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17/05/2019 | 11:49

Greve e mau tempo cancelam 20 dos 42 voos da Avianca

Greve e mau tempo cancelam 20 dos 42 voos da Avianca

Foto: Reprodução

A greve de funcionários da Avianca Brasil e o mau tempo desta sexta-feira (17) fizeram com que a companhia aérea cancelasse 20 dos 42 voos desta sexta. Treze ocorreram por causa da paralisação, e os demais, pelo tempo, informou a Avianca.

A empresa opera hoje apenas em quatro aeroportos, em São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Brasília. Em São Paulo, funcionários da Avianca Brasil protestaram no saguão principal do Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, com placas que pediam a valorização do profissional e mais segurança.

De acordo com o Sindicato Nacional dos Aeronautas, 900 funcionários foram demitidos nesta semana e não há "condições psicológicas" nem segurança para continuar os voos.

No Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, tripulantes da companhia aérea também fazem uma paralisação.

Inicialmente, pela manhã, os sites das operadoras dos quatro aeroportos em que a companhia opera informavam 16 cancelamentos de um total de 40 partidas previstas.

Em nota, a Avianca Brasil disse que "Brasil entende e respeita a manifestação de parte de seus colaboradores e reforça que não está medindo esforços para cumprir as etapas de seu Plano de Recuperação Judicial e garantir suas obrigações com seus funcionários".

Paralisação de funcionários da Avianca Brasil em Congonhas — Foto: Renato Franzini/G1 Paralisação de funcionários da Avianca Brasil em Congonhas — Foto: Renato Franzini/G1
Paralisação de funcionários da Avianca Brasil em Congonhas — Foto: Renato Franzini/G1

A Avianca Brasil vive uma crise e está em processo de recuperação judicial. O Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou nesta quinta-feira (16) que 60% dos pilotos e comissários da companhia aérea Avianca de quatro aeroportos mantenham a operação durante a greve.

A companhia aérea disse que espera que os aeronautas cumpram a decisão da Justiça e "que os colaboradores que estão se apresentando para trabalhar sejam respeitados e não impedidos de assumir suas funções". "A Avianca Brasil esclarece ainda que a segurança operacional de seus voos continua sendo sua principal prioridade é está totalmente mantida", informou a empresa.

A Avianca Brasil afirmou ao TST ter recebido informação de que os tripulantes, incluindo comandantes, pilotos e comissários de bordo, entrarão em greve por tempo indeterminado.

O site do Sindicato Nacional dos Aeronautas informa que a decisão de paralisar os trabalhos foi tomada em assembleias realizadas na segunda-feira (13).

Funcionários da Avianca Brasil protestam em Congonhas na manhã desta sexta-feira — Foto: Reprodução/TV Globo Funcionários da Avianca Brasil protestam em Congonhas na manhã desta sexta-feira — Foto: Reprodução/TV Globo
Funcionários da Avianca Brasil protestam em Congonhas na manhã desta sexta-feira — Foto: Reprodução/TV Globo

De acordo com a ação, a Avianca Brasil anunciou ter sido notificada da paralisação por "falta de diálogo e negociação da empresa com o sindicato", além de atraso em verbas trabalhistas e descumprimento de compromissos. E que o sindicato pediu a paralisação dos serviços – com exceção de decolagens com órgãos para transplantes e com doentes.

No site, o sindicato afirma que a greve se deve "ao atraso nos pagamentos de salários e outras verbas e o consequente clima de incerteza gerado para os pilotos e comissários, situação que pode afetar a segurança de voo".

Em crise, a empresa aérea disse ao TST que tem mantido esforços para continuar em operação e para regularizar os pagamentos aos funcionários. E que uma paralisação total poderia levar a companhia à falência. O pedido era para que 100% dos aeronautas fossem obrigados a trabalhar.

A relatora, ministra Dora Costa, concordou parcialmente com a empresa. "É de conhecimento público a situação caótica instalada nos aeroportos em relação aos cancelamentos dos voos da Avianca Brasil – a qual se encontra em processo de recuperação judicial –, e que poderia se agravar ainda mais com a paralisação total das aeronaves ainda operantes", afirmou.

Mas ela frisou que não se pode impedir o direito de greve porque houve descumprimento de obrigações legais da empresa.

Dora Costa determinou ainda que o sindicato não deve realizar atos que impeçam o acesso de empregados, clientes e prestadores de serviços nos aeroportos.

 
 
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