O governador Mauro Mendes (União) sugeriu, na tarde desta quinta-feira (25), uma intervenção na Prefeitura de Cuiabá pelo Poder Executivo estadual. A declaração foi feita durante o evento para assinatura de convênio de obras com prefeituras do interior, além da entrega de equipamentos eletrônicos em escolas estaduais. Mauro defende que toda a gestão do Alencastro deixe de ser feita pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).

De março até 31 de dezembro de 2023, a Saúde Municipal foi comandada pelo Governo do Estado, por meio do gabinete de intervenção. Em janeiro a Pasta voltou às mãos do prefeito.

Durante conversa com a imprensa, Mauro comentou sobre os problemas enfrentados na saúde e afirmou que desde o fim da intervenção o setor piorou.

“Foi feita uma intervenção. Cuiabá, os Poderes, todos reconheceram que a saúde melhorou. Quatro meses depois, a saúde piorou violentamente. O que fazer? Deixar a população sofrer ou tomar uma decisão mais drástica? ”, questionou.

Questionado sobre qual seria a “atitude drástica”, Mendes afirmou que o prefeito tem demonstrado ser “ineficiente” e “incapaz”.

“Estadualizar o Hospital Municipal de Cuiabá e o São Benedito está fora de questão. Agora, se eles [Prefeitura de Cuiabá] quiserem uma intervenção na própria Prefeitura, já que se mostra ineficiente e incapaz de gerir a Saúde, para tirar essa conversa de vez, eu topo!”, afirmou à imprensa.

Em entrevista, o Prefeito Emanuel Pinheiro disse que o município não tem recursos para bancar o funcionamento do HMC, uma vez que a unidade hospitalar faz atendimentos de alta complexidade. Ele considera que a estadualização não significaria uma “derrota política” para ele e sim uma atitude de colocar a população em primeiro lugar. Mauro Mendes, porém, quer saber por que o município não consegue cumprir com seus compromissos, já que possui orçamento para isso.

De acordo com a Prefeitura de Cuiabá, o déficit na saúde municipal, até o mês de fevereiro de 2024, era de R$ 546 milhões.