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Notícias / Esportes

12/02/2018 | 09:14

Guia da Liga dos Campeões da Ásia 2018

Globoesporte

A Liga dos Campeões da Ásia começa hoje com estrelas do futebol mundial espalhadas pelo continente. No Catar, o holandês Wesley Sneijder (Al Gharafa) e o espanhol Xavi (Al Sadd); na China, os brasileiros Hulk (Shanghai SIPG), Ricardo Goulart (Guangzhou Evergrande) e Alexandre Pato (Tianjin Quanjian); em Hong Kong, o uruguaio Diego Forlán (Kitchee), para citar os mais conhecidos.

O principal torneio de clubes do continente é dividido entre Leste (grupos E a H) e Oeste (grupos A a D), e times de lados opostos só podem se enfrentar na final. Possivelmente é mais para diminuir o domínio dos clubes do Leste no mata-mata do que para poupar longas viagens. De qualquer forma, na final não tem jeito e, nos últimos 12 anos, em 11 o campeão veio do Leste. O recente aumento do poderio financeiro das equipes da China junto com a estagnação das ligas do Oriente Médio aumentou ainda mais a distância entre os dois lados.

A divisão de vagas, de acordo com o ranking da AFC, ficou da seguinte forma:

Coreia do Sul, EAU, Irã, Catar e Japão: três vagas diretas e uma nos playoffs
China: duas vagas diretas e duas nos playoffs
Austrália: duas vagas diretas e uma nos playoffs
Arábia Saudita: duas vagas diretas (ver nota abaixo)
Uzbequistão e Tailândia: uma vaga direta e duas nos playoffs
Hong Kong: uma vaga direta e uma nos playoffs
Jordânia, Índia, Bahrein, Vietnã, Malásia, Indonésia, Mianmar, Filipinas e Cingapura: uma vaga nos playoffs

- A Arábia Saudita só tem dois representantes na fase de grupos, mas teria direito a mais duas vagas. O Al Nassr e o Al Ittihad, terceiro e quarto colocados na Saudi Pro League 2016/17, entrariam na fase de grupos e no playoff, respectivamente, mas eles não atingiram os critérios mínimos para se obter a licença da AFC, assim como os outros clubes sauditas logo abaixo na classificação.

- Clubes de Iraque, Líbano e Síria não puderam participar porque nenhum de seus times está apto a obter a licença da AFC. Já o Kuwait continua de fora por causa da suspensão imposta pela Fifa.

- O prêmio para o campeão da ACL aumentou de US$ 3 milhões para US$ 4 milhões.

- O campeão de 2017, Urawa Reds, foi apenas o sétimo colocado na J-League ano passado e não poderá defender seu título na ACL 2018, pois o vencedor não tem vaga garantida na edição seguinte. O mesmo já aconteceu com o Ulsan Hyundai (campeão de 2012) e com o Al Sadd (campeão de 2011).

- Jogos entre clubes de Arábia Saudita e Irã continuam em campo neutro, por causa dos problemas diplomáticos entre os dois países.

- Nacionalidade dos técnicos na ACL 2018:
Coreia do Sul (5), Japão (3), Portugal (3), Argentina (2), Austrália (2), Croácia (2), Turquia (2), Uzbequistão (2), Alemanha (1), Argélia (1), China (1), Dinamarca (1), Holanda (1), Irã (1), Itália (1), Hong Kong (1), Montenegro (1), Romênia (1), Ucrânia (1)

Fases Preliminares
Playoff 1
Bali United (Indonésia) 3x1 Tampines Rovers (Cingapura)
Shan United (Mianmar) (3)1x1(4) Ceres-Negros (Filipinas) [pênaltis]

Playoff 2
Eastern (Hong Kong) 2x4 FLC Tranh Hoa (Vietnã)
Muangthong United (Tailândia) 5x2 Johor Darul Ta'zim (Malásia)
Chiangrai United (Tailândia) 2x1 Bali United (Indonésia) [prorrogação]
Brisbane Roar (Austrália) 2x3 Ceres-Negros (Filipinas)

Playoff 3
Al Ain (EAU) 2x0 Malkiya (Bahrein)
Zob Ahan (Irã) 3x1 Aizawl (Índia)
Al Gharafa (Catar) 2x1 Pakhtakor (Uzbequistão)
Nasaf Qarshi (Uzbequistão) 5x1 Al Faisaly (Jordânia)
Suwon Bluewings (Coreia do Sul) 5x1 FLC Tranh Hoa (Vietnã)
Kashiwa Reysol (Japão) 3x0 Muangthong United (Tailândia)
Shanghai SIPG (China) 1x0 Chiangrai United (Tailândia)
Tianjin Quanjian (China) 2x0 Ceres-Negros (Filipinas)

Calendário
Fase de grupos (seis rodadas): de 12/02 a 18/04
Oitavas de final: ida: de 07 a 09/05; volta: de 14 a 16/05
Quartas de final: ida: de 27 a 29/08; volta: de 17 a 19/09
Semifinais: ida: de 01 a 03/10; volta: de 22 a 24/10
Final: ida: 03/11; volta: 10/11

Opinião
"No Grupo A, o Al Jazira terá que superar um histórico terrível, eles estão há 17 jogos sem vitória na ACL. Mas eles já não têm chance na liga local e podem se focar na competição continental. O Al Gharafa surge como favorito depois de contratar Sneijder e Taremi. O Al Ahli vai ter que se virar sem o lesionado atacante Omar Al Somah, que é de longe o melhor jogador do time. Previsão: Al Jazira e Al Gharafa avançam.
No Grupo B, o Wahda poupou seus melhores jogadores na primeira rodada. Se continuarem fazendo isso, vão ficar em último. Zob Ahan é organizado e tem em Morteza Tabrizi um ótimo atacante. Al Duhail tem o melhor elenco e é o favorito a passar em primeiro. Lokomotiv pode ser a zebra, mas aposto em Al Duhail e Zob Ahan.
O Grupo C é um mistério. Al Wasl não é muito conhecido por seus adversários, mas tem um dos melhores jogadores da Ásia, o Fábio Lima, e pode surpreender. Persepolis é claramente o favorito e o Al Sadd provavelmente irá com eles para as oitavas. Nasaf corre por fora, mas impressionou no playoff.
Por fim, o Grupo D é o mais forte, com três campeões asiáticos. Al Hilal e Al Ain são favoritos, pois o Esteghlal não terá a vantagem de jogar no poderoso Azadi Stadium."
- Wael Jabir, editor do site Ahdaaf (Oriente Médio)


"Os clubes iranianos não chegam a uma final desde 2010 e os últimos anos têm sido decepcionantes, com apenas duas participações em semifinal nos últimos seis anos. Esta temporada vai ser parecida. O Persepolis é o único time iraniano com chances reais de ir longe na competição. Eles estão prestes a conquistar o segundo título iraniano consecutivo. O Esteghlal está em um grupo bem difícil e, mesmo que passe de fase, é improvável que se torne um forte concorrente. Zob Ahan e Tractor Sazi não têm qualidade suficiente para chegar às fases finais."
- Sina Saemian, do podcast Gol Bezan (Irã)

"O Guangzhou Evergrande entra como favorito, não só pela história na competição, mas porque estão colocando muita expectativa na busca pelo tri. O SIPG foi bem nas duas Champions até aqui e o time tem ficado cada vez mais forte. Eu não ficaria surpreso com o Quanjian caso passe de fase. Já o Shenhua é sempre uma caixinha de surpresas, pode jogar quando você menos espera. Não é nada confiável."
- Leonardo Hartung, jornalista que cobre o futebol chinês - também colaborou com o texto dos quatro clubes chineses

