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Notícias / Cidades

22/02/2019 | 08:33

UFMT barra 214 que tentaram entrar pelo sistema de cotas

Midia News

UFMT barra 214 que tentaram entrar pelo sistema de cotas

Foto: Reprodução

Depois de uma denúncia sobre fraudes no ingresso de estudantes através do sistema de cotas na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), cerca de 214 pessoas foram declaradas inelegíveis e perderam a vaga.

A lista foi publicada no site da UFMT. Os mais de 200 candidatos foram identificados e rejeitados por não atenderem ao item 4 do edital 004/2019 do processo seletivo do Sistema de Seleção Unificada (SISU) de 2019.

Só no campus de Cuiabá 107 estudantes perderam suas vagas por não se enquadrarem nos requisitos. Nos campi do interior, pessoas que não cumpriram as normas do edital também foram barradas. Em Sinop foram 14; Rondonópolis, 51; Várzea Grande, 17; e no campus do Araguaia, 25.

O item do edital especifica que todo estudante que concorrer à uma vaga na universidade através do sistema de cotas que não se apresentar durante o processo de verificação de veracidade ou se a autodeclaração não for confirmada pela comissão responsável será considerado inelegível e terá sua matrícula cancelada.

Pessoas com deficiência

Entre os que não cumpriram os requisitos propostos nos editais, seis tiveram a matrícula cancelada em cursos do campus UFMT Cuiabá por não apresentarem laudo médico após a autodeclaração como pessoa com deficiência.

Ainda de acordo com a lista divulgada no início da semana, três pessoas não se enquadraram nos quesitos dispostos no edital e uma não especificou qual o tipo de deficiência ela teria.

Denúncia protocolada

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou procedimento para apurar a denúncia feita pelo Conselho Estadual de Promoção de Igualdade Racial de Mato Grosso (Cepir/MT), pelo Instituto de Mulheres Negras (Imune) e pelo Instituto de Formação, Estudos e Pesquisas Socioeconômico Político Cultural de Mato Grosso.

De acordo com a denúncia, seis estudantes que passaram no curso de Medicina da UFMT utilizaram de maneira ilegal o sistema de cotas, pois não possuem os fenótipos compatíveis nem atenderam aos critérios étnicos-raciais exigidos por lei.

Na denúncia foram anexadas fotos das redes sociais dos candidatos, que serão usadas para comprovar as fraudes.

O MPF vai apurar se a UFMT cometeu irregularidades no estabelecimento de sistema de controles contra fraudes na auto-declaração étnico-racial e de critérios de “heteroidentificação”.

Inicialmente, o critério utilizado para reconhecimento racial é a auto-declaração, mas, para se evitar fraudes no sistema de cotas, é possível um controle por “heteroidentificação” utilizando como lastro o fenótipo do candidato (aparência/características físicas).

Para dar continuidade à investigação, foram solicitadas informações detalhadas da UFMT sobre o assunto. As informações deverão ser remetidas ao MPF em Mato Grosso no prazo de 10 dias após a notificação.
 
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