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Notícias / Cidades

28/02/2019 | 08:36

Tenente acusada de torturar e matar aluno quer promoção

Gazeta Digital

Tenente acusada de torturar e matar aluno quer promoção

Foto: Reprodução

Tenente Izadora Ledur, acusada de tortura com resultado morte do aluno do 16º Curso de Formação do Corpo de Bombeiros, Rodrigo Claro, passará por uma inspeção de saúde, que é parte do processo de promoção ao cargo de capitã. De acordo com boletim geral da instituição, publicado no último dia 21, a avaliação será realizada no dia 28 de março, junto com outros oficiais. Se aprovada, a promoção ocorre ainda no primeiro semestre deste ano.  

Segundo publicação no boletim do Corpo de Bombeiros, há 41 vagas disponíveis ao posto de capitão e nove candidatos possuem interstício (tempo) necessário para concorrer à promoção. O primeiro nome, entre as nove vagas, é exatamente de Ledur.   

A tenente já entrou na fila de promoção outras três vezes, após a morte de Claro, mesmo estando afastada por atestados de saúde. A última foi em outubro de 2017, mas ela foi excluída da lista.   

Além de Ledur, mais de 40 bombeiros compõem a lista para promoção. Na mesma lista aparece ainda o tenente coronel Marcelo Augusto Reveles Carvalho, que também respondeu pela morte de Claro. Ele e mais quatro oficiais fizeram acordo de cooperação com o Ministério Público e deixaram de ser imputados pelo crime somente com imposições como proibição de participarem de qualquer treinamento, comparecimento mensalmente ao juízo e comprovar frequência de 50 horas-aula em curso de Direitos Humanos.   

Rodrigo Claro morreu no dia 15 de novembro de 2016 após participar de treinamento e atividades aquáticas. Segundo denúncia do Ministério Público, a vítima foi submetida a sessões de afogamento durante a travessia na lagoa, sob o comando da tenente Ledur, o que resultou na morte.   

Ledur responde a um processo administrativo junto ao Conselho de Justificação, que pode culminar inclusive na demissão. Publicação no Diário Oficial do Estado, do dia 13 de fevereiro, prorrogou por 20 dias, a contar do dia 4 de fevereiro, a conclusão dos trabalhos. O Conselho de Justificação foi criado no ano passado e é composto por três oficiais da ativa, de posto superior ao da acusada. A autarquia ainda não divulgou o resultado do conselho de justificação.   

Na seara criminal, duas audiências estão marcadas, para 15 e 16 de abril, quando serão ouvidas as testemunhas arroladas pela defesa e será feito o interrogatório da ré. Ela responde por tortura com resultado morte.
 
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