliandra, deflagrada pela Polícia Federal nesta quarta-feira (10), teriam ocorrido entre os anos de 2019 e 2020, durante a gestão do ex-prefeito de Barra do Garças Roberto Farias. O nome do ex-gestor aparece em decisão judicial que autorizou as buscas e estima um dano de R$ 9 milhões ao erário com as obras inacabadas. O atual prefeito, Adilson Gonçalves, afirma que servidores investigados pela polícia também responderão a procedimento interno e que os contratos com as prestadoras de serviços foram suspensos ainda em 2022.

De acordo com a decisão da juíza federal Danila Gonçalves de Almeida, os contratos apresentam indícios de fraude na licitação e teriam beneficiado empresas que não possuíam capacidade técnica para executar as obras. Uma das contratadas, por exemplo, era uma floricultura, o que levou ao nome da Operação, enquanto outra empresa possuía endereço residencial, caracterizando-a como empresa fantasma.

A operação investiga regularidades na aplicação de recursos públicos federais destinados ao Município de Barra do Garças (509 km a leste de Cuiabá). Duas pessoas foram presas acusadas de participar do desvio e a estimativa é que o grupo de empresários e servidores alvos da ação tenham movimentado irregularmente R$ 9 milhões de emenda parlamentar, do Ministério do Turismo e da Superintendência do Desenvolvimento do Centro Oeste.

A atual administração do prefeito Adilson Gonçalves esclareceu que não houve participação nos atos investigados, já que ocorreram antes do início de sua gestão e determinou uma sindicância na apuração dos fatos.

Confira na íntegra a nota da Prefeitura de Barra do Garças:

O prefeito de Barra do Garças Adilson Gonçalves esclarece que as possíveis irregularidades que levaram à deflagração da Operação Caliandra, nesta quarta-feira (10), pela Polícia Federal são anteriores à sua gestão. A licitação para a revitalização da Orla do Rio Garças e da Praça Domingos Mariana ocorreram em 2020.

O objeto da operação são dois convênios celebrados entre a Caixa Federal e a Prefeitura Municipal de Barra do Garças e o montante é de R$ 9 milhões em recursos da União. A operação tem como alvo a apuração de suposta fraude à licitação e desvio de recurso público.

“Em 2020 ocorreu a licitação e assumimos a gestão em 2021, nós verificamos que as duas empresas que estavam tocando a obra, aparentemente, não tinham condições financeiras nem estrutura para tocar uma obra de tamanho e vergadura. De pronto, já entramos em contato com a Caixa Econômica Federal, fizemos diversas reuniões e chegou no ponto que, no ano de 2022, nós entendemos pela rescisão do contrato diante de supostas irregularidades que agora estão sendo apurados pela Polícia Federal. Não compactuo com este tipo de procedimento e entendi por bem fazer a rescisão desses dois contratos”, explicou o prefeito.

A situação atual é que os dois convênios estão no status de obra paralisada e a Prefeitura vem buscando solução junto à Caixa Econômica Federal com objetivo de sanar todas as irregularidades que vão desde o projeto, renovação de licenças e há indícios de que viriam irregularidades desde a expedição de licença ambiental.

“Quando assumi a gestão, tomei medidas para que a rescisão do contrato ocorresse e quero dizer que me coloquei à disposição da Polícia Federal para fornecimento de documentos, friso que não existe nenhuma regularidade durante a minha gestão”, afirmou.

Em relação à notícia de eventual participação de servidores, o prefeito garante que serão devidamente apuradas dentro do âmbito policial e no administrativo, através de instalação de Procedimento Administrativo, mais uma vez friso que trabalhamos para fazer uma gestão eficiente e transparente”, esclareceu.
 
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