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Notícias / Variedades

26/07/2019 | 12:52

Nova adoção de Gagliasso desperta os equívocos de sempre

R7 Notícias

Nova adoção de Gagliasso desperta os equívocos de sempre

Foto: Reprodução

Casal do bem, os atores Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso adotaram o segundo filho no Malaui, país do sudeste africano. Bless, um garoto de 4 anos, vai ser irmão de Titi, adotada em 2016, quando tinha três anos. O álbum da família certamente ficou mais lindo do que já é. Desejamos saúde a todos.

Merecem. Adoção é um dos gestos mais generosos e necessários nos dias que correm. Cada vez que essa atitude se reproduz de forma sincera, uma vida é salva do abandono e iluminada por um sentimento que desde o início se mostra acolhedor e exemplar.

As duas crianças abençoadas pelo amor de Bruno e Giovanna provavelmente escaparam de compor as estatísticas que mostram que 53% de seus conterrâneos vivem abaixo da linha da pobreza, segundo a ONU.

Malaui é destino turístico internacional por conta de seus safáris e cenários paradisíacos – mas não o suficiente para impedir que seja um dos países mais pobres e menos desenvolvidos do mundo. Conhecido como o “coração quente da África”, possui cerca de 17 milhões de habitantes, dos quais quase metade tem até 14 anos.

Esse desamparo geracional deve ter sido um dos motivos que também levou a cantora Madonna a adotar quatro crianças malauienses – Esther, Stella, David Banda e Mercy Jame – além de ser generosa doadora para vários projetos infantis nesse território.

Na inevitável Olimpíada do Fracasso, na qual os brasileiros sempre se inscrevem pelas redes sociais, não faltarão os recordistas em comentários desagradáveis e julgamentos precipitados a deliberarem, sem terem nada a ver com isso, que o casal de atores deveria ter adotado crianças brasileiras. Afinal, por esse raciocínio torto, somos tão miseráveis como os africanos, não é mesmo?

Sem dúvida, temos crianças igualmente lindas e necessitadas de um lar. Algumas, inclusive, também são adotadas por pais estrangeiros, nunca em número suficiente para atenuar o drama – e tendo de enfrentar as dificuldades burocráticas que nosso Estado é pródigo em gerar.

Mas, para os comentaristas e sommelieres da vida alheia, qualquer ato de afeto e acolhimento precisa ser desmembrado em hipóteses mesquinhas e irrelevantes. É muito perverso, mas demasiadamente humano.

Para os que ficarem com dó das crianças brasileiras que não foram adotadas por Bruno e Giovanna, uma sugestão: leva pra casa.
 
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