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24/07/2018 | 10:47

"Levaram minha mãe para um matadouro", diz filho de bancária

Victor Calixto divulgou nota criticando médico Denis Furtado e propondo mudança na lei

Fonte: Midia News

O filho da bancária Lilian Calixto, Victor Calixto, emitiu nota nesta segunda-feira (23) afirmando que sua mãe foi levada a realizar um procedimento estético em um “matadouro” e não a uma clínica médica.

 

Lilian se submeteu a um procedimento estético com o uso de PMMA (polimetilmetacrilato) no dia 14 de julho e morreu horas depois. O procedimento foi realizado no apartamento do médico Denis Furtado.

 

“A impressão que dá é que levaram minha mãe para um matadouro e não para uma clinica especializada, induziram-na a pensar assim e convenceram-na a proceder desta forma”, diz trecho da nota.

 

O jovem ainda diz que foram usados argumentos “ludibriadores e persuasivos, colocando em risco premeditado a vida de minha querida e já saudosa mãe”.

 

Reprodução

Lilian Calixto 
Lilian Calixto morreu horas após passar por um procedimento estético no Rio de Janeiro

Victor Calixto afirma que irá brigar para que procedimentos médicos sejam cumpridos extremamente ao rigor da lei, e caso levem a morte, sejam tratados como crime hediondo, para os quais o Código Penal prevê punições mais severas. 

 

“Se Deus na sua infinita bondade permitir que consigamos este objetivo ao qual conclamo às autoridades Legislativas constituídas no Congresso Nacional, haveremos de eternizar a passagem de minha mãe por este mundo com a  Lei Lilian Calixto”, consta.

 

Uso de anabolizante

 

O médico foi preso no dia 19 de julho, após quase cinco dias foragido da justiça. Em coletiva à imprensa dada na data de sua prisão, o médico alegou que a mulher tomava anabolizantes e que isso foi um agravantes para o seu quadro medico.

 

O filho da bancária rebate as acusações e diz que a mãe não fez uso dos esteroides. “Agora, este “médico” chamado Denis Cesar Barros Furtado, ainda atenta contra a memória de minha mãe, mentindo sobre hábitos e estilo de vida que ela levava, ao ponto de mentir descaradamente, numa manobra e tentativa insana e desesperadora de encobrir o feito”.

 

O caso

 

A bancária saiu de Cuiabá rumo ao Rio de Janeiro para fazer um procedimento estético nos glúteos com Denis Furtado, conhecido como Dr. Bumbum. Ela foi atendida no apartamento do médico. 

 

Conforme investigação conduzida pela Polícia Civil do Rio, foram introduzidos aproximadamente 300 ml de PMMA (polimetilmetacrilato) na região dos glúteos da bancária. O produto é um polímero em forma de gel usado para preenchimento de partes do corpo. O PMMA não é recomendado para procedimentos estéticos.

 

Após o procedimento, a bancária passou mal e foi levada em estado grave pelo médico para o Hospital Barra D’or.

 

Lá, foram realizados procedimentos para recuperação de Lilian, no entanto, ela acabou morrendo horas depois, já madrugada do dia 15 de julho.

 

No dia 19 de julho, após dias foragidos, o médico e mãe Maria de Fátima Barros Furtado, de 66 anos, foram encontrados pela Polícia Militar em um centro comercial na Barra da Tijuca.

 

A Delegacia de Polícia da Barra da Tijuca apura o crime.

 

Confira nota na íntegra

 

Diante da tragédia absolutamente inesperada que se abateu sobre a nossa família de forma tão abrupta e dolorosa, com a perda irreparável de minha mãe, Lilian Quézia Calixto de Lima Jamberci.

 

Venho através desta esclarecer melhor alguns fatos noticiados até então. Minha mãe submeteu-se a um procedimento estético para preenchimento dos glúteos, notadamente de boa-fé e confiante de que estaria sendo tratada/assistida por um profissional responsável, gabaritado e habilitado o que não se revelou na prática, culminando na morte prematura pela negligencia e imprudência médica que infelizmente levou minha mãe. 

 

Como toda mulher, ela buscava tratamento estético visando a melhoria de sua autoestima e imagem, mas encontrou nas mãos deste “médico” acompanhado de outros “profissionais”, como já amplamente divulgado pela imprensa: sua genitora, namorada e funcionária “in casum” o que para o ato praticado todos assumiram o risco de morte da paciente e mesmo assim em lugar impróprio, inadequado e sem habilitação dos órgãos reguladores e fiscalizadores fizeram os procedimentos. A impressão que se dá é que levaram minha mãe para um matadouro e não para uma clinica especializada, induziram-na a pensar assim e convenceram-na a proceder desta forma, com argumentos ludibriadores e persuasivos, colocando em risco premeditado a vida de minha querida e já saudosa mãe.

 

Como se não bastasse a violência já praticada, agora este “médico” chamado Denis Cesar Barros Furtado, ainda atenta contra a memória de minha mãe, mentindo sobre hábitos e estilo de vida que ela levava, ao ponto de mentir descaradamente, numa manobra e tentativa insana e desesperadora de encobrir o feito. Acredito que pelas condutas adotadas este médico deverá responder por várias tipificações penais.

 

Tudo será esclarecido à luz da verdade e este senhor “médico” responderá nas barras dos tribunais pela conduta incompatível com o bom exercício da medicina. Também pelo que já observamos várias outras pacientes estão tomando coragem e o denunciando sobre as mesmas práticas para que tudo isso não fique impune. Vamos lutar com todas as forças da nossa alma para ver este senhor atrás das grades, já parabenizo a Policia Civil do Rio de Janeiro na pessoa da senhora Delegada Dra. Adriana Belém, que está à frente do caso e solicito ao Ministério Publico de Mato Grosso, Rio de Janeiro, Distrito Federal e São Paulo que se unam pela preservação da vida e lutem para manter este “médico” na cadeia, torcendo e lutando com a mais forte esperança para que o Judiciário Brasileiro mostre ao mundo que aqui temos uma justiça atuante que não compactua com estes ilícitos.

 

A eles restaram a vida e para nós da família de Lilian Calixto, restou morrer aos poucos a cada dia, sabendo que ela não mais voltará.

 

Vou a partir de hoje junto com todos aqueles que também não se conformam com este tipo de situação iniciar uma luta específica para que procedimentos estéticos sejam feitos absolutamente ao rigor da lei e da ética da medicina e que CRIMES como este sejam considerados HEDIONDOS com punição ainda mais rigorosas e se DEUS na sua infinita bondade permitir que consigamos este objetivo ao qual conclamo às autoridades Legislativas constituídas no Congresso Nacional, haveremos de eternizar a passagem de minha mãe por este mundo com a  LEI LILIAN CALIXTO.

 

VICTOR CALIXTO GASQUES (filho)
 
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