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30/05/2019 | 08:20 - Atualizada em 30/05/2019 | 08:58

Juiz mantém prisão de Arcanjo e mais 17 presos em Cuiabá em operação contra o jogo do bicho

G1 MT

Juiz mantém prisão de Arcanjo e mais 17 presos em Cuiabá em operação contra o jogo do bicho

Foto: TJMT/Divulgação

O juiz Jorge Luiz Tadeu Rodrigues, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, manteve a prisão de João Arcanjo Ribeiro e de outros 17 presos em Cuiabá durante a Operação Mantus deflagrada nesta quarta-feira (29) contra o jogo do bicho. Ao todo, a ação pretendia cumprir 63 mandados entre prisões e busca e apreensão.

A manutenção da prisão foi definida durante audiência de custódia, no Fórum de Cuiabá.

Segundo o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), a defesa de Arcanjo solicitou que o ex-bicheiro fosse encaminhado para o Centro de Custódia de Cuiabá (CCC) sob argumento de que el já foi policial e estar com a idade avançada.

O CCC recebe os presos que têm curso superior completo. A ida de Arcanjo para a unidade deve ser definida, segundo o TJMT, pelo sistema prisional em função da disponibilidade de vagas.

Arcanjo foi preso na casa dele, no Bairro Boa Esperança, em Cuiabá. Segundo o delegado Flávio Stringueta, da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), ele recebeu as equipes policiais "com cordialidade e demonstrou que sabia da prisão".

Mais de R$ 200 mil foram encontrados na casa dele durante a prisão dele.

Arcanjo ficou conhecido por comandar o jogo do bicho em Mato Grosso nas décadas de 80 e 90.

Em 2002, ele foi alvo da operação da Polícia Federal, Arca de Noé, em que teve o mandado de prisão preventiva expedido pelos crimes de contravenção penal, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e homicídio. Desde fevereiro, ele estava no regime semiaberto.

Ao todo, além de Arcanjo outros 17 presos na operação participaram da audiência de custódia.

Desse total, apenas duas mulheres tiveram prisões domiciliares concedidas pela Justiça por terem filhos menores de 12 anos. Todos os outros continuam presos.

Policiais cumprem mandados na casa de João Arcanjo Ribeiro. — Foto: Ruberlei Siqueira/TVCA Policiais cumprem mandados na casa de João Arcanjo Ribeiro. — Foto: Ruberlei Siqueira/TVCA
Policiais cumprem mandados na casa de João Arcanjo Ribeiro. — Foto: Ruberlei Siqueira/TVCA

Operação Mantus
A Operação Mantus foi deflagrada pela Delegacia Especializada de Fazenda e Crimes Contra a Administração Pública (Defaz) e pela GCCO.

As ordens judiciais foram cumpridas em Cuiabá, Várzea Grande e em mais 5 cidades do interior do Estado.

Além da organização chefiada por Arcanjo, outro grupo criminoso liderado pelo empresário Frederico Muller Coutinho era investigado. Ele também é alvo da operação, mas não há informações se já foi preso ou não.

O advogado de Frederico, Adriano Coutinho de Aquino, disse que ainda não está inteirado sobre a prisão e só vai se pronunciar após ter acesso aos autos.

As investigações iniciaram em agosto de 2017, conseguindo descortinar duas organizações criminosas que comandam o jogo do bicho em Mato Grosso e que movimentaram em um ano, apenas em contas bancárias, mais de R$ 20 milhões.
 
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