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07/10/2019 | 11:15

Parque Serra Azul reabre para o público após incêndio que queimou mil hectares

Olhar Direto

Parque Serra Azul reabre para o público após incêndio que queimou mil hectares

Foto: Reprodução

O cerrado é resistência. Basta viajar pelas rodovias de Mato Grosso para entender a máxima, ao ver acácias, ipês e barus lambidos pelo fogo, com os caules negros e as folhagens verdes renascendo. Assim está o Parque Sesc Serra Azul, que teve mil hectares queimados por cerca de nove dias no último mês, e reabriu suas atrações para o público no último dia 28 de setembro, sábado.

O parque é uma unidade do Sesc Pantanal, onde estão localizadas 13 nascentes dos rios que deságuam no Cuiabazinho, depois no Cuiabá, e vão formar a bacia pantaneira, em que acontece a cheia e a vazante. O espaço não tem hospedagem, mas oferece educação ambiental e aventura.

No total, são cerca de cinco mil hectares, e grande parte foi queimada no último mês. “O incêndio começou lá em cima, na Chapada, e foi o que a gente chama de criminoso, porque foi provocado pelo homem - como a gente sabe, boa parte dos incêndios que acontecem nesses biomas são criminosos, são pessoas que, talvez, por alguma falta de informação, usam o fogo para limpar um terreno, e acaba provocando isso, e perde o controle, porque é uma região que tem muitos ventos”, explica a superintendente do Sesc Pantanal, Cristiane Campos. “Essa fazenda perdeu o controle, o fogo queimou toda a Chapada, e desceu para a Serra”.

Foram queimados mil hectares dentro da área do Sesc, outros mil em uma área à margem, que pertence à União, mas que o Sesc tem o domínio. No entanto, no total o incêndio atingiu 15 mil hectares de área do cerrado, que se recupera aos poucos. “Essa regeneração ainda vai levar um bom tempo. Às vezes, visualmente, a gente quase não percebe mais, porque queima muito por baixo, mas para de fato regenerar tudo a gente vai levar muitos anos ainda”, lamenta.

Atrativos

Atualmente, o Parque Sesc Serra Azul oferece alguns atrativos como flutuação na cachoeira de mesmo nome, tirolesa, arvorismo, cicloturismo (de bicicleta) e almoço no Restaurante Buritizal.

A cachoeira Serra Azul tem 46 metros de altura, 30 metros de diâmetro e 6 metros de profundidade. Para entrar, é obrigatório o uso de colete salva vidas. A flutuação dura cerca de 50 minutos, a partir da explicação do guia. Para visitar o local, é necessário comprar o Voucher Único em uma agência de Nobres ou Rosário Oeste, e fazer a visita com um guia de turismo cadastrado.

Para chegar à cachoeira é necessário subir 470 degraus. Para descer, há uma tirolesa de 700 metros, e 50 metros de altura. As atividades de arvorismo e cicloturismo são feitas na parte de baixo do sítio.

O projeto de implantação total do parque ainda não está finalizado. “Ao todo serão 5 anos de trabalho para implantação. No sítio 1, na portaria, haverá uma estrutura grande com receptivo para o visitante deixar o veículo, e de lá ele segue com o veículo do Sesc”, conta Marcus Kramm, gerente do parque Sesc Serra Azul. “Haverá a visita à caverna do labirinto do Jacaré, até o final de 2020. E o ‘morro das flores’, com acessibilidade, inclusive para cadeirantes, que terá uma visão de 360 graus, e uma tirolesa de mais de mil metros e quase 80 metros de altitude”.

Também em 2020, o parque terá passeio com quadriciclo e canoagem, e o sítio onde fica o restaurante abrigará o ‘Parque da Vida Selvagem’, com borboletário, espaço com beija flor, serpentário e área para reprodução de espécies do cerrado ameaçadas de extinção – abertos ao público.
 
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