"Parece existir uma esperança genuína este ano de que o Sydney FC faça uma boa campanha na ACL. A equipe não costuma ir bem no continente, mas Graham Arnold montou um dos melhores times que a A-League já viu. Está em ótima forma e quase invencível na liga doméstica. O grupo é difícil, mas passável. Suwon e Kashima serão jogos duros, mas o Sydney está em pleno vapor no meio da temporada e pode pegá-los de surpresa. Já o Shanghai, nunca se sabe. Eles podem jogar muito bem ou muito mal. Quanto ao Melbourne, a esperança é menor. A temporada tem sido ruim para um time acostumado com sucesso e excelência. O mais preocupante é a falta de opções no elenco, com um dos melhores jogadores (Mark Milligan) vendido para o Al Ahli da Arábia Saudita. E, ao contrário do Sydney, o Melbourne não pode se dar ao luxo de se poupar na A-League.
- Paul Williams, jornalista freelance (Austrália)

Cidade: Abu Dhabi (população: 1,1 milhão)
Como se classificou: Campeão da Liga do Golfo Árabe
Participações: 9 (2009, 2010, 2011, 2012, 2013, 2014, 2015, 2016, 2017)
Melhor resultado: Oitavas de final (2012, 2014)
Estrangeiros: Mohammed Al Maslami (zagueiro, Omã), Harib Al Saadi (meia, Omã), Moubarak Boussoufa (meia, Marrocos), Romarinho (atacante, Brasil)
Técnico: Henk ten Cate (Holanda)
Expectativa: ★★★

Ano passado, o Al Jazira se poupou na ACL para se concentrar no Emiradense e conquistou o segundo título de sua história na liga nacional. Porém, no torneio continental foi lanterna do grupo e, pelo segundo ano seguido, foi eliminado sem vencer um único jogo sequer. O time parece sofrer de uma "maldição" na ACL. Desde 2009, participou de todas as edições, mas só duas vezes passou da primeira fase, e nas duas caiu nas oitavas. O objetivo agora é finalmente fazer uma boa campanha, inspirado pela boa apresentação no Mundial. Pelo menos desta vez o Jazira deve ir com força total, pois na liga doméstica está apenas em quinto lugar, longe da disputa pelo título. Para isso, conta com uma das estrelas da seleção dos Emirados Árabes, o atacante Ali Mabkhout, além de Romarinho. Trouxe também dois destaques da seleção de Omã campeã da Copa do Golfo: o zagueiro Al Maslami e o meia Al Saadi.

Al Ahli Jeddah (Arábia Saudita)
Cidade: Jidá (população: 4 milhões)
Como se classificou: 2º lugar na Saudi Pro League
Participações: 10 (1985/86, 2002/03, 2005, 2008, 2010, 2012, 2013, 2015, 2016, 2017)
Melhor resultado: Vice-campeão (1985/86, 2012)
Estrangeiros: Mark Milligan (zagueiro/volante, Austrália), Mohamed Ben Amor (volante, Tunísia), Giannis Fetfatzidis (meia, Grécia), Momen Zakaria (meia, Egito)
Técnico: Sergiy Rebrov (Ucrânia)
Expectativa: ★★★½

Ficou para trás na corrida contra o Al Hilal em 2016/17 e teve que se contentar com seu oitavo vice na Saudi Pro League (só foi campeão três vezes). Na ACL também ficou abaixo do rival e caiu nas quartas de forma dramática, ao levar dois gols nos minutos finais do jogo de volta contra o Persepolis. Em 2017/18 a história vai se repetindo na liga nacional. Apesar de ter liderado por algumas rodadas e de ter o melhor ataque, o Ahli está na segunda colocação, dois pontos atrás do líder Hilal. Para reforçar a defesa, veio o Socceroo Mark Milligan, do Melbourne Victory. Para o ataque, Momen Zakaria, do Al Ahly do Egito. O principal jogador local é o capitão Taisir Al Jassim, que comanda a criação de jogadas. O grande problema é a ausência do craque do time, o sírio Omar Al Somah, artilheiro da liga saudita nas últimas três temporadas, que está lesionado e não foi inscrito na primeira fase da ACL.

Tractor Sazi (Irã)
Cidade: Tabriz (população: 1,7 milhão)
Como se classificou: 3º lugar na Liga do Golfo Persa
Participações: 4 (2013, 2014, 2015, 2016)
Melhor resultado: Oitavas de final (2016)
Estrangeiros: Jordi Almeida (goleiro, Brasil), Sime Gregov (zagueiro, Croácia), Sulejman Krpic (atacante, Bósnia)
Técnico: Ertugrul Saglam (Turquia)
Expectativa: ★★

Chegou a disputar o título no Iraniano em 2016/17, mas não conseguiu acompanhar o Persepolis no segundo semestre e terminou apenas em terceiro lugar, dez pontos atrás do campeão. Caiu de produção em 2017/18 e, no bolo do meio da tabela, mandou embora o técnico Yahya Golmohammadi em janeiro. Para o lugar dele veio o turco Ertugrul Saglam, que já treinou Besiktas e Bursaspor. O novo comandante começou bem, com duas vitórias e um empate até agora. O Tractor é um time que sofre poucos gols e tem Jordi, emprestado pelo Vasco, embaixo das traves. Mas não tem um ataque eficiente, tanto que o artilheiro é o lateral direito Iranpourian, com seis gols na Liga do Golfo Persa. Entre os destaques, está o armador Pahlevan.

Al Gharafa (Catar)
Cidade: Doha (população: 1,3 milhão)
Como se classificou: 5º lugar na Qatar Stars League; venceu no playoff o Pakhtakor (Uzbequistão)
Participações: 8 (1993/94, 2006, 2008, 2009, 2010, 2011, 2012, 2013)
Melhor resultado: Quartas de final (2010)
Estrangeiros: Rubert Quijada (lateral, Venezuela), Diogo Amado (volante, Portugal), Wesley Sneijder (meia, Holanda), Mehdi Taremi (atacante, Irã)
Técnico: Bülent Uygun (Turquia)
Expectativa: ★★★

Ganhou uma vaga nos playoffs da ACL mesmo com o quinto lugar na Stars League porque o quarto colocado El Jaish deixou de existir ao se fundir com o campeão Lekhwiya. Em 2017/18, o Gharafa não faz boa campanha e está apenas em sexto lugar (entre 12 times), 22 pontos atrás do líder Al Duhail. A chance de ir bem no torneio continental é por ser o único dos representantes do Catar que não está envolvido na disputa do título doméstico. Assim, pode concentrar suas forças na ACL. Já está até poupando jogadores e levou um sonoro 5x1 em casa do Duhail na última rodada da Stars League. Duas semanas atrás, tomou 4x0 do Al Sadd, também em casa, mas com seus principais nomes em campo. A diretoria abriu os cofres nesta janela para trazer Wesley Sneijder, que estava no francês Nice, e também Mehdi Taremi, artilheiro e melhor jogador do Iraniano na temporada passada pelo Persepolis. Esses dois são a esperança de uma boa participação na ACL.

