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23/11/2018 | 10:18 - Atualizada em 23/11/2018 | 10:25

Defesa diz que imagens não provam embriaguez e cita "síncope"

Luiza Farias dirigia Jeep que atingiu Darliney Silva, no Centro de Cuiabá; vítima perdeu uma perna

Midia News

Defesa diz que imagens não provam embriaguez e cita

Foto: Olhar Direto

A defesa da procuradora aposentada Luiza Farias Correa da Costa, de 68 anos, que atropelou um gari na madrugada de terça-feira (20), em Cuiabá, negou que imagens veiculadas no dia do acidente - que mostram a motorista desorientada e sem conseguir responder quem era ou onde estava - comprovem qualquer estado de embriaguez.

 

Luiza Farias dirigia um Jeep Renegade preto quando atropelou Darliney Silva Madeleno, de 44 anos, na Avenida Getúlio Vargas, no Centro de Cuiabá. A vítima trabalha como gari e, por causa do acidente, teve a perna esquerda amputada. Luiza foi presa e solta horas depois, durante audiência de custódia, após pagar fiança.

 

Na ocasião, a Polícia Civil divulgou que a motorista passou pelo teste do bafômetro, que acusou estado de embriaguez. A defesa da procuradora, porém, afirma que no momento do atendimento do acidente, o estado da motorista - em fotos feitos naquele momento -  revelam o estado de choque da vítima, causado pela colisão.

 

“As imagens veiculadas por alguns sítios virtuais não retratam ou comprovam qualquer quadro de embriaguez, senão um estado de choque decorrente da forte colisão, a qual acabou por gerar, conforme laudo médico, um ‘estado de síncope’”, diz a nota divulgada pelos advogados.

 

A defesa da procuradora é feita pelo escritório do advogado Valber Melo.

O gari está internado no Hospital São Benedito, no Bairro Quilombo e ainda não tem previsão de alta.

 

Em nota, a procuradora aposentada afirmou que "se solidariza" com a situação do gari e que compromete-se a prestar todo o apoio necessário à vítima. 

 

"Reitera que dará todo o apoio necessário a Darliney Silva Madaleno e sua família, bem como que estará à disposição da justiça mato-grossense prestando todos os esclarecimentos que se mostrarem pertinentes à elucidação dos fatos", diz trecho da nota.

 

De acordo com a família dele, o acidente foi um "ato de irresponsabilidade", afirmando que, até o momento, não foram procurados pela motorista ou receberam qualquer tipo de apoio.

 

O caso

 

O acidente aconteceu na Avenida Getúlio Vargas, nas proximidades da sede da Fundação Nacional de Saúde, próximo à esquina com a Rua Presidente Marques.

 

Segundo a narrativa da Polícia Civil, o caminhão de limpeza estava parado na faixa esquerda da via, realizando a coleta do lixo. Em determinado momento, o Renegade atingiu a traseira do caminhão e também o gari.

 

A Polícia Civil esteve no local e fez o teste do bafômetro na motorista. Segundo informou a Polícia, o exame constatou que ela tinha 0,66 miligrama por litro de ar expelido. O número é superior ao limite a partir do qual a infração é considerada gravíssima.

 

A procuradora foi presa e liberada no mesmo dia do acidente, mediante o pagamento de fiança no valor de oito salários mínimos (R$ 7,6 mil).

 

Confira a íntegra da nota enviada pela defesa:

 

"Em relação aos fatos veiculados na mídia, Luiza Farias Correa da Costa, por meio de sua defesa, vem se manifestar nos seguintes termos: 

 

a) Primeiramente, se solidariza, de forma incondicional, com Darliney Silva Madaleno, em virtude caso fortuito em questão.

 

b) Esclarece que, desde o ocorrido, comprometeu-se (e compromete-se) a prestar todo o apoio que se fizer necessário a Darliney Silva Madaleno, bem como à sua família.

 

c) Ressalta que as imagens veiculadas por alguns sítios virtuais não retratam ou comprovam qualquer quadro de embriaguez, senão um estado de choque decorrente da forte colisão, a qual acabou por gerar, conforme laudo médico, um “estado de sincope”.

 

d) Outrossim, destaca que está à completa disposição da justiça para participar de todo e qualquer ato processual destinado à apuração dos fatos em questão, ocasião que trará aos autos, em observância ao contraditório e à ampla defesa, a sua versão do episódio. 

 

e) Ainda, registra, por pertinente, que as informações divulgadas até o presente são precárias, colhidas unilateralmente, e não se prestam a provar nada – o que somente será possível em juízo. 

 

f) Por fim, reitera que dará todo o apoio necessário a Darliney Silva Madaleno e sua família, bem como que estará à disposição da justiça mato-grossense prestando todos os esclarecimentos que se mostrarem pertinentes à elucidação dos fatos. 

 

Valber Melo

Filipe Maia Broeto
Milton José"

 

Valber Melo

 
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