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Notícias / Saúde

18/10/2018 | 13:56

Saiba como funciona a Política de Saúde Mental do SUS em Cuiabá

Prefeitura de Cuiabá

Saiba como funciona a Política de Saúde Mental do SUS em Cuiabá

Foto: Reprodução

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 400 milhões de pessoas necessitam de algum atendimento em saúde mental em todo o mundo. Deste total, 24 milhões são brasileiros. Para diminuir essa triste estatística, que durante anos foi considerada tabu mas que atualmente ocupa cinco posições no ranking das dez principais causas de incapacidades e suicídios, o Ministério da Saúde adotou, por meio da Política Nacional de Saúde Mental, estratégias e diretrizes com o objetivo de organizar a assistência às pessoas com necessidades de tratamentos e cuidados específicos em Saúde Mental em todo o país.

Em Cuiabá, essa Política do Sistema Único de Saúde (SUS) - conduzida pela Rede de Serviço de Saúde Mental oferta atenção especializada a pessoas com necessidades relacionadas a transtornos mentais como depressão, ansiedade, esquizofrenia, transtorno afetivo bipolar, transtorno obsessivo-compulsivo, incluindo aquelas com quadro de uso nocivo e dependência de substâncias psicoativas (álcool, cocaína, crack e outras drogas).  

De acordo com a coordenadora da Rede Assistencial, Rosely Batista, após intenso cuidado de reestruturação e de equipe feito pela atual gestão, a Capital possui uma ampla rede de assistência. Entretanto, segundo ela, é preciso observar a especificidade de cada paciente, para saber onde ele será melhor acolhido. “Se o paciente estiver em surto, ele pode ser encaminhado para as Unidades de Pronto Atendimento 24 horas – UPA Norte, que fica no bairro Morada do Ouro, Sul que está situada no bairro Pascoal Ramos, ou para as Policlínicas do Verdão, Planalto, Coxipó e Pedra 90”, explicou. 

A coordenadora ainda elucidou que depois de estabilizados os pacientes são encaminhados para receberem atendimentos e acompanhamentos psicológicos em um dos Centros de Atendimento psicossocial (CAPS). As equipes psicossociais e multiprofissionais que compõem estes locais são formadas por psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros, médicos nas especialidades de clínica geral e psiquiatria, farmacêuticos, técnicos de enfermagem e outros habilitados para atender os casos de psicoses e neuroses graves. 

“Os acolhimentos têm caráter multidisciplinar e trabalham buscando a valorização, autonomia e inserção e reinserção dos pacientes, evitando a sua internação. Na subdivisão, o atendimento de adultos com transtornos mentais graves é feito pelo CAPS I, localizado do Bairro CPA IV e o CAPS II, no Jardim Paulista. As crianças, adolescentes e jovens até 18 anos com patologia de distúrbios, incluindo as com dependência de substâncias psicoativas, são atendidos pelo CAPS AD Infanto-Juvenil, no Bairro Jardim Europa”, completou Rosely. 

 

PORTA ABERTA

Os CAPS oferecem serviços de “portas abertas”, ou seja, atendem à demanda espontânea e é facultada a apresentação de encaminhamentos para realizar o acolhimento.  Com a estabilização do quadro, os pacientes tem alta do CAPS e passam a ter acompanhamento nos ambulatórios de saúde mental, localizados nas policlínicas e nas Unidades Básicas de Saúde, por meio do Programa Saúde da Família (PSFs) de acordo com o endereço de residência do usuário.

Os casos mais graves, onde o paciente está em crise, são regulados pela rede para o atendimento de internação no Complexo do Adauto Botelho.  

 

MAIS CUIDADO 

Outro importante instrumento da Rede de Saúde Mental é o Serviço de Residência Terapêutica (SRT). Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde seis unidades atendem aproximadamente 51 pessoas oriundas de internação de longa permanência nos hospitais psiquiátricos ou de custódia (com mais de 02 anos ininterruptos, de acordo com a Portaria Ministerial nº 3.090/2011).

Além disso, existem as unidades responsáveis pelo atendimento aos pacientes referenciados pela rede de serviços e egressos de internações hospitalares, ou seja, o Serviço Ambulatorial de Saúde Mental, nas Policlínicas do Coxipó, Planalto e Verdão e no Centro de Especialidades Médicas (CEM), este último direcionado ao atendimento Infanto-Juvenil

 
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