Al Jazira (Emirados Árabes Unidos)
Al Duhail (Catar)
Cidade: Doha (população: 1,3 milhão)
Como se classificou: Campeão da Qatar Stars League
Participações: 6 (2012, 2013, 2014, 2015, 2016, 2017)
Melhor resultado: Quartas de final (2013, 2015)
Estrangeiros: Lucas Mendes (zagueiro, Brasil), Nam Tae-hee (meia, Coreia do Sul), Youssef Msakni (meia, Tunísia), Youssef El Arabi (atacante, Marrocos)
Técnico: Djamel Belmadi (Argélia)
Expectativa: ★★★½

Muitos que acompanham o futebol asiático podem estar se perguntando, "mas que time é esse que eu nunca ouvi falar?" Al Duhail é o novo nome do Lekhwiya, após uma fusão com o El Jaish. Fundado em 2009, o Lekhwiya rapidamente se tornou a principal força do país e foi campeão catari em cinco das sete temporadas que disputou na primeira divisão. O sexto título, aliás, pode chegar em breve, pois o time está invicto no Stars League em 2017/18, tem o melhor ataque com 59 gols em 16 jogos e tem distribuído goleadas a rodo, apesar de ter o Al Sadd na cola, só dois pontos atrás. Tem os dois artilheiros da liga doméstica, o marroquino El Arabi (21 gols) e o tunisiano Msakni (16), além do MVP da temporada passada, o coreano Nam Tae-hee, e de Almoez Ali, uma das maiores promessas do futebol local. Ainda há um brasileiro naturalizado, o volante Luiz Ceará. Passar de fase é o mínimo que se espera da primeira força do Catar.

Al Wahda (Emirados Árabes Unidos)
Cidade: Abu Dhabi (população: 1,1 milhão)
Como se classificou: Campeão da Copa do Presidente (5º lugar na Liga do Golfo Árabe)
Participações: 10 (1999/2000, 2001/02, 2004, 2006, 2007, 2008, 2010, 2011, 2015, 2017)
Melhor resultado: Semifinal (2007)
Estrangeiros: Rim Chang-woo (lateral, Coreia do Sul), Balázs Dzsudzsák (meia, Hungria), Mourad Batna (meia, Marrocos), Sebastian Tagliabúe (atacante, Argentina)
Técnico: Laurentiu Reghecampf (Romênia)
Expectativa: ★★★

Está em ótima forma na Liga do Golfo Árabe, com sete vitórias e dois empates nos últimos nove jogos. Em segundo lugar e apenas dois pontos atrás do Al Ain, faltando seis rodadas para o fim, tem a chance de ser campeão pela primeira vez desde 2009/10. Justamente por isso, pode não priorizar a Liga dos Campeões. Pelo menos para a primeira rodada, o artilheiro Tagliabúe não viajou para enfrentar o Lokomotiv em Tashkent. E o histórico recente na ACL não é nada bom. O Wahda não conseguiu chegar ao mata-mata nas últimas cinco participações. Ano passado foi lanterna do grupo e já soma 15 jogos sem vencer como visitante. O elenco tem dois jogadores da seleção local, o zagueiro Hamdan Al Kamali e o veterano atacante Ismail Matar, que já soma 117 jogos defendendo seu país.

Lokomotiv Tashkent (Uzbequistão)
Cidade: Tashkent (população: 2,3 milhões)
Como se classificou: Campeão da Uzbekistan PFL e da Copa do Uzbequistão
Participações: 5 (2013, 2014, 2015, 2016, 2017)
Melhor resultado: Quartas de final (2016)
Estrangeiros: Kakhi Makharadze (volante, Geórgia), Igor Jelic (volante, Sérvia), Cho Seok-jae (atacante, Coreia do Sul), Nivaldo Ferreira (atacante, Brasil)
Técnico: Andrey Miklyaev (Uzbequistão)
Expectativa: ★★★

Até 2015, o Lokomotiv nunca tinha sido campeão da liga uzbeque. Em 2017, conquistou o double pelo segundo ano seguido. Deixou de ser só uma força emergente, ultrapassou os gigantes Pakhtakor e Bunyodkor e agora domina o futebol local. Tem vários jogadores da seleção local, como o goleiro Nesterov, o zagueiro Tukhtakhodjaev, os meias Masharipov e Mirzaev e o atacante Bikmaev, artilheiro da liga nacional em 2017 com 26 gols em 25 jogos e também autor do gol do título da copa. Além disso, o clube repatriou o talentoso meia Rashidov, que estava no Al Jazira. O camisa 10 da seleção chega como grande reforço e esperança de uma boa campanha para a Locomotiva. De estrangeiros, vieram o brasileiro Nivaldo, que passou os últimos sete anos nas ligas de Cazaquistão, Rússia e Belarus, o sul-coreano Cho Seok-jae, emprestado pelo Jeonbuk, e o sérvio Igor Jelic, que disputou o último Uzbeque pelo oitavo colocado Olmaliq.

Zob Ahan (Irã)
Cidade: Fuladshahr (população: 185 mil)
Como se classificou: 4º lugar na Liga do Golfo Persa; venceu no playoff o Aizawl (Índia)
Participações: 6 (2004, 2010, 2011, 2012, 2016, 2017)
Melhor resultado: Vice-campeão (2010)
Estrangeiros: Giorgi Gvelesiani (zagueiro, Geórgia), Rabih Ataya (meia, Líbano), Kiros (atacante, Brasil)
Técnico: Amir Ghalenoei (Irã)
Expectativa: ★★★

Classificou-se para a ACL como o quarto clube do Irã porque o Naft Tehran, campeão da Copa Hazfi, não conseguiu a licença da AFC. O Zob Ahan sofreu para superar o campeão indiano no playoff, e só venceu com dois gols no final da partida. O clube da província de Isfahan demorou para engrenar na temporada 2017/18, com um primeiro semestre inconsistente, mas já subiu para segundo lugar na Liga do Golfo Persa. Porém, com o Persepolis 16 pontos à frente faltando sete rodadas para o fim, o campeão está praticamente definido. Resta a ACL - apesar da eliminação na primeira fase ano passado, o time costuma fazer boas campanhas na competição. Para isso, conta com a liderança do renomado Amir Ghalenoei, que já venceu a Liga dos Campeões como jogador (em 1990/91, pelo Esteghlal) e, como treinador, ganhou cinco vezes o Iraniano (três com o Esteghlal e duas com o Sepahan). Na frente, há o goleador Morteza Tabrizi, vice-artilheiro da liga nacional com dez gols. O ataque também conta com Kiros, centroavante de 1,95 de altura que passou por vários clubes do Nordeste do Brasil e também pelo Kyoto Sanga na J2.

Persepolis (Irã)
Cidade: Teerã (população: 8 milhões)
Como se classificou: Campeão da Liga do Golfo Persa
Participações: 12 (1969, 1988/89, 1996/97, 1997/98, 1999/2000, 2000/01, 2002/03, 2009, 2011, 2012, 2015, 2017)
Melhor resultado: Semifinal (1996/97, 1997/98, 1999/2000, 2000/01, 2017)
Estrangeiros: Bozidar Radosevic (goleiro, Croácia), Bashar Resan (meia, Iraque), Godwin Mensha (atacante, Nigéria)
Técnico: Branko Ivankovic (Croácia)
Expectativa: ★★★★

O gigante de Teerã quebrou um jejum de nove anos e sagrou-se campeão iraniano de forma incontestável em 2016/17. É o maior vencedor do país, com dez títulos de liga, enquanto o arquirrival Esteghlal tem oito. E o 11º já está bem encaminhado, com uma campanha irreparável em 2017/18. Com 23 jogos disputados, tem o melhor ataque (40 gols marcados), a melhor defesa (nove sofridos), só perdeu uma vez e tem 16 pontos de vantagem para o segundo colocado Zob Ahan, faltando sete jogos para o fim. O elenco tem nomes importantes da seleção do Irã, como o goleiro Beiranvand, o zagueiro Hosseini (ambos eleitos melhores de suas posições na temporada passada da liga nacional) e o meia Amiri. Perdeu um de seus principais jogadores, o atacante Mehdi Taremi, vendido para o catari Al Gharafa, mas encontrou um substituto à altura em Ali Alipour, atual artilheiro do Iraniano com 17 gols. O Persepolis vive ótima fase e o mínimo que a torcida espera é melhorar a campanha do ano passado e finalmente superar a barreira da semifinal.

