O decreto de prisão preventiva expedido pelo desembargador Orlando Perri, contra o ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques, está fundamento em 96 páginas onde o desembargador relata pontos de toda investigação até agora. Perri conduz as investigações sobre as escutas ilegais no Estado e designou o delegado Juliano Silva de Carvalho para executar o mandado.

Conforme o documento (veja aqui), Paulo Taques passa por audiência de custódia na 11ª Vara Criminal da Capital, comandada pelo juiz Marcos Faleiros. Ele foi levado para a Polinter e pode ser encaminhado para o Centro de Custódia de Cuiabá (CCC).

Segundo o inquérito, o ex-secretário e primo do governador Pedro Taques é investigado pela possível prática do crime de interceptação telefônica clandestina, na modalidade “barriga de aluguel”. A motivação para a prisão dele é a acusação de que teria sua ex-amante, a publicitária Tatiana Sangalli, e sua ex-assessora Carolina Mariane.

Taques é a quinta pessoa presa desde que o esquema dos grampos telefônicos vieram à tona, em maio desse ano. Ele deixou o cargo de secretário dias antes do caso se tornar público. Além de Paulo Taques, também já foram presos, o coronel Zaqueu Barbosa e os coronéis Evandro Lesco e Ronelson Barros, ex-chefe e ex-adjunto da Casa Militar, respectivamente, e o cabo Gerson Correa Junior, todos da Polícia Militar de Mato Grosso.