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11/10/2019 | 08:20

Pesquisa de alunos do IFMT identifica 25 línguas faladas pela população cuiabana

G1 MT

Pesquisa de alunos do IFMT identifica 25 línguas faladas pela população cuiabana

Foto: Reprodução

Alunos do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), em Cuiabá, elaboraram uma pesquisa sobre as línguas e dialetos adotados pelos cuiabanos. O "Mapa das línguas faladas na cidade de Cuiabá", como foi batizado, é baseado na seguinte pergunta que a professora fazia com frequência em sala de aula: "quantas línguas falamos em Cuiabá?". Os estudantes não sabiam responder de pronto.

As respostas sempre eram distintas, mas nunca exatas ou precisas.

Então, cinco alunos, sendo três de turismo e dois do curso de técnico em agrimensura, do campus Octayde Jorge da Silva, se uniram para elaborar a pesquisa que pudesse levantar as línguas faladas na capital mato-grossense.

Para a pesquisa, contaram com a ajuda da professora e doutora em linguística, Ema Marta Dunck Cinfra.

Eles não imaginavam que fosse tão difícil fazer esse levantamento.

Os estudantes foram às ruas para ouvir as pessoas, saber como elas falam e identificar o “jeito de falar cuiabano” que elas conhecem. Ocorre que os entrevistados estavam sempre correndo, para ir ao trabalho, para a escola, faculdade, e nem sempre podiam parar para contribuir com a pesquisa.

Apesar das dificuldades, os alunos deram continuidade à pesquisa, que começou em setembro do ano passado.  O mapa está prestes a ser concluído. A previsão é que seja finalizado neste mês.

Além do português, foram identificadas 24 línguas e dialetos. São elas:

Espanhol
Inglês
Francês
Wolof
Creolê
Árabe
Japonês
Serer
Libras
Holandês
Mandarim
Coreano
Alemão
Pullar
Italiano
Português de Portugal
Latim, Xavante
Paresi
Bakairi
Bororo
Iranche (Menqui)
Rikbakstsa

Esperanto

Os locais onde foram encontradas maior diversidade de línguas foi na Universidade Federal de Mato Grosso e o Instituto Federal de Mato Grosso.

As línguas identificadas na pesquisa, em parte, são resultado da imigração de povos sírios e libaneses na década de 80, italianos, no século 19 e japoneses, na década de 50.

Os imigrantes continuam chegando. Na última década, a maioria é origem haitiana, venezuelana e boliviana. A pesquisa visa catalogar, identificar e mapear as línguas faladas, por isso foram coletados dados de vários pontos da cidade multilíngue e multicultural.

Fazem parte dessa pesquisa os alunos Tereza Neponuceno Magalhães, Douglas Maxwell Botelho Elmino e Wenderson Felipe Soares Magalhães, alunos de bacharelado em turismo, e Evandro S. Bueno Junior e Sheila Aparecida Leite de Moraes, alunos do curso técnico em agrimensura.

 
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