Al Sadd (Catar)
Cidade: Doha (população: 1,3 milhão)
Como se classificou: Campeão da Copa Emir do Catar (2º lugar na Qatar Stars League)
Participações: 16 (1988/89, 1989/90, 1990/91, 1999/2000, 2002/03, 2004, 2005, 2006, 2007, 2008, 2010, 2011, 2014, 2015, 2016, 2017)
Melhor resultado: Campeão (1988/89 e 2011)
Estrangeiros: Morteza Pouraliganji (zagueiro, Irã), Jugurtha Hamroun (meia, Argélia), Xavi Hernández (meia, Espanha), Baghdad Bounedjah (atacante, Argélia)
Técnico: Jesualdo Ferreira (Portugal)
Expectativa: ★★★

Está de volta à fase de grupos depois de dois anos seguidos caindo na fase preliminar. O Al Sadd é um dos mais tradicionais e o maior vencedor da liga do Catar, com 13 títulos, mas tem sempre terminado em segundo ou terceiro lugar desde 2012/13, quando foi campeão pela última vez. Nas copas nacionais, no entanto, a história tem sido diferente, com seis taças no período. O principal atrativo da equipe é a presença do craque espanhol Xavi, que finalmente disputará a ACL e, aos 38 anos, já declarou que pretende se aposentar ao fim desta temporada. O destaque local do atual segundo colocado na Stars League é Hassan Al Haydos, que tem oito gols, um a menos que o argelino Jugurtha Hamroun. Mas a principal esperança de gols é o também argelino Bagdad Bounedjah, artilheiro da liga nacional ano passado com 24 gols. O grande reforço é o retorno da jovem estrela Akran Afif, emprestado pelo Villarreal por seis meses.

Al Wasl (Emirados Árabes Unidos)
Cidade: Dubai (população: 2,9 milhões)
Como se classificou: 2º lugar na Liga do Golfo Árabe
Participações: 3 (1992/93, 1994/95, 2008)
Melhor resultado: Semifinal (1992/93)
Estrangeiros: Anthony Cáceres (volante, Austrália), Fábio Lima (meia, Brasil), Ronaldo Mendes (meia, Brasil), Caio Canedo (atacante, Brasil)
Técnico: Rodolfo Arruabarrena (Argentina)
Expectativa: ★★★

Com sete títulos do Emiradense, era uma das forças de seu país até os anos 1990, mas nas últimas duas décadas vinha sendo apenas um time de meio de tabela, com uma única conquista, em 2006/07, e uma eliminação na primeira fase da ACL em 2008. Na temporada passada, entretanto, o Wasl renasceu principalmente por causa das atuações do ex-Atlético Goianiense Fábio Lima, eleito melhor jogador estrangeiro nos EAU em 2016/17 e que pode se transferir para a Europa em breve. Contando a temporada atual e a anterior (só jogos de liga), ele tem incríveis 42 gols em 42 jogos. Junto com os outros brasileiros, o ex-Botafogo e Internacional Caio Canedo, que também está em ótima fase, e o ex-Santos Ronaldo Mendes, o Wasl tem o terceiro melhor ataque dos EAU e está em terceiro lugar na liga doméstica, seis pontos atrás do líder Al Ain. É um candidato a surpresa na ACL.

Nasaf Qarshi (Uzbequistão)
Cidade: Qarshi (população: 200 mil)
Como se classificou: 2º lugar na Uzbekistan PFL; venceu no playoff o Al Faisaly (Jordânia)
Participações: 6 (2001/02, 2012, 2014, 2015, 2016, 2017)
Melhor resultado: Semifinal (2001/02)
Estrangeiros: Slavko Lukic (lateral, Sérvia), Igor Golban (zagueiro, Rússia), Dragan Ceran (atacante, Sérvia)
Técnico: Ruzikul Berdiev (Uzbequistão)
Expectativa: ★★½

O campeão da AFC Cup em 2011 ainda não tem uma boa campanha no formato atual da ACL. Desde 2012, sempre cai no playoff ou na fase de grupos. A nível doméstico, nunca foi campeão da liga e igualou ano passado sua melhor colocação, com o mesmo segundo lugar de 2011. É uma equipe muito jovem, mas a aposta na base tem dado resultado. Só no time titular que goleou o campeão jordaniano Al Faisaly no playoff por 5x1 haviam cinco jogadores sub-21, além de outros quatro sub-23 no banco. Da seleção uzbeque campeã asiática sub-23, quatro nomes atuam no Nasaf: os volantes Ganiev e Hamrobekov (MVP do torneio), o meia Narzullaev e o atacante Abdixolikov. Para balancear a falta de experiência, há alguns veteranos, como o meia Hasanov (34 anos) e o atacante Ceran (30), vice-artilheiro da Uzbekistan PFL 2017 com 19 gols.

Al Hilal (Arábia Saudita)
Cidade: Riad (população: 6,5 milhões)
Como se classificou: Campeão da Saudi Pro League e da Copa do Rei
Participações: 21 (1986, 1987, 1989/90, 1991, 1997/98, 1998/99, 1999/2000, 2000/01, 2002/03, 2004, 2006, 2007, 2009, 2010, 2011, 2012, 2013, 2014, 2015, 2016, 2017)
Melhor resultado: Campeão (1991, 1999/2000)
Estrangeiros: Nicolás Milesi (volante, Uruguai), Carlos Eduardo (meia, Brasil), Gelmin Rivas (atacante, Venezuela), Omar Khribin (atacante, Síria)
Técnico: Ramón Díaz (Argentina)
Expectativa: ★★★★

"Ano que vem será o nosso ano." Essa frase tem se tornado comum entre os torcedores do Al Hilal. Apesar de ter quebrado um jejum de seis anos ao conquistar a Saudi Pro League pela 14ª vez, além de ter vencido a Copa do Rei pela oitava vez, no cenário continental a decepção foi grande por causa da segunda final perdida em quatro anos. Ficou um sentimento de "injustiça" porque o Hilal dominou os jogos contra Urawa Reds em 2017 e Western Sydney Wanderers em 2014 e mesmo assim ficou com o vice. Na temporada 2017/18, o time continua em um ritmo forte e lidera a liga nacional, mas entra na ACL com desfalques importantes. Não terá no primeiro semestre a estrela Carlos Eduardo (rompeu os ligamentos do joelho no primeiro jogo da final contra o Urawa em novembro passado) e o astro local Salem Al Dawsari, emprestado para o Villarreal. Além disso, o volante Nawaf Al Abid e o artilheiro da última ACL, Omar Khribin, devem ficar no departamento médico até o fim de março. Se chegar vivo no segundo semestre, pode se tornar um candidato ao título, mas por enquanto há muitas adversidades para superar.

Esteghlal (Irã)
Cidade: Teerã (população: 8 milhões)
Como se classificou: 2º lugar na Liga do Golfo Persa
Participações: 14 (1970, 1971, 1990/91, 1991, 1998/99, 2001/02, 2002/03, 2009, 2010, 2011, 2012, 2013, 2014, 2017)
Melhor resultado: Campeão (1970 e 1990/91)
Estrangeiros: Leandro Padovani (zagueiro, Brasil), Bojan Najdenov (volante, Macedônia), Server Djeparov (meia, Uzbequistão), Mame Thiam (atacante, Senegal)
Técnico: Winfried Schafer (Alemanha)
Expectativa: ★★★

Depois de ser vice iraniano na temporada 2016/17, teve um início desastroso em 2017/18. Com apenas uma vitória nas sete primeiras rodadas e o time na zona de rebaixamento, dispensou o treinador Alireza Mansourian e contratou o alemão Winfried Schafer, que conseguiu trazer de volta os bons resultados, mas não o suficiente para entrar na disputa pelo título. A sete rodadas do fim, os Azuis estão em sexto na classificação, 19 pontos atrás do líder Persepolis. O Esteghlal conta com sua forte defesa (12 gols sofridos em 23 jogos na Liga do Golfo Persa) para sobreviver ao "grupo da morte" na ACL. O elenco tem alguns jogadores do Team Melli como o lateral Ghafouri, o zagueiro Montazeri e os volantes Ebrahimi (eleito melhor meio-campista da liga nacional ano passado) e Cheshmi. Tem também a revelação da temporada passada, o volante de 20 anos Noorafkan. Trouxe dois reforços internacionais: o macedônio Najdenov, que estava no Smouha Sporting Club, do Egito, e o senegalês Thiam, que já passou por Internazionale e Juventus, mas era sempre emprestado para outros clubes e nunca entrou em campo pelos gigantes italianos.

