Os Jogos Olímpicos de PyeongChang definitivamente entraram para a história nesta quarta-feira. Durante a partida de hóquei feminino contra o Japão, tanto a Coreia do Norte quanto a Coreia do Sul deixaram suas diferenças históricas de lado e, por um momento, se assumiram como uma única nação para comemorar o gol feito pela equipe unificada. Coube a Randi Heesoo Griffin escrever seu nome para a eternidade. A partida terminou com o placar de 4 a 1 para as japonesas. O resultado, no entanto, pouco importa, uma vez que a história está escrita.

Curiosamente, a responsável por unir as Coreias é uma americana. Griffin nasceu nos Estados Unidos, mas como sua mãe é descendente de sul-coreanos, ela optou em defender o país asiárico. Como as duas equipes entraram eliminadas pelo Grupo B, a partida foi bem aberta. No primeiro período, as japonesas abriram logo 2 a 0, com os gols de Hanae Kubo e Shoko Ono. Após o intervalo, a Coreia voltou mais organizada, mas o tento acabou sendo mais frango da goleira Shin So Jung, que deixou o disco passar entre as pernas. No fim, Shiori Koike e Shiori Koike marcaram outros dois gols para as nipônicas.

Na cerimônia de abertura dos Jogos de PyeongChang, atletas das duas Coreias entraram juntos no Estádio Olímpico. Há também um time unificado de hóquei feminino na Olimpíada. São 23 atletas sul-coreanas e 12 norte-coreanas, sempre com a obrigação de três da Coreia do Norte estarem no rinque. A formação do time, no entanto, teria gerado polêmica na Coreia do Sul. Segundo a agência de notícias Reuters, atletas da seleção sul-coreana se mostraram "revoltadas" com a ideia, já que o time do Sul é bem mais forte que o do Norte.