A qualificação permanente dos profissionais que atuam nas redes de atenção à saúde tem sido fundamental para a busca da ‘humanização’ dos serviços na Capital. Neste mote, mais de 90 servidores do Município apresentaram, nesta terça-feira (18), a escolha do tema para o projeto aplicativo da especialização promovida pelo Ministério da Saúde, em parceria com o Hospital Sírio Libanês. Essas propostas deverão conter, obrigatoriamente, soluções práticas para a melhoria do setor.  

Dentre os sete projetos voltados para a Capital, num total de 12 elaborados por servidores da saúde de outros municípios que compõem a ‘Baixada Cuiabana’, está a “Implementação das Estratégias de Integração entre Vigilância em Saúde e Atenção à Saúde”. As propostas acerca do tema serão desenvolvidas até a conclusão do curso, iniciado em março passado e previsto para encerrar no próximo mês de dezembro, tendo como ponto de partida a ineficácia da relação entre ambos.

“Os alunos identificaram muito bem os prejuízos que a falta de uma relação mais próxima dessas áreas e da ausência da participação social para a melhoria na saúde coletiva traz aos usuários do Sistema. Como gestor, quero contribuir com eles na busca e valorização do trabalho harmônico e integrado entre as equipes, para a aplicação prática e eficaz das propostas que serão extraídas deste trabalho”, avaliou Benedito Oscar Campos, diretor de Vigilância em Saúde.

Enquanto acompanhava a apresentação dos projetos no auditório da Universidade de Várzea Grande (Univag), a secretária Municipal de Saúde, Elizeth Araújo, ressaltou o papel da Vigilância enquanto ‘sentinela’ da saúde coletiva. “Esse diagnóstico é importantíssimo para o aperfeiçoamento do trabalho destes profissionais. Desde o início desta gestão temos buscado criar espaços de integração de diversas áreas, o que beneficiará diretamente os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS)”.

Num trabalho complementar ao da Vigilância de prevenção e promoção à saúde, a atenção básica também é alvo dos estudos. Visando evitar o agravamento do quadro dos pacientes e a conseqüente superlotação das unidades de pronto atendimento, a diretora da Atenção Secundária, Dúbia Campos, vem colaborando com a elaboração das propostas que deverão trazer efeitos práticos à Regional Norte, onde será implantado o projeto-piloto criado pelo grupo de estudos.

“No processo de estudos, percebemos um desarranjo nos três níveis de atenção [primária, secundária e terciária]. Como não conseguiríamos fazer um trabalho para toda a rede, priorizamos a atenção básica, pois acreditamos que o processo de fortalecimento dela refletirá diretamente na demanda das demais áreas. Definimos a região Norte, pois é onde temos a maior rede de serviços em Cuiabá. A ideia é futuramente expandir às demais regiões”, explicou Dúbia, ao  frisar seu entusiasmo pela ênfase dada pelo curso na aplicação das propostas.