Al Rayyan (Catar)
Cidade: Al Rayyan (população: 600 mil)
Como se classificou: 3º lugar na Qatar Stars League
Participações: 11 (1985/86, 1991, 1996/97, 1997/98, 2005, 2007, 2011, 2012, 2013, 2014, 2017)
Melhor resultado: Semifinal (1991)
Estrangeiros: Gonzalo Viera (zagueiro, Uruguai), Koh Myong-jin (volante, Coreia do Sul), Mouhssine Moutouali (meia, Marrocos), Abderrazak Hamdallah (atacante, Marrocos)
Técnico: Michael Laudrup (Dinamarca)
Expectativa: ★★★

Sofreu um duro golpe na disputa pelo título catari ao ser derrotado em casa no "Clássico do Catar" pelo Al Sadd por 2x0 na última rodada. Em terceiro lugar e sete pontos atrás do líder Al Duhail, o time pode começar a pensar mais na ACL. O histórico, porém, não é nada favorável no continente. A única vez que o Rayyan passou da fase de grupos foi no longínquo 1991. E o fato de ter caído em um grupo bem complicado não melhora muito as chances de quebrar esse tabu. O ataque é o ponto forte da equipe, que tem o marroquino Hamdallah, com 12 gols em 2017/18, e o uruguaio naturalizado Sebastian Soria, com nove. O elenco tem dois brasileiros com a cidadania catari: o zagueiro Nathan Otávio e o meia Rodrigo Tabata, este que é o craque do time e já tem 11 gols na atual temporada.

Al Ain (Emirados Árabes Unidos)
Cidade: Al Ain (população: 650 mil)
Como se classificou: 4º lugar na Liga do Golfo Árabe
Participações: 15 (1985/86, 1998/99, 2000/01, 2002/03, 2004, 2005, 2006, 2007, 2010, 2011, 2013, 2014, 2015, 2016, 2017)
Melhor resultado: Campeão (2002/03)
Estrangeiros: Tsukasa Shiotani (zagueiro, Japão), Caio (meia, Brasil), Hussein El Shahat (meia, Egito), Marcus Berg (atacante, Suécia)
Técnico: Zoran Mamic (Croácia)
Expectativa: ★★★★

Vem de uma temporada ruim para os seus padrões, em que terminou na quarta colocação na Liga do Golfo Árabe e teoricamente ficaria fora da Liga dos Campeões. Mas acabou herdando a vaga que seria do terceiro colocado Al Ahli Dubai, que se fundiu com o Al Shabab e o Dubai CSC e agora se chama Shabab Al Ahli Dubai, mas não conseguiu a licença da AFC. Em 2017/18, o Al Ain voltou a mandar na liga doméstica e tem honrado o apelido de "Chefe" - é o único invicto e tem o melhor ataque, mas está só com dois pontos de vantagem para o segundo colocado Wahda, a seis rodadas do fim. Costuma fazer boas campanhas na ACL e chegou ao mata-mata nas últimas quatro participações. Um pênalti perdido na final de 2016 custou o título ao Al Ain e a torcida não perdoou o brasileiro Douglas, que teve que deixar o clube. Para o lugar dele veio o sueco Marcus Berg (ex-Panathinaikos), que é um dos artilheiros do Emiradense com 12 gols, além de ter dado oito assistências. O egípcio Hussein El Shahat também tem impressionado entre os recém-chegados, com seis gols e quatro assistências em cinco jogos. Há alguns rostos conhecidos do torcedor japonês, como o zagueiro Shiotani (ex-Hiroshima), que tem jogado no meio-campo, e o atacante Caio (ex-Kashima). Mas o diferencial do Al Ain é que o time é praticamente a base da seleção dos Emirados Árabes, com destaque para o craque Omar Abdulrahman e o centroavante Ahmed Khalil, este que acabou de ser contratado do Al Jazira.

Jeonbuk Hyundai Motors (Coreia do Sul)
Cidade: Jeonju (população: 652 mil)
Como se classificou: Campeão da K-League Classic
Participações: 10 (2004, 2006, 2007, 2010, 2011, 2012, 2013, 2014, 2015, 2016)
Melhor resultado: Campeão (2006, 2016)
Estrangeiros: Adriano Michael Jackson (atacante, Brasil), Ricardo Lopes (atacante, Brasil), Tiago Alves (atacante, Brasil)
Técnico: Choi Kang-hee (Coreia do Sul)
Expectativa: ★★★★★

Já se tornou praticamente um Bayern ou PSG da Coreia. Ganhou a K-League quase que de ponta a ponta em 2017, com o melhor ataque, a melhor defesa, nove pontos a mais que o segundo colocado Jeju United e o melhor jogador da temporada no futebol coreano, o meia Lee Jae-sung. Levantou a taça da liga nacional pela terceira vez nos últimos quatro anos. Foi de longe o que melhor contratou em seu país e aumentou ainda mais a distância para os rivais. É quase uma base da seleção coreana e reforçou a defesa com o zagueiro Hong Jeong-ho, emprestado pelo chinês Jiangsu Suning. Se havia um problema na equipe, era a falta de um artilheiro, já resolvido com a contratação de Adriano Michael Jackson, que fez muito sucesso no rival FC Seoul, foi artilheiro da ACL 2016 e passou o último ano no Shijiazhuang Ever Bright, da China. Ele terá a companhia do brasileiro Tiago Alves, que se destacou no Shimizu S-Pulse ano passado. O futebol coreano tem perdido seus principais jogadores para as ligas de China, Japão e Oriente Médio, mas o Jeonbuk vem como a grande esperança de recuperar o prestígio de seu país no continente, querendo deixar para trás o escândalo de manipulação de resultados na K-League que fez o clube ser banido da ACL ano passado, ficando assim incapaz de defender seu título continental. Se não conquistar pelo menos um título, seja na K1 ou na ACL, 2018 será frustrante para o Jeonbuk.

Kitchee (Hong Kong)
Cidade: Hong Kong (população: 7,3 milhões)
Como se classificou: Campeão da Hong Kong Premier League
Participações: 1 (2017)
Melhor resultado: Fase preliminar (2017)
Estrangeiros: Kim Bong-jin (volante, Coreia do Sul), Krisztian Vadocz (volante, Hungria), Fernando (meia, Brasil), Diego Forlán (atacante, Uruguai)
Técnico: Chu Chi Kwong (Hong Kong)
Expectativa: ★

Venceu uma disputa acirrada com o Eastern pelo título nacional em 2016/17, ultrapassando o rival na última rodada, e reconquistou a liga de Hong Kong. Também levantou a taça na Senior Shield e na FA Cup, completando a terceira tríplice coroa do clube em seis anos. Disputará a fase de grupos da ACL pela primeira vez, aproveitando que o país tem uma vaga direta desde o ano passado. Possivelmente o mais fraco entre os 32 participantes da Liga dos Campeões, o Kitchee terá a difícil missão de superar o desempenho do rival Eastern na primeira fase em 2017, que registrou um gol marcado, 24 sofridos e só um ponto conquistado. Na temporada 2017/18, os Bluewaves estão em ótima forma. O time lidera a Hong Kong Premier League e é o único invicto depois de 12 rodadas, com oito pontos de vantagem sobre o segundo colocado Pegasus. O elenco tem três veteranos espanhóis que se naturalizaram hong-kongueses em outubro de 2017 e já defenderam a seleção asiática: o zagueiro Fernando Recio (35 anos), o lateral Dani Cancela (36) e o atacante Jordi Tarrés (36). Mas a estrela é o recém-contratado Diego Forlán, que já fez cinco gols (três em cobrança de falta) nos dois primeiros jogos como titular pelo novo clube. Será que o craque uruguaio é capaz de fazer o Kitchee surpreender na ACL?

