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04/02/2020 | 10:11 - Atualizada em 04/02/2020 | 10:24

"Dois Irmãos": Tudo sobre a nova animação da Disney Pixar, que estreia em março

Redação TV Mais News

Era uma vez um mundo em que a mágica existia, mas foi enriquecida pelas comodidades modernas. Centauros, em vez de correrem com seus poderosos cascos de cavalo, preferem se locomover de carro; antigos feiticeiros deixam os cajados de lado pela facilidade da eletricidade; e unicórnios precisam se adaptar à vida na cidade, abrindo mão da pelagem branca para revirar o lixo em busca de comida. Esse universo, que mistura a realidade das metrópoles contemporâneas com criaturas fantásticas e mitológicas, é trazido pela primeira vez aos cinemas em Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica, animação da Disney•Pixar,
que estreia dia 5 de março.

No total, 13 seres mitológicos ganham uma releitura bem-humorada no novo longa-metragem, entre eles ciclopes, sereias, sátiros e dragões. “Temos trolls usando uniformes de escola e fadas motoqueiras”, conta o designer de produção Noah Klocek, em entrevista no Estúdio da Pixar, em São Francisco, Estados Unidos. “Nosso desafio foi criar esse mundo de uma maneira descontraída e que fosse acessível, mesmo para quem não é fã do gênero fantasia. Escolhemos ‘espécies’ que são facilmente reconhecidas por quem não acompanha esses filmes e tivemos liberdade criativa na hora de elaborar nossa versão.”

Em meio ao elenco colorido e diverso, destacam-se os dois protagonistas, o tímido elfo Ian e seu aventureiro irmão mais velho Barley, que encaram os desafios típicos da adolescência com a ajuda da mãe, Laurel (confira detalhes no quadro “Quem são os protagonistas”).

A rotina relativamente calma da família muda, porém, no 16º aniversário do caçula, quando os irmãos descobrem que o pai, que faleceu quando ainda eram pequenos, deixou uma carta
explicando como elementos mágicos poderiam ser usados para trazê-lo de volta por 24 horas. Empolgados com a possibilidade do reencontro, Ian e Barley tentam realizar o feitiço, mas algo dá errado e só conseguem tornar real a metade inferior paterna, ou seja, calças, sapatos e meias. Os irmãos, então, abandonam a segurança do lar e colocam o pé na estrada em busca de uma forma de completar o feitiço e aproveitar o pai antes que o prazo se esgote.

REFERÊNCIAS PESSOAIS
Apesar de ser cheio de imaginação, o roteiro veio da experiência real do diretor Dan Scalon, que, assim como Ian, tem um irmão mais velho e perdeu o pai quando era bebê. “Sempre me perguntei quem ele era”, conta Dan. “A ideia surgiu de uma pergunta simples: o que faríamos e o que aprenderíamos sobre nós mesmos se tivéssemos a oportunidade de passar um dia com nosso pai? Como um introvertido que sempre teve dificuldades de autoconfiança, me identifico muito com a insegurança do Ian. Com o passar do tempo, o filme se tornou um trabalho coletivo, em que diversos artistas contribuíram com suas experiências,
mas existem, sim, situações que foram inspiradas na minha vida.”

O maior adversário dos heróis na jornada, que segue os moldes dos filmes que se passam numa estrada, é o próprio tempo, mas ao longo do caminho os irmãos encontrarão personagens que desafiarão a coragem e determinação da dupla. Um deles é a Manticore
– criatura mitológica que se parece com um leão, mas possui asas de morcego, cauda de escorpião e chifre de touro – de quem os protagonistas precisam obter um mapa. No longa, ela abandonou o aspecto selvagem para se tornar a dona de um restaurante familiar, o que ilustra a visão do diretor em relação ao conflito entre as conveniências da contemporaneidade e nossa essência. “Não queremos dizer que o mundo moderno é ruim”, explica Dan. “Tudo bem encontrar alegria no entretenimento, nos livros e na imaginação, mas, às vezes, como a Manticore, a gente se acomoda. A mágica no filme é uma metáfora para quando você se desafia na busca da melhor versão de si mesmo.”

PAR DE CALÇAS ANIMADO
Em termos de tecnologia, a animação do pai dos protagonistas foi a que exigiu maior atenção. “O mais difícil no filme, com certeza, foi dar emoção a um par de calças”, diz Dan, entre risos. Para colocar o personagem na tela, a equipe contou com a ajuda de simuladores para reproduzir como um par de pernas sem tronco se moveria de maneira crível. Outro desafio foi a criação de 70 feitiços para o universo do filme, tarefa que foi designada aos maiores fãs de fantasia do estúdio, que se reuniram semanalmente para a discussão de
ideias, e ficaram conhecidos pelos colegas como “The Fellowship”, ou “A Sociedade”.

Produto de muitos artistas, roteiristas e produtores realmente apaixonados por fantasia, Dois
Irmãos: Uma Jornada Fantástica promete ser, além de entretenimento para família, uma experiência especial para os fãs do gênero de todas as idades. Imperdível para quem já estava com saudade de ver feitiços e criaturas encantadas nas telonas.

Quem são os protagonistas

IAN – Tímido, inseguro, metódico e sensível, o adolescente gosta de ordem e deseja ser aceito por um grupo de amigos. Precisa desenvolver a autoconfiança ao longo da narrativa para superar os obstáculos da jornada.

BARLEY – Caótico, bagunceiro e barulhento, o irmão mais velho de Ian é apaixonado por jogos de tabuleiro e por histórias dos tempos antigos em que existia mágica. Não tem medo
de ser quem é e sonha em viver uma grande aventura.

LAUREL – A mãe dos protagonistas é um elfo determinado que passou por vários desafios para criá-los sozinha, depois da morte do marido. Não se preocupa com coisas pequenas,
porque reconhece o que são problemas de verdade, e aprecia cada momento ao lado dos filhos.
 
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