Braço direito do ex-senador e ex-governador Jayme Campos, o atual secretário de Gestão Fazendária de Várzea Grande, César Miranda, é o nome escolhido do grupo para disputar uma eventual eleição no município ainda nesse ano. Isso porque o grupo tem trabalhado com a possibilidade de não conseguir reverter a cassação do mandato da prefeita Lucimar Campos (DEM) e do vice-prefeito José Hazama (PRTB).

            Os gestores continuam à frente do município até que o recurso impetrado no TRE seja julgado. Pela decisão, se mantida a condenação aplicada pelo juiz Carlos José Rondon Luz, da 20ª Zona Eleitoral de Várzea Grande, o presidente da Câmara Municipal, Chico Curvo (que responde por uma ação de compra de votos), deverá assumir o comando do Executivo Municipal até as novas eleições ocorrerem.

            O nome de Miranda surge como uma alternativa do grupo dos Campos para viabilizar a permanência no poder. A decisão do magistrado foi tomada há um mês, após a representação feita pela coligação “Mudança com Segurança”, encabeçada pelo candidato derrotado nas últimas eleições, Pery Taborelli (PSC).

            À época da ação, a coligação apontou gastos com publicidade institucional acima do limite permitido por lei no primeiro semestre de 2016. Segundo a acusação, os gastos tinham “nítido caráter eleitoreiro, afetando a igualdade de oportunidades entre os candidatos na eleição de 2016”.

            “Nesse cenário, não é preciso grande esforço para se chegar à segura, indiscutível e inegável conclusão de que os valores gastos pelo Município de Várzea Grande com publicidade no 1º semestre do ano eleitoral de 2016, isto é, R$ 1.209.568,21, excede a média dos gastos com publicidade no primeiro semestre dos três últimos anos”, afirmou o magistrado no despacho. A defesa da prefeita e do seu vice, alegou que os gastos com publicidade eram “ínfimos” se comparados ao montante arrecadado pelo município.