Tianjin Quanjian (China)
Cidade: Tianjin (população: 15 milhões)
Como se classificou: 3º lugar na Superliga Chinesa; venceu no playoff o Ceres-Negros (Filipinas)
Participações: Estreante
Melhor resultado: --
Estrangeiros: Kwon Kyung-won (zagueiro, Coreia do Sul), Axel Witsel (volante, Bélgica), Alexandre Pato (atacante, Brasil), Anthony Modeste (atacante, França)
Técnico: Paulo Sousa (Portugal)
Expectativa: ★★★

Campeão da segunda divisão chinesa em 2016, terceiro colocado na estreia na Superliga em 2017 e agora estreante na Champions League da Ásia. Apesar do rápido sucesso do Tianjin Quanjian, a equipe perdeu o seu treinador para os heptacampeões do Guangzhou Evergrande. Sem Fabio Cannavaro, o Quanjian foi atrás do português Paulo Sousa, ex-Fiorentina, FC Basel e Maccabi Tel Aviv. O quarteto de estrangeiros da última temporada foi mantido, mas o clube se mexeu no mercado local. O atacante Yang Xu está finalmente à disposição após empréstimo ao rebaixado Liaoning, ao mesmo tempo que chegaram quatro reforços sub-23: os defensores Pan Ximing e Wui Jenjie, o meia Liu Yi e o atacante Liu Yue. Melhor defesa da última Superliga com 33 gols sofridos, o Tianjin Quanjian aposta no entrosamento dos atacantes Anthony Modeste e Alexandre Pato, artilheiro do clube na última temporada com 17 gols em 26 jogos, e no desempenho da excelente dupla de volantes Axel Witsel e Zhao Xuri, este com passagem pelo Guangzhou Evergrande.

Kashiwa Reysol (Japão)
Cidade: Kashiwa (população: 420 mil)
Como se classificou: 4º lugar na J-League; venceu no playoff o Muangthong United (Tailândia)
Participações: 3 (2012, 2013, 2015)
Melhor resultado: semifinal (2013)
Estrangeiros: Yun Suk-young (lateral, Coreia do Sul), Kim Bo-kyung (meia, Coreia do Sul), Cristiano (atacante, Brasil), Ramon Lopes (atacante, Brasil)
Técnico: Takahiro Shimotaira (Japão)
Expectativa: ★★★½

"De Kashiwa para o mundo". O lema do Reysol, frequentemente visto em meio às bandeiras da torcida, mostra como o clube valoriza as competições internacionais. Na ACL, costuma fazer boas campanhas e sempre chega pelo menos até o mata-mata. Ainda tem um histórico favorável contra o Jeonbuk, equipe sul-coreana de mais sucesso na competição, com cinco vitórias e um empate em seis confrontos até hoje. É um time que aposta muito na base e tem como destaque três pratas da casa com potencial de seleção: o goleiro Kosuke Nakamura e os zagueiros Shinnosuke Nakatani e Yuta Nakayama. Na frente, o sempre decisivo Cristiano é a esperança de gols. O elenco está bem reforçado com as melhores peças dos times rebaixados na J1 ano passado: Esaka e Segawa do Omiya Ardija e Yamazaki e Koizumi do Albirex Niigata.


Kawasaki Frontale (Japão)
Cidade: Kawasaki (população: 1,4 milhão)
Como se classificou: Campeão da J-League
Participações: 5 (2007, 2009, 2010, 2014, 2017)
Melhor resultado: Quartas de final (2007, 2009, 2017)
Estrangeiros: Jung Sung-Ryong (goleiro, Coreia do Sul), Elsinho (lateral, Brasil), Eduardo (zagueiro, Brasil), Eduardo Neto (volante, Brasil)
Técnico: Toru Oniki (Japão)
Expectativa: ★★★★

O Frontale acreditou que poderia ter vencido a ACL ano passado. Passou um sufoco danado na primeira fase com o time cheio de lesões e esteve prestes a ser eliminado com antecedência, mas sobreviveu, foi líder do grupo e jogava seu melhor futebol nos mata-matas. Esteve a um passo da semifinal ao vencer o Urawa por 3x1 na ida e abrir o placar na volta, mas teve um jogador expulso, levou quatro gols na sequência e encerrou o sonho continental de forma trágica. Revigorado após a inédita conquista da J-League, retorna à ACL não como zebra, mas como um dos mais cotados para avançar no Grupo F. Continua com o mesmo time titular de 2017 e ainda se reforçou com dois grandes nomes, Manabu Saito e Yoshito Okubo. Porém, Saito ainda se recupera de uma cirurgia no joelho e dificilmente terá condições de jogo até o fim da fase de grupos. Okubo já está com 35 anos e vem de uma temporada ruim no FC Tokyo. Caso chegue ao mata-mata e ambos recuperem a melhor forma, o sempre ofensivo Golfinho será um forte candidato ao título.

Ulsan Hyundai (Coreia do Sul)
Cidade: Ulsan (população: 1,1 milhão)
Como se classificou: Campeão da FA Cup Coreana (4º lugar na K-League Classic)
Participações: 6 (1997/98, 2006, 2009, 2012, 2014, 2017)
Melhor resultado: Campeão (2012)
Estrangeiros: Richard Windbichler (zagueiro, Áustria), Mislav Orsic (meia, Croácia), Júnior Negão (atacante, Brasil), Yohei Toyoda (atacante, Japão)
Técnico: Kim Do-hoon (Coreia do Sul)
Expectativa: ★★★

Desde o título da ACL em 2012, nunca mais passou da fase de grupos e deixou de ser protagonista no futebol coreano. Só jogou a Liga dos Campeões ano passado porque o Jeonbuk estava banido. Classificou-se de novo este ano com o primeiro troféu da história do clube na copa coreana. O objetivo mínimo é alcançar o mata-mata no torneio continental, mas o Ulsan chega como zebra no grupo. O croata Mislav Orsic, destaque individual da equipe, é a principal esperança de uma boa campanha. Park Joo-ho, lateral esquerdo ex-Borussia Dortmund, vem como reforço "de nome", tentando recuperar a melhor forma e retornar à seleção. O ataque, quarto menos efetivo da temporada passada na Coreia, terá que se virar sem seu centroavante, Lee Jong-ho, que sofreu uma fratura na fíbula e só retorna no segundo semestre. Para o setor, veio o brasileiro Júnior Negão (ex-América-MG, Tombense e América-RN), que em 2017 marcou 12 gols em 16 jogos na K1 pelo Daegu. E também o japonês Yohei Toyoda, emprestado pelo Sagan Tosu; um centroavante goleador, mas que está em má forma e só fez cinco gols na J-League ano passado - pela primeira vez desde 2009, ele não alcançou a marca de dois dígitos.

