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27/02/2018 | 09:32

Ippon na má fase: Everton Ribeiro invoca passado no judô por 2018 redentor no Fla

Ensinamentos nos seis anos de arte marcial ajudam meia, que reconhece rendimento abaixo do esperado em primeiro ano de clube: "Pensava a jogada, a cabeça fazia, mas o corpo não reagia mais"

Globoesporte

“A derrota não deve ser uma fonte de desânimo ou desespero. É sinal da necessidade de uma prática maior e de esforços redobrados". A frase do japonês Jigoro Kano, fundador do judô, remete Everton Ribeiro ao passado e aponta caminhos para um futuro de volta por cima no Flamengo.

A pressão por uma melhor performance não tira o sono da maior contratação da história do clube, que carrega consigo ensinamentos dos seis anos em que praticou a arte marcial para assumir o protagonismo na Libertadores.

- Agora é a hora do ippon, né!? Uma coisa que me marcou bastante foi a disciplina do judô. Meu sensei cobrava bastante e ensinava. Aprendi a cair e sempre levantar, buscar dar troco. São coisas que levo comigo. Virou o ano, o que passou passou, coisas boas e ruins. Temos evoluído junto com a equipe em 2018, me sinto bem, e posso fazer o que sei. Tenho certeza que vai ser um grande ano.

O investimento de R$ 22 milhões foi só mais um fator que elevou a expectativa da torcida sobre Everton Ribeiro. Eleito o craque do Brasileirão por duas temporadas e com passagens recentes pela Seleção, esperava-se um jogador decisivo como nos tempos de Cruzeiro e Al Ahli. Não foi o que se viu.

Em 40 partidas, o meia foi às redes sete vezes, mas não conseguiu fugir das oscilações. Do banco, viu o Flamengo perder para o Independiente a Copa Sul-Americana. Rendimento que o próprio Everton admite ter sido abaixo do esperado e justifica: a maratona de 79 jogos sem férias de setembro de 2016 ao fim de 2017.
 
Eu até meio que estranhava, porque pensava em fazer uma jogada, a cabeça fazia, mas o corpo não reagia mais no final da temporada. Fiz bons jogos quando cheguei, mas depois ficou difícil.
 
- No futebol sul-americano a pegada é forte. Se não estiver inteiro, fica difícil. Mas já passou. É um novo ano, estou me sentindo bem, a equipe está bem, e isso vai me ajudar a dar o meu melhor.

Após a virada do ano foram cinco jogos e o maior desafio pela frente: o River Plate, quarta, às 21h45 (de Brasília), no Nilton Santos, pela estreia na Libertadores.

Antes, Everton Ribeiro recebeu o GloboEsporte.com para resenha onde se disse mais à vontade na nova função no 4-1-4-1 de Carpegiani, projetou a temporada e comemorou o fim dos questionamentos sobre atuar ao lado de Diego:

- A qualidade tem que prevalecer.

Início de 2018

- Acho que está bem melhor, muito produtivo com uma pré-temporada junto com o grupo, me preparando bem. Consigo fazer minhas jogadas individuais e ajudar a equipe. Está sendo um bom início.

O que mudou?

- A maior diferença é o um contra um. Consigo arrancar, driblar, o que no ano passado era mais difícil. Não me sentia tão bem fisicamente, faltava explosão para tirar de lado de driblar. Agora, tenho feito isso nos jogos e tenho certeza que vou melhorar mais.

Maratona Al Ahly + Flamengo

A pressão aqui no Flamengo é grande, eu entendo e vim por causa disso também, pela grandeza do clube.
- E quando você está dentro de campo as pessoas esquecem se você está sentindo dor ou não. Procuro passar por cima disso, dar sempre o meu melhor, dar o 100% para vencer, independentemente de estar cansado ou não. Mas quando se está cansado, sem a mesma força, sem uma pré-temporada, fica difícil.

Contratação mais cara da história

- Dentro de campo, é igual. Trabalhamos da mesma maneira. É algo que fica mais para fora, fico tranquilo. Fazendo bem o que sei, essa pressão se torna até boa. Sei da minha qualidade, todo mundo tem uma expectativa grande e comigo não é diferente. Estou com a cabeça boa para uma grande temporada.

Readaptação ao Brasil

- Dá um pouco (de impacto), mas meu time lá cobrava bastante a parte física. Tanto que quando fiz os testes dei equivalente ao pessoal. O que pesou foi mesmo aquela sequência, estava há mais de um ano sem parar e pesou nos últimos meses. Agora, estou bem, estou feliz.

Posicionamento

- Me sinto bem como armador podendo ver o jogo de frente, é mais fácil. O esquema me possibilita muito mexer, ficar atrás dos volantes para buscar os atacantes, os meias, vir buscar o jogo para armar a equipe. Assim é como mais me sinto bem e a equipe está jogando nessa função. Por isso, tem saído as jogadas.

Atuar ao lado de Diego

- É normal procurar alternativas quando a equipe não vence, passa por altos e baixos. Esse ano ainda não ouvimos isso (de que não podem atuar juntos) e nem pensamos. Que bom que está dando certo, a qualidade tem que prevalecer. O professor tem dado um jeito da equipe funcionar com mais jogadores de posse de bola e chegada ao ataque.

Libertadores

- Vai ser uma grande competição. O grupo é forte, vai ser difícil para gente, mas para eles também. Há muitos campeões. Vai ser disputado, mas bom de jogar. A atmosfera é diferente e estamos preparados. É um outro nível de competição. Os jogadores têm mais qualidade, os times são mais fortes, os juízes deixam jogar mais, a pegada é mais forte. Estamos calejados e sabemos os caminhos.

Pressão por classificação

- Essa cobrança tem que ficar por parte da imprensa ou até dos torcedores. Nós temos que esquecer e concentrar em campo para fluir o jogo, o que planejarmos, para a classificação. Rodada a rodada, vai chegar. Temos que esquecer o que passou.
 

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