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Notícias / Política

19/07/2017 | 16:20

Em depoimento, Silval confessa ter ficado com 1,5 milhão em esquema

GEISEANE LEMES / Especial para o TVNM

O ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, voltou a ser interrogado na 7ª Vara Criminal, nesta quarta-feira (19/07), desta vez em função da ação penal referente à Operação Seven, deflagrada em 2016, pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco). Em depoimento à juíza da 7ª Vara Criminal Selma Arruda, Silval esclareceu sobre a desapropriação de uma área na região do Lago do Manso onde teriam sido desviados 7 milhões de reais dos cofres públicos, conforme as investigações que apontaram o ex-governador como líder do grupo que articulou a desapropriação da área pertencente ao médico Filinto Correa da Costa. Porém, a acusação aponta que a área já pertencia ao Estado.

Silval confessou que o ex-secretário da Casa Civil na gestão dele, Pedro Nadaf, conduziu todo o processo de desapropriação da área para poder pagar uma dívida de R$ 1,5 milhão. Ele disse ainda que conversou com Pedro Nadaf e determinou que ele levantasse o valor para quitar o débito.

“A minha preocupação era a questão orçamentária. Foi então que sugeri fazer a desapropriação pela Sema e não pelo Intermat, mas não deu certo”, disse durante o depoimento, confirmando também que mandou fraudar a compra da área.

Questionado sobre o valor da área, Silval disse que o preço era o da região, porém, acredita que houve superfaturamento. “Me informaram que era o preço da região, lógico que a gente sabia que era um pouco abaixo por causa do retorno que estava tendo", disse Silval. A juíza questionou se houve superfaturamento e Silval respondeu: “Eu acredito que sim, mas não fui eu que determinei”.

Após o interrogatório, que durou cerca e uma hora e meia, o ex-governador saiu sem falar coma imprensa. Além de Silval, são réus nesta ação penal o ex-presidente do Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat), Afonso Dalberto, o ex-secretário adjunto de Administração, José Nunes Cordeiro, o ex-secretário adjunto de Meio Ambiente, Wilson Gambogi Pinheiro Taques, os secretários de Estado Arnaldo Alves (Planejamento) e Pedro Nadaf (Casa Civil).                    

Entenda o caso - A operação Seven foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), em fevereiro de 2016, para apurar suposto desvio de R$ 7 milhões na desapropriação de uma área rural entre os municípios de Nobres e Rosário Oeste (região do Manso), que pertencia ao pecuarista Filinto Corrêa da Costa e foi incorporada ao Parque Estadual Águas do Rio Cuiabá, no final de 2014.

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