A galeria Gasperin, localizada na região central de Cuiabá, foi assaltada na semana passada. O proprietário do espaço, o estilista Edson Mendonça Estadulho Junior, 27, anunciou em sua página no Facebook, nesta segunda-feira (22) que por conta do ocorrido a galeria irá fechar as portas. Ao Olhar Direto ele contou que decidiu abrir mão do local por conta das ameaças dos moradores de rua da região.

De acordo com Junior, os vizinhos acreditam que a invasão teria ocorrido na segunda-feira (15). Ele e os amigos e funcionários não estavam em Cuiabá e ninguém cuidava da casa. Um dos vizinhos ligou para o estilista para avisar que o padrão de energia da galeria estava depredado.

Um dos amigos de Junior então retornou para Cuiabá e ao chegar encontrou as portas do local abertas. Ele acionou a Polícia Militar, mas nenhuma equipe compareceu. Na região central há um posto da PM, e o amigo de Junior então ficou em frente da casa aguardando alguma viatura passar.

Ao avistar o veículo da polícia o amigo os parou e informou sobre a invasão. Os policiais entraram na casa, mas não encontraram ninguém. No entanto, acharam alguns cigarros acesos. Junior disse que apesar da presença da polícia na região, os assaltos continuam acontecendo.

Quando chegou a Cuiabá Junior foi até a galeria e viu o estrago. Além de depredarem o espaço e roubarem alguns pertences, os invasores também defecaram e urinaram no local. Ele conta que quando chegaram, os moradores de rua passavam em frente ao local fazendo ameaças.

“Quando o meu amigo estava lá, com outras pessoas, ele colocou o carro na garagem e ficou do lado de fora, para que não entrassem de novo, porque lá dentro o cheiro estava insuportável. Nisso os moradores de rua ficavam passando em frente falando ‘a gente avisou que o centro é nosso’ e outras ameaças”, disse Junior.

O estilista disse que ainda não conseguiu calcular o prejuízo. Além de roupas e acessórios, foram levados eletrodomésticos, eletrônicos e vários outros pertences. Por conta das ameaças e do prejuízo ele decidiu fechar a galeria.

“Deixamos esse ninho que vivia em construção, pois a casa sofreu um assalto que nos estremeceu, não temos ideia de tudo que se foi. Sob ameaças diárias, anarquia, falta de segurança pública no centro, material de trabalho todo danificado e bens do Gasperin e de alguns fornecedores roubados, assim nos impedindo de voltar as atividades”, disse na postagem.

Um boletim de ocorrências foi registrado dois dias depois da invasão.