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27/08/2019 | 08:59 - Atualizada em 27/08/2019 | 09:23

Jaime diz que VLT foi “facada” e que obra quebrou empresários

MidiaNews

Jaime diz que VLT foi “facada” e que obra quebrou empresários

Foto: Reprodução

O senador Jaime Campos (DEM) classificou como “facada” em Várzea Grande as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que estão paralisadas desde a metade de 2014. Segundo ele, o modal quebrou uma série de empresários e ainda causa transtornos no trânsito da cidade.

Em entrevista ao Resumo do Dia, na última semana, o parlamentar disse esperar que o governador Mauro Mendes (DEM) decida o quanto antes o futuro do modal de transporte.

Atualmente, a obra está sob análise de uma comissão montada pela Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana, do Ministério de Desenvolvimento Regional, em parceria com Mato Grosso. O prazo é de 120 dias para apresentar uma solução.

“Foi uma facada no coração dos várzea-grandenses e de todos que trafegam pela Avenida da FEB. Lamentavelmente, lançaram essa obra sem ser pensada, sem ser projetada e deu no que deu”, disse.

“A obra quebrou um punhado de empresários, causou um transtorno no trânsito, haja vista que constantemente há acidentes nessa via. Estamos apostando que o Governo Mauro Mendes conclua essa obra. O que não pode é ficar do jeito que está aí”, acrescentou.

Jaime citou que além da possibilidade de retomada do VLT, há ainda alternativas como a escolha por um BRT (Bus Rapid Transit) ou ainda a desistência de toda a obra e construção de uma terceira pista, de modo a dar melhor trafegabilidade à cidade.

Para ele, a situação de Várzea Grande é pior que a de Cuiabá, que conseguiu reconstruir o canteiro central.

“O que não pode é ficar da forma como está, porque Cuiabá e Várzea Grande estão pagando caro. Cuiabá ainda teve o privilégio de só abrirem o canteiro central e deu para o prefeito Emanuel Pinheiro aterrar, colocar meio-fio. Aqui é impossível, porque iniciaram os trilhos”, afirmou.

“O que não pode é a população ficar pagando tão caro, como já está pagando há 5 anos. Eu nunca acreditei. Defendi sempre o BRT. Aí inventaram o tal do VLT. Agora tem que dar uma destinação final. Mas tenho certeza e espero que o governador Mauro Mendes, até novembro, tome uma decisão”, completou.

A obra

Iniciadas em 2012, as obras do VLT estão paradas desde dezembro de 2014. Até então, apenas 6 km dos 22 km dos trilhos foram concluídos.

Orçado em R$ 1,477 bilhão - dos quais R$ 1,066 bilhão já foram aplicados, segundo dados da data base de maio de 2012 -, o contrato com o Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande foi rescindido pelo Governo do Estado após a Operação Descarrilho - deflagrada pela Polícia Federal em agosto de 2017 - que apontou indícios de irregularidades no acordo. 

Além disso, o Governo instalou processo administrativo para apurar possíveis infrações contratuais e prometeu lançar uma nova licitação para a obra.

Enquanto isso, os 42 vagões vão se deteriorando no Centro de Controle Operacional e Manutenção, que fica próximo ao Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande. Comprados quando a obra foi iniciada, os materiais rodantes custam ao Governo cerca de R$ 16 milhões por mês para manutenção. 
 
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