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Notícias / Cidades

03/09/2019 | 09:57

Iphan: 43 casarões do Centro Histórico correm risco de desabar

MidiaNews

Iphan: 43 casarões do Centro Histórico correm risco de desabar

Foto: Alair Ribeiro

Um levantamento realizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) apontou que 43 imóveis do Centro Histórico de Cuiabá correm risco de desabamento.

Conforme os dados divulgados pelo Ministério Público Estadual nesta segunda-feira (2), a região possui 98 prédios históricos abandonados. Deste total, 55 imóveis ainda não passaram por vistoria para verificar a situação da propriedade.

Os prédios estão localizados na Praça do Rosário, nas avenidas Tenente Coronel Duarte e nas ruas Pedro Celestino, Barão de Melgaço, calçadão Ricardo Franco, Voluntários da Pátria, Sete de Setembro, entre outros endereços.

A 29ª Promotoria de Justiça de Defesa Ambiental e da Ordem Urbanística da Capital realizará audiência pública para discutir a temática na quinta-feira (5).

No entanto, dois casarões históricos já desabaram com o descaso e abandono. O primeiro foi a Casa de Bem Bem, construída em 1850, localizada na Rua Barão de Melgaço, em dezembro de 2017.

Uma equipe de reportagem chegou a alertar sobre os riscos de desabamento. O casarão sofria com a ação do tempo, as rachaduras nas paredes indicavam que não aguentariam as fortes chuvas. O imóvel já quase não possuía mais telhado e estava sendo ocupado por moradores de rua da região.

Na época, a Prefeitura de Cuiabá emitiu uma nota informando que as obras no casarão histórico seriam retomadas. Contudo, nenhuma ação foi de fato tomada e, um ano depois, a estrutura sofreu um novo desmoronamento.

Diante desse novo fato, a Prefeitura divulgou uma nova nota afirmando que vai contratar, em caráter emergencial, uma empresa para fazer a restauração. 

Já em janeiro deste ano, a primeira gráfica e papelaria de Cuiabá, de meados do século XIX, conhecida com Gráfica Pêpe, também caiu devido a ação das chuvas e a situação de abandono.

Em março do ano passado, a reportagem do MidiaNews denunciou o abandono e o risco de desabamento do imóvel, que é considerado um dos mais importantes da história de Cuiabá.

Na época, a reportagem esteve no local e constatou que parte do telhado do imóvel já tinha caído.

Do lado de dentro, algumas das paredes também não existiam mais. Nas que sobraram, as imensas rachaduras indicavam que a casa poderia ir ao chão a qualquer momento, enquanto sua fachada dava a impressão de que iria desabar na cabeça de quem passasse na frente.

Em seu interior, a reportagem ainda conseguiu ver, por meio uma fresta, que existiam alguns armários e diversos entulhos.

Unidos pelo Centro Histórico

Com o objetivo de promover e cobrar ações do poder público a favor da região, um grupo de arquitetos, empresários, historiadores, advogados e professores se uniram após o desabamento da Gráfica Pêpe.

Atualmente, a coordenação da associação Amigos do Centro Histórico conta com 12 pessoas e se reúne regularmente para pensar projetos e cobrar o Poder Público. 

A maior reivindicação dos Amigos do Centro Histórico é a implantação de políticas públicas que tenham continuidade independente.
 
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