O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) afirmou que irá anunciar medidas para a reabertura da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá na próxima semana. O gestor ressalta que uma intervenção não está descartada, mas que todas as possibilidades devem ser analisadas com cautela.
“Não posso antecipar se é intervenção. É um caminho, mas não o único. Temos que pensar no que é melhor para a população”, declarou o prefeito, na manhã desta sexta-feira (29).
De acordo com Pinheiro, há um grande problema de gestão no hospital que deve ser sanado. Existe uma ligação muito forte entre Cuiabá e a Santa Casa, que completa 202 anos em dezembro, e é um compromisso do prefeito impedir que a instituição feche as portas.
“Não vou deixar que a Santa Casa feche, mas preciso do apoio do Governo do Estado. De um apoio concreto do Ministério da Saúde. Muitos parlamentares defendem a Poderes e instituições ao meu lado. Nossa bancada em peso está nos apoiando. Com todo esse apoio, sem comprometer as finanças do Município, com apoio do Ministério da Saúde e Governo do Estado, vamos tomar medidas em conjunto”, afirmou o chefe do Executivo municipal.
Nessa quinta-feira (28), o diretor executivo da Santa Casa, Daniel Pereira, informou ao HiperNotícias que esteve reunido com promotores de Justiça para discutir a possibilidade de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre o Município e o Estado para que seja investido cerca de R$ 20 milhões no hospital. O recurso seria usado para pagar servidores, médicos e fornecedores para garantir que a Santa Casa reabra até o aniversário de Cuiabá (8 de abril).
“Devemos nos reunir com representantes de Cuiabá e do Estado para tratar da possibilidade, que é uma alternativa para pagar as dívidas da Santa Casa e retomar os atendimentos. A outra saída estudada é o recebimento de recursos do Ministério da Saúde. Estamos elaborando os documentos exigidos para que possamos ter esse repasse”, afirmou o diretor.
De acordo com Daniel Pereira, a despesa com pessoal da Santa Casa é de cerca de R$ 1,5 milhão mensais. Essa semana foram cortados altos salários e bonificações que geraram um corte de R$ 250 mil na folha. “A meta é que essa despesa chegue a, pelo menos, R$ 1,1 milhão”, finalizou.
A Santa Casa paralisou as atividades no dia 11 de março, após greve dos servidores por conta de atrasos nos salários.
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