Melbourne Victory (Austrália)
Cidade: Melbourne (população: 4,7 milhões)
Como se classificou: 2º lugar na temporada regular da A-League
Participações: 5 (2008, 2010, 2011, 2014, 2016)
Melhor resultado: Oitavas de final (2016)
Estrangeiros: Kosta Barbarouses (meia, Nova Zelândia), Leroy George (meia, Holanda), Besart Berisha (atacante, Albânia/Kosovo)
Técnico: Kevin Muscat (Austrália)
Expectativa: ★★

Vinha como principal candidato a desbancar o Sydney FC do posto de melhor time australiano do momento, mas por enquanto está aquém do seu potencial. Depois de perder o título nacional nos pênaltis para os Sky Blues ano passado, o Victory ainda não se acertou e está apenas no meio da tabela da A-League, em quinto lugar, com só duas vitórias nas últimas sete rodadas, incluindo uma derrota em casa para o próprio Sydney por 3x1. A defesa, que já era um problema, ainda perdeu o selecionável volante Mark Milligan, vendido para o saudita Al Ahli. A esperança está no setor ofensivo, que tem o goleador albanês Berisha (que desde 2017 defende a seleção do Kosovo), o talentoso neozelandês Barbarouses e o holandês Leroy George, atual líder de assistências do Australiano, com 11 em 18 jogos. Repetir a campanha de 2016, a única vez em que o Melbourne passou pela fase de grupos, já estaria de bom tamanho.

Shanghai SIPG (China)
Cidade: Xangai (população: 24 milhões)
Como se classificou: 2º lugar na Superliga Chinesa; venceu no playoff o Chiangrai United (Tailândia)
Participações: 2 (2016, 2017)
Melhor resultado: Semifinal (2017)
Estrangeiros: Odil Akhmedov (volante, Uzbequistão), Oscar (meia, Brasil), Elkeson (atacante, Brasil), Hulk (atacante, Brasil)
Técnico: Vítor Pereira (Portugal)
Expectativa: ★★★★

Vice-campeão da Superliga e da Copa da China, o Shanghai SIPG manteve a base da última temporada e não abriu os cofres, ao contrário das últimas janelas de transferências. Agora comandado pelo português Vítor Pereira, ex-auxiliar de André Villas-Boas nos tempos de Porto, a equipe de Xangai se sente cada vez mais próxima do seu primeiro título desde que estreou na elite do futebol chinês, em 2013. Em duas participações na Champions League da Ásia, o SIPG estreou caindo nas quartas de final e ano passado foi eliminado na semifinal pelos campeões Jeonbuk e Urawa Reds, respectivamente. Mais uma vez comandado por Hulk, que somou 30 gols e 21 assistências na última temporada, e Wu Lei, que rompeu a barreira dos 20 gols na liga chinesa em 2017, a expectativa em Xangai é alta. Em tempo, o SIPG, que também conta com Oscar, Elkeson e o uzbeque Odil Akhmedov, teve o melhor ataque da última Superliga com 72 gols marcados em 30 partidas.


Guangzhou Evergrande (China)
Cidade: Cantão (população: 14 milhões)
Como se classificou: Campeão da Superliga Chinesa e da Copa da China
Participações: 6 (2012, 2013, 2014, 2015, 2016, 2017)
Melhor resultado: Campeão (2013, 2015)
Estrangeiros: Kim Young-gwon (zagueiro, Coreia do Sul), Nemanja Gudelj (meia, Sérvia), Alan Carvalho (meia, Brasil), Ricardo Goulart (meia, Brasil)
Técnico: Fabio Cannavaro (Itália)
Expectativa: ★★★★★

Agora heptacampeão chinês e, mais uma vez, um dos favoritos ao título da Champions League da Ásia, o Guangzhou Evergrande tem um “novo” comandante: o italiano Fabio Cannavaro está de volta ao Cantão. Com a missão de rejuvenescer o elenco, o Evergrande foi atrás de três membros da seleção chinesa sub-23: os atacantes Tang Shi e Yang Liyu e o lateral Deng Hanwen; este último já soma convocações no Team Dragon principal. Ricardo Goulart, artilheiro da equipe nas três temporadas em que esteve no Cantão, e Alan ainda terão um novo companheiro estrangeiro no sérvio Nemanja Gudelj, que não brilhou no Tianjin Teda e chega para suprir a vaga deixada por Paulinho no meio-campo. Segundo melhor ataque da última Superliga com 69 gols marcados após 30 rodadas, o Guangzhou Evergrande tem dois objetivos para 2018: buscar o oitavo título chinês consecutivo e o tricampeonato continental.

Cerezo Osaka (Japão)
Cidade: Osaka (população: 2,7 milhões)
Como se classificou: Campeão da Copa do Imperador (3º lugar na J-League)
Participações: 2 (2011, 2014)
Melhor resultado: Quartas de final (2011)
Estrangeiros: Kim Jin-hyeon (goleiro, Coreia do Sul), Matej Jonjic (zagueiro, Croácia), Souza (volante, Brasil), Yang Dong-hyun (atacante, Coreia do Sul)
Técnico: Yoon Jung-hwan (Coreia do Sul)
Expectativa: ★★★½

De volta à ACL no ano seguinte em que retornou da segunda divisão, assim como em 2011, o Cerezo vem motivado por ter ido bem em todas as competições que disputou em 2017, por ter conquistado os primeiros títulos da sua história (as duas copas japonesas) e com Yoon Jung-hwan, eleito melhor técnico do ano na J-League, ávido por um sucesso continental que aumentaria suas chances de treinar a seleção sul-coreana no futuro. Com selecionáveis de Japão (Kenyu Sugimoto, Hiroshi Kiyotake e Hotaru Yamaguchi) e Coreia do Sul (Kim Jin-hyeon) no elenco, além de destaques estrangeiros da J1 2017 como Souza e Matej Jonjic, a Cerejeira tem um bom elenco e é um time difícil de ser batido. Caiu em um dos grupos mais complicados desta ACL, mas terá a revanche contra o Guangzhou, que eliminou o clube de Osaka nas oitavas de final em 2014 com um 5x2 no placar agregado.

Jeju United (Coreia do Sul)
Cidade: Jeju (população: 657 mil)
Como se classificou: 2º lugar na K-League
Participações: 2 (2011, 2017)
Melhor resultado: Oitavas de final (2017)
Estrangeiros: Aleksandar Jovanovic (zagueiro, Austrália), Magno Cruz (meia, Brasil), Roberson (atacante, Brasil), Tiago Marques (atacante, Brasil)
Técnico: Jo Sung-hwan (Coreia do Sul)
Expectativa: ★★★

O menos experiente entre os coreanos na ACL e o único que ainda não foi campeão, o Jeju foi o único representante da K-League a passar pela fase de grupos em 2017 e foi também o que chegou mais perto de ameaçar o título nacional do Jeonbuk. Teve dois jogadores na seleção da K1, o zagueiro Oh Ban-suk e o volante Lee Chang-min. Magno Cruz (que teve passagem discreta pelo Cerezo Osaka) terminou como artilheiro da equipe com 13 gols e agora vai vestir a camisa 10. Um ano de progresso para o clube da maior ilha da Coreia do Sul, que tem apenas um único título em sua história, o Coreano de 1989. A meta agora é ir mais longe na ACL e acabar com o jejum na liga nacional que já dura 29 anos. Para isso, vieram dois reforços estrangeiros para o ataque: Roberson (ex-Internacional, Grêmio e Juventude) e Tiago Marques (ex-Juventude).

