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19/09/2019 | 08:45

Correios suspende paralisação até julgamento de ação

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Correios suspende paralisação até julgamento de ação

Foto: Reprodução

O Sindicato dos Trabalhadores dos Correios (Sintect) suspenderam a greve da categoria nesta terça-feira (17). A decisão segue o parecer do Tribunal Superior do Trabalhado (TST), que mantém o acordo coletivo dos trabalhadores – uma das reivindicações do movimento - até o dia 2de outubro, quando a pauta da greve será apreciada na Justiça.

um dos membros da diretoria do Sintect, Alexandre Aragão, afirmou que o sindicato mato-grossense se opôs categoricamente à suspensão do movimento.

“Essa foi a maior greve dos Correios desde 2003, estava muito forte a ligação dos sindicatos. Uma greve histórica com grandes chances de arrancar os nossos direitos da empresa”, aponta o sindicalista, que faz questão de destacar o máximo de esforço da categoria para que a população não saia prejudicada com o movimento.

Com a suspensão da greve, os serviços dos Correios voltam a operar de forma totalmente ativa. “A rede de atendimento dos Correios está aberta em todo o país e os serviços, inclusive SEDEX e PAC, continuam sendo postados e entregues em todos os municípios”, apontou a empresa por meio de nota.

Entenda a greve

Com início nacionalmente na última quarta-feira (11), a greve dos funcionários vinha como uma resposta direta da categoria ao não cumprimento do acordo coletivo por parte da empresa. O acordo é o que garante o cumprimento dos direitos dos funcionários, inclusive a manutenção do salário mínimo dos trabalhadores sobre o reajuste salarial.

À época, Alexandre Aragão havia apontado que a categoria não tinha concurso público próprio desde o ano de 2011. “A empresa abandonou as negociações. No dia 1º de agosto venceu o período do novo acordo coletivo, mas até agora não teve o cumprimento das medidas. O salário não foi ajustado nem com a correção da inflação”, disse.

Além do acordo coletivo, o movimento grevista era um manifesto do Sintect frente à proposta de privatização da estatal. O sindicato aponta que a medida, dentre outras coisas, causará um esvaziamento da presença de serviços postais em cidades do interior.

“Os Correios é uma empresa que está presente em mais de 5 mil municípios brasileiros. Desses, um total de 324 dão lucro suficiente para pagar suas contas e suprir as [dívidas] dos outros. Quando privatizar, será que as empresas privadas vão ter interesse em operar nas cidades que não dão lucro? Ou será que vão atuar somente nos 324 que geram renda”, pontuou Edmar Leite, presidente do Sintect.
 
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