Em mais um proptesto, professores e demais profissionais da rede estadual de Educação realizam protesto em frente à Secretaria de Educação (Seduc) na manhã desta quinta-feira (4). Os manifestantes fecharam a entrada do órgão, impedindo servidores de entrar e bloqueando as atividades no prédio.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), o objetivo é fazer com que o governo avance no processo de negociação com a categoria, que está em greve há 40 dias.
Na manhã de quarta-feira (3), representantes do sindicato se reuniram com o vice-governador, Otaviano Pivetta (PDT), e o secretário de Cultura, Esporte e Lazer, Alan Kardec, que também é professor da rede estadual, no Palácio Paiaguás. O encontro, conforme ressaltou Pivetta, tinha como objetivo ampliar o debate, uma vez que até então, ele não estava no processo de negociação, mas se mantinha preocupado com o movimento paredista.
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Christiano Antonucci
Reunião entre Sintep e vice governador
Após o encontro, o diretor do Sintep Henrique Lopes destacou que a equipe do governo irá mediar uma negociação com o governador Mauro Mendes.
"Como encaminhamento, a equipe do governo irá buscar um diálogo na tentativa de se construir uma nova proposta e deverá apresentá-la nos próximos dias”.
Manifestações
Os trabalhadores da educação da rede estadual de Mato Grosso permanecem em greve e intensificaram a mobilização com acampamento na Assembleia Legislativa nesta semana.
Segundo a categoria, o objetivo é cobrar dos deputados estaduais a necessária intermediação para resolução do impasse criado pelo executivo ao descumprir a Lei 510/2013, e de forma arbitrária cortar os salários dos profissionais que reivindicam direitos.
Christiano Antonucci
Reunião entre Sintep e vice governador
Também manhã desta quarta-feira, com faixas, cartazes e frases de ordem, manifestantes abordam veículos que passam na Avenida Prainha e na Isaac Povoas, em Cuiabá.
Durante o ato os participantes pedem dinheiro aos motoristas que passam pela via. O objetivo é arrecadar fundos para ajudar os servidores que não irão receber salários em julho, por causa do corte de ponto anunciado pelo governo.
Exigências
A categoria apontou como parâmetro para o encerramento da greve, dois pontos. O primeiro que o governo apresente um cronograma de recomposição dos 7,69% (mesmo que parcelado) até a próxima data base - abril de 2020 e um documento com compromisso de recuperação das perdas salariais e a garantia do prosseguimento da política da dobra do poder de compras durante seu governo.
Além disso, que seja suspenso imediatamente o corte dos pontos e a restituição dos dias descontados.