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21/02/2018 | 09:21

Para sindicatos, Oscar 2018 deve ir para 'A forma da água', mas 'Três anúncios' corre por fora

Premiações dos produtores e dos diretores de Hollywood colocam fantasia romântica como favorito. Associações são principais 'termômetro' do evento da Academia.

Para sindicatos, Oscar 2018 deve ir para 'A forma da água', mas 'Três anúncios' corre por fora

Foto: Reprodução


A não ser que uma nova zebra aconteça no próximo dia 4 de março, “A forma da água” deve ser anunciado como o melhor filme do Oscar (veja os indicados) – mesmo que “Três anúncios para um crime” ainda tenhas (pequenas) chances. Pelo menos é o que indicam os principais "termômetros" do evento da Academia, as premiações dos sindicatos de classes de Hollywood.

Existem quatro delas, e seus ganhadores têm o costume de levar para casa também a estatueta dourada. Elas são (as siglas vêm do inglês):

PGA: Sindicato dos Produtores da América
DGA: Sindicato dos Diretores da América
SAG: Sindicato dos Atores
WGA: Sindicato dos Roteiristas da América (que premia original e adaptado)


A fantasia romântica dirigida por Guillermo del Toro é franca favorita após ser a escolhida por produtores e diretores, os dois maiores “videntes” da categoria principal do Oscar. Em 27 anos, o longa escolhido pelo PGA foi o melhor filme da Academia 19 vezes. 

Isso acontece por dois motivos: além de ter grande parte dos 7 mil membros votantes da Academia, a organização também utiliza um sistema bem parecido de votação em sua premiação.

Anúncios de uma zebra?

Apesar disso há algumas estatísticas que mostram que a corrida ainda não está garantida. “A forma da água” foi completamente esquecida entre os indicados a melhor elenco do SAG. O único longa ausente na categoria a ganhar como melhor filme no Oscar foi “Coração Valente”, em 1996 (segunda edição da premiação do sindicato).

“La la land: Cantando estações”, por exemplo, era franco favorito em 2017, mas não foi lembrado pelos atores e todos sabemos como a história terminou. Mesmo que seu título tenha sido anunciado, a estatueta ficou com “Moonlight: Sob a luz do luar”.

Diretor e atuações

Terceiro mexicano desde 2013 a ganhar no DGA, del Toro também deve se tornar o terceiro cineasta do país a levar o Oscar no mesmo período. Desde 1948, o escolhido da associação só não foi o melhor diretor do Oscar em sete ocasiões.

Entre os atores, os escolhidos do SAG devem prevalecer em suas respectivas categorias na Academia.

Gary Oldman (“O destino de uma nação”) é favorito como melhor ator, já que apenas cinco vezes desde 1994 os escolhidos não coincidiram. A estatística é a mesma para a melhor atriz. Assim, Frances McDormand (“Três anúncios para um crime”) deve ganhar sua segunda estatueta.

Já os coadjuvantes são estatisticamente um pouco mais abertos. O SAG “errou” o ator coadjuvante nove vezes, e a atriz coadjuvante, sete. Mesmo assim, Sam Rockwell (“Três anúncios para um crime”) e Allison Janney (“Eu, Tonya”) estão muito à frente dos demais.

Roteiros

Quando a WGA anunciou seus vencedores no último domingo (11), sacramentou os favoritos “Corra!” a roteiro original e “Me chame pelo seu nome” a adaptado.

Desde 1985, quando a premiação do WGA finalmente se limitou a categorias mais próximas às da Academia, a associação acertou cerca de 20 vezes em cada uma delas. É provável que ao menos um saia premiado.

Mesmo assim, o suspense escrito e dirigido por Jordan Peele pode ter problemas. Afinal, ainda que quase todos os indicados em sua categoria sejam os mesmos, “Três anúncios para um crime” ficou de fora do WGA por não atender a requisitos do sindicato, mas foi lembrado pela Academia. Depois de levar o Globo de Ouro, o drama ainda pode surpreender.

Com isso, “Três anúncios para um crime”, cujo elenco foi reconhecido pelo SAG, surge com uma pequena esperança. No entanto, há outro histórico que testemunhe contra as chances da produção.

O diretor Martin McDonagh não foi indicado pela Academia, o que dificulta muito as possibilidades do longa. Desde o começo do Oscar, em 1927, apenas quatro filmes (“Asas”, “Grande hotel”, “Conduzindo Miss Daisy” e “Argo”) foram eleitos os melhores sem uma indicação pela direção.

Com tantas estatísticas contra e a favor, outra produção corre por fora e ainda tem chance de surpreender. “Corra!” foi aclamado pela crítica e pelo público e ganhou como melhor roteiro original no WGA – prêmio cujo vencedor coincidiu com o melhor filme no Oscar nos últimos dois anos.

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