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10/05/2024 | 09:56 - Atualizada em 10/05/2024 | 10:32

Arcanjo se livra de julgamento por assassinato de adolescentes

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Arcanjo se livra de julgamento por assassinato de adolescentes

Foto: Reprodução

A Justiça extinguiu a punibilidade do ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro no processo em que é acusado de ser o mandante dos assassinatos de três adolescentes em 2001. Os jovens foram executados, em Várzea Grande, pelos pistoleiros Célio Alves, Hércules de Araújo e João Leite em troca de R$ 15 mil. A prescrição ocorreu porque, considerando a idade avançada de Arcanjo, atualmente com 73 anos de idade, o prazo prescricional de 20 anos é reduzido pela metade. 

No caso dos assassinatos, a sentença de pronúncia foi prolatada em 2007. Contudo, após diversos recursos, o trânsito em julgado da decisão só se deu em setembro de 2020, 13 anos e quatro meses após a sentença. 

 "Assim, diante do quadro delineado nos autos, com lástima e profunda tristeza, este Magistrado se vê compelido a reconhecer a prescrição da pretensão punitiva do crime que choca a consciência coletiva pela sua barbárie. É com pesar que constato que, diante da ineficácia estatal e dos tantos recursos protelatórios interpostos pela defesa, o tempo corroeu a possibilidade de aplicação da justiça", escreveu o juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira. 

Com a extinção da punibilidade, a sessão do Tribunal do Júri, que havia sido designada para setembro, foi cancelada. 

O CRIME 

Narra a denúncia que os adolescentes teriam furtado R$ 500 de uma das bancas do jogo do bicho na avenida dos Trabalhadores, em Cuiabá. Diante disso, Arcanjo teria ordenado a outro pistoleiro, Sargento Jesus, que os jovens fossem mortos. 

O pistoleiro teria repassado a 'missão' a Célio Alves que, posteriormente, designou o Cabo Hércules para matar os jovens. No dia do crime, 15 de maio de 2001, Hércules, Célio e João Leite sequestraram os adolescentes e levaram as vítimas para um matagal próximo ao bairro São Mateus, em Várzea Grande, onde foram executadas a tiros. 

Os pistoleiros ainda cavaram uma cova rasa para ocultar os cadáveres. O trio deveria receber R$ 15 mil pelo crime, mas o pagamento não teria sido repassado de forma integral porque um dos adolescentes assassinados não estaria envolvido no furto que motivou os homicídios.

Hnt
 
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