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29/01/2018 | 10:11

Pedreiro acusado de abusar da enteada de 7 anos é solto e revolta irmão da vítima

Gazeta Digital

Já está em liberdade o pedreiro Elizandro Rojas Miranda, 62, que foi preso em setembro do ano passado, em Cuiabá, acusado de estuprar a enteada de 7 anos, que dormia junto com a irmã de 11 anos, na casa da mãe das crianças, com quem o acusado convive. Segundo a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), o pedreiro recebeu o alvará de soltura na última terça-feira (23).

O caso aconteceu em setembro de 2017 quando a mãe tinha acabado de receber a autorização para ficar com as meninas que moravam com o irmão paterno, em Campo Grande (MS). Na 1ª noite delas na casa da mãe, o padrasto deitou entre as duas crianças e teria praticado sexo oral com a mais nova.

Indignado com a liberdade de Elizandro, o irmão das meninas, que pediu para não se identificar por medo de represálias, relata aborrecido, a situação que as crianças passaram. Ele passou a ficar com as meninas após a morte do pai.

“Foi uma tragédia o que aconteceu com elas. A gente (irmão e esposa) cuidava com tanto carinho, arrumava cabelo, roupa, tudo o que precisava e daí aconteceu uma coisa dessas, o cara é preso e solto assim. A mãe delas que me ligou avisando isso (a soltura). É muito revoltante. Tenho receio que ele ainda nem seja condenado pelo crime que cometeu e ficar por isso mesmo”, aponta.

Leia mais - Pedreiro abusa de enteada de 7 anos no primeiro dia de convivência com ela

Depois do abuso em Cuiabá, as crianças voltaram para a casa do irmão em Campo Grande. A mais nova, que tinha hematomas nas pernas, chegou a se queixar de dor no ânus. “Levamos ela no posto de saúde, ainda estamos aguardando o resultado. Em Cuiabá, fizeram exames, mas não deu nada”, diz o irmão.

Ele que é pai de 2 meninas, quase com a mesma idade das irmãs, 7 e 12 anos, relata que foi um período difícil para as irmãs. “Nos primeiros dias, acho que uns 20, a mais nova corria para o meu quarto durante a madrugada apontando um homem no quarto. O desenvolvimento dela regrediu muito. A de 11 anos também teve algumas mudanças, mas consegue levar melhor”, conta.

Entre brincadeiras e estudos, elas tentam retomar a rotina normal para crianças de sua faixa etária. “Às vezes elas ficam meio perturbadas quando chega o dia de ir no psicólogo, mas elas precisam para seguir em frente né. Mas também não fazem mínima questão de lembrar da mãe ou pelo que passaram. A vida delas vai seguindo normalmente na medida do possível, ” finaliza.

O processo contra Elizandro tramita em Cuiabá, no entanto por se tratar de um crime de estupro de vulnerável envolvendo crianças, corre em segredo de Justiça.

Relembre o caso

O abuso sexual foi descoberto, no dia seguinte, através de uma psicóloga durante o acompanhamento de adaptação das irmãs na Escola Municipal Francisco Pedroso da Silva, no bairro São Francisco, na Capital.

Segundo a criança de 7 anos, o padrasto entrou no quarto onde ela estava deitada, na companhia da irmã, colocou o órgão genital na sua boca, retirou o short e a calcinha e passou a mão na vagina, em seguida, saiu. A menina de 11 admitiu o estupro da irmã e ainda relatou que fingiu estar dormindo para não ser abusada pelo padrasto.

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