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25/07/2017 | 07:41 - Atualizada em 25/07/2017 | 12:19

MST ocupa fazenda do ministro Blairo Maggi em ação coordenada

Da Redação

MST ocupa fazenda do ministro Blairo Maggi em ação coordenada

Foto: Divulgação

O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) ocupou três fazendas na madrugada e manhã desta terça-feira (25) em três Estados diferentes. Os atos coordenados atingem as terras do ministro da Agricultura Blairo Maggi, do ex presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) Ricardo Teixeira e do coronel João Baptista Lima, amigo do presidente Michel Temer (PMDB).

Em nota, o movimento informou que as ações coordenadas fazem parte da jornada nacional de luta pela Reforma Agrária com o lema "Corruptos, devolvam nossas terras!". Além das ocupações, o MST também inicia vigília até o dia 2 de agosto, quando deve ser julgada na Câmara de Deputados a aprovação do prosseguimento denúncia de corrupção passiva contra Temer.

Os trabalhadores rurais protestam também contra o aumento da violência no campo. Segundo o MST, foram 68 vítimas em 2017, sendo 13 jovens, 6 mulheres, 13 indígenas e 4 quilombolas

Ocupações
No caso da ocupação da fazenda que seria do ministro, o MST diz que a área pertence ao Grupo AMAGGI e está localizada nas margens da BR-163, a 25 km da cidade de Rondonópolis (MT).

"A família Maggi, segundo a revista Forbes de 2014, ocupava o sétimo lugar no ranking entre as famílias mais bilionárias do Brasil com uma fortuna estimada em 4,9 bilhões de dólares. Quanto a origem dessa fortuna há várias possibilidades, entre elas, a apropriação indevida de recursos públicos tendo em vista o forte poder econômico e político que o grupo AMAGGI exerce sobre a política local e nacional, bem como da apropriação de terras públicas como é a situação da fazenda Nossa Senhora Aparecida no município de Jaciara", informou o movimento.

 Já as terras atribuídas ao coronel Lima ficam Duartina, no interior de São Paulo, e possuem 1.500 hectares. "Oficialmente está registrada como sede da empresa Argeplan (Arquitetura e Engenharia LTDA.), no entanto os moradores locais a identificam como 'a fazenda do Temer' e afirmam que grande parte da área foi grilada", afirmou o movimento também em nota.

A fazenda Santa Rosa, atribuída pelo MST a Ricardo Teixeira, está sendo ocupada por cerca de 350 famílias. As terras estão localizadas no município de Piraí, região sul do Rio de Janeiro, e concentra mais de 1.500 hectares.

"Ricardo Teixeira não só desencadeou todo um sistema de estelionato sobre o futebol e lavagem de dinheiro no Brasil, segundo estimam procuradores do Ministério Público Federal, como sua expertise em corrupção no futebol é pauta do Ministério Público Federal, como sua expertise em corrupção no futebol é pauta do FBI e da polícia Espanhola. Muitas destas lavagens de dinheiro passam pelo contexto da aquisição e valorização especulativa de grandes extensões de terras", disse o MST.

Maggi, Teixeira e Lima ainda não foram localizados para comentar a ocupação. (Com UOL). 

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