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Notícias / Política

31/01/2018 | 08:42

Deputados confirmam ambiente tenso entre Legislativo e Executivo de MT; avaliação é de que esperaram demais

Olhar Direto

A tese de que “há dias que são noites”, diversas vezes repetida pelo então governador Dante Martins de Oliveira (in memorian) nos instantes agudos de seu mandato (1995-2002), servem para ilustrar o momento da conturbada relação entre o governador José Pedro Taques (PSDB) e os deputados estaduais, inclusive a base aliada. No autêntico diálogo de moucos, a terça-feira, dia 30 de janeiro de 2018, tende a ser lembrada com o dia em que houve consenso no Poder Legislativo: a necessidade de contrapor o chefe do Poder Executivo.
 
E a tensão era sentida em cada sala ou corredor do Edifício Dante de Oliveira, sede da Assembleia, desde as primeiras horas desta terça-feira (30). O próprio presidente da Assembleia, deputado Eduardo Botelho (PSB), responsável pelo anúncio de que iria cobrar judicialmente as emendas parlamentares, resolveu empreender fuga dos jornalistas.

Botelho prometeu conceder entrevista, mas passou como um bólido pelo local onde era aguardado pelos profissionais da comunicação que cobrem o dia-a-dia da Assembleia. “Vou falar mais tarde”, declarou ele, de passagem.
 
Nos bastidores do Edifício Dante de Oliveira, houve até análise de um deputado de que a decisão de Botelho, contra o governo Taques, foi tomada “na hora da raiva”. Sem o próprio Botelho elucidar o fato, dificilmente será possível saber porque resolveu ingressar na Justiça.
 
Ordenador – e organizador – de despesas na Casa, o primeiro secretário da Assembleia, deputado Guilherme Maluf (PSDB), reconheceu a necessidade de cobrança das emendas parlamentares impositivas, com ação no Poder Judiciário. “É o que determina a Constituição de Mato Grosso. As emendas são impositivas e devem ser pagas”, observou Maluf, para a reportagem do Olhar Direto.
 
O líder do governo na Assembleia, deputado Dilmar Dal Bosco (DEM), surpreendeu até à oposição ao apoiar a cobrança dos dirigentes dos poderes sobre o pagamento de duodécimos. Dilmar afirmou aos jornalistas que os poderes têm razão em não aceitar o contingenciamento de 20% desejado por Pedro Taques.
 
Interessante a postura do deputado Mauro Savi (PSB), preocupado em demonstrar cara de desentendido e fazer uma análise pouco convencional sobre a reunião que acontecia entre os parlamentares, com Eduardo Botelho. “O clima lá dentro não tá bom”, disparou Savi, como se fosse uma ‘bomba’, e antes de ser questionado saiu à francesa.

Se é mesmo verdadeira a tese do ex-governador mais popular de Mato Grosso, de que “existem dias que são noites”, a terça-feira (30) ainda não terminou, em Cuiabá, particularmente no Edifício Dante de Oliveira, Palácio da Justiça e Palácio Paiaguás. Podem vir surpresas por aí.

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