Buriram United (Tailândia)
Cidade: Buriram (população: 1,5 milhões)
Como se classificou: Campeão da Thai League
Participações: 6 (2009, 2012, 2013, 2014, 2015, 2016)
Melhor resultado: Quartas de final (2013)
Estrangeiros: Andrés Túñez (zagueiro, Venezuela), Yoo Jun-soo (volante, Coreia do Sul), Diogo (atacante, Brasil), Edgar Silva (atacante, Brasil)
Técnico: Bozidar Bandovic (Montenegro)
Expectativa: ★★

Recuperou a hegemonia na Tailândia, conquistou o sexto título na liga nacional (todos a partir de 2010) e consolidou-se como o maior campeão do país. Encerrou 2017 com 11 vitórias consecutivas e 14 pontos à frente do segundo colocado, Muangthong United, que continua com quatro taças. A equipe perdeu seu artilheiro, o brasileiro Jajá Coelho, que se transferiu justamente para o rival Muangthong, mas manteve o também goleador Diogo (ex-Palmeiras) e trouxe Edgar Silva, que na temporada anterior jogou pelo Al Duhail (Catar) e pelo Adanaspor (Turquia). Tem no meio-campo seus grandes nomes: o camisa 10 Jakkaphan Kaewprom, eleito jogador do ano na Tailândia em 2017, e o veterano capitão Suchao Nutnum. Eventualmente algum tailandês apronta no continente, como em 2013, quando o Buriram chegou até as quartas de final de forma incrível. Mas em todas as outras participações o time caiu na fase de grupos. O clube quer apagar a má impressão que deixou na ACL em 2016, quando teve a pior campanha entre os 32 participantes, com só um ponto e -15 de saldo.

Sydney FC (Austrália)
Cidade: Sydney (população: 5 milhões)
Como se classificou: Campeão da A-League e 1º lugar na temporada regular
Participações: 3 (2007, 2011, 2016)
Melhor resultado: Oitavas de final (2016)
Estrangeiros: Adrian Mierzejewski (meia, Polônia), Milos Ninkovic (meia, Sérvia), Bobô (atacante, Brasil)
Técnico: Graham Arnold (Austrália)
Expectativa: ★★★

Campeão australiano incontestável em 2016/17, de ponta a ponta e com uma dramática vitória nos pênaltis contra o Melbourne Victory na grande decisão, continua fazendo bonito em 2017/18. Tem um ataque forte e uma defesa melhor ainda. É o atual líder da A-League com 12 pontos de vantagem para o segundo colocado, Newcastle Jets. Pelo segundo ano seguido, tem o melhor ataque, defesa e maior número de clean sheets na sua liga nacional. Não perde um jogo em casa desde abril de 2016. No contingente estrangeiro estão seus principais nomes, como o ex-Corinthians Bobô, artilheiro do Australiano com 20 gols, o sérvio Ninkovic, MVP da temporada anterior, e o habilidoso polonês Mierzejewski. O grande desafio será superar a campanha de dois anos atrás na ACL, quando chegou às oitavas e caiu diante do Shandong Luneng no critério dos gols fora, e recuperar a confiança do futebol australiano, que desde o título do Western Sydney Wanderers em 2014 nunca mais conseguiu bons resultados no cenário continental com seus clubes.

Shanghai Shenhua (China)
Cidade: Xangai (população: 24 milhões)
Como se classificou: Campeão da Copa da China (11º lugar na Superliga Chinesa)
Participações: 8 (1996-97, 2002, 2004, 2006, 2007, 2009, 2011, 2017)
Melhor resultado: Quartas de final (2006)
Estrangeiros: Kim Kee-hee (zagueiro, Coreia do Sul), Fredy Guarín (meia, Colômbia), Giovanni Moreno (meia, Colômbia), Obafemi Martins (atacante, Nigéria)
Técnico: Wu Jingui (China)
Expectativa: ★★★

De alma lavada após quebrar o jejum de 14 anos sem títulos, o Shanghai Shenhua apagou um 2017 vexatório com o título da Copa da China sobre o rival SIPG. O interino Wu Jingui foi efetivado no cargo, Carlos Tévez voltou à Argentina sem deixar saudades e o ídolo Giovanni Moreno continua em Xangai. A terceira pior defesa da última Superliga, com 55 gols sofridos, se reforçou com o defensor chinês com ascendência tanzaniana Eddy Francis, que estava no português Boavista. Artilheiro da Copa da China com seis gols marcados, o nigeriano Obafemi Martins é a esperança de gols do lado azul de Xangai. Olho no rápido e habilidoso Cao Yunding, ídolo da equipe e sempre perigoso no lado esquerdo do ataque.

Kashima Antlers (Japão)
Cidade: Kashima (população: 67 mil)
Como se classificou: 2º lugar na J-League
Participações: 10 (1997/98, 1999/2000, 2001/02, 2002/03, 2008, 2009, 2010, 2011, 2015, 2017)
Melhor resultado: Quartas de final (1997/98, 1999/2000, 2001/02, 2008)
Estrangeiros: Kwon Sun-tae (goleiro, Coreia do Sul), Léo Silva (volante, Brasil), Leandro Moura (atacante, Brasil), Pedro Júnior (atacante, Brasil)
Técnico: Go Oiwa (Japão)
Expectativa: ★★★★★

O maior vencedor da história do futebol japonês, com oito títulos da J-League, quer acabar com o incômodo tabu de nunca ter sido campeão da Ásia. O Kashima tem a tendência de passear pela fase de grupos e ser eliminado logo no primeiro ou segundo mata-mata. Em 2017 tinha a ACL como principal objetivo, tanto que até demitiu o treinador Masatada Ishii depois da eliminação diante do Guangzhou Evergrande nas oitavas. O Antlers vem mordido também por ter deixado escapar o título da liga nacional na última rodada. O elenco é o mesmo do ano passado, sem nenhuma perda entre os titulares e com os reforços dos laterais Atsuto Uchida e Koki Anzai. Tem como destaques o zagueiro e capitão Gen Shoji, o volante brasileiro Léo Silva e o matador Mu Kanazaki. É um time que vive de troféus e não terminará 2018 satisfeito a menos que levante a taça da ACL ou da J-League.

Suwon Bluewings (Coreia do Sul)
Cidade: Suwon (população: 1,2 milhão)
Como se classificou: 3º lugar na K-League Classic; venceu no playoff o FLC Thanh Hoa (Vietnã)
Participações: 11 (2000, 2001, 2002, 2005, 2009, 2010, 2011, 2013, 2015, 2016, 2017)
Melhor resultado: Campeão (2001, 2002)
Estrangeiros: Cristóvam (lateral, Brasil), Matthew Jurman (zagueiro, Austrália), Dejan Damjanovic (atacante, Montenegro), Waguininho (atacante, Brasil)
Técnico: Seo Jung-won (Coreia do Sul)
Expectativa: ★★★

Decepcionou na ACL passada ao cair na fase de grupos pelo segundo ano consecutivo, mas recuperou-se com um terceiro lugar na K-League que deu a chance de disputar a ACL pela oitava vez em dez anos. Por um lado, o time perdeu seu craque, o brasileiro Johnathan, artilheiro da K1 com 22 gols, vendido ao chinês Tianjin Teda. Por outro, fez a contratação mais surpreendente e polêmica da Coreia ao trazer do rival FC Seoul o montenegrino Dejan Damjanovic, segundo maior goleador da história da K-League (173 gols, só atrás de Lee Dong-gook, que tem 202), que já está com 36 anos, mas foi vice-artilheiro da liga ano passado com 19 gols. Outro veterano importante é Yeom Ki-hun (34), o maestro do meio-campo. O clube aposta na continuidade com Seo Jung-won, que já ganhou a ACL duas vezes como jogador do Bluewings e treina a equipe desde 2013. O Suwon era uma força continental na década passada, mas a realidade hoje é modesta. Passar pela fase de grupos é um objetivo realista, mas o time corre por fora.

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