A comissão especial da Câmara dos Deputados que analisou nos últimos meses uma proposta de reforma política concluiu, nesta terça-feira (15), a votação do relatório que estabelece o "distritão" para as eleições de 2018 para deputados (federais e estaduais) e vereadores, em 2020, pelo qual é eleito quem recebe mais votos. A proposta também cria um fundo para bancar as campanhas com dinheiro público. O texto agora seguirá para análise do plenário da Câmara.
Para as mudanças passarem a valer já nas eleições de 2018, precisam ser aprovadas na Câmara e no Senado até 7 de outubro. Por se tratar de uma proposta de emenda à Constituição, deve passar por dois turnos e obter em cada um o apoio mínimo de 308 dos 513 deputados. Se for aprovada, a reforma seguirá para o Senado.
O economista e comentarista da
TV Mais e do site TV Mais News, Múcio Ribas, fez uma projeção de como seria a composição da Câmara de Vereadores de Cuiabá caso o “distritão” estivesse valendo desde as eleições de 2016.
Confira a tabela:
Eleições de 2022
A partir de 2022, conforme o texto aprovado na comissão, será adotado o sistema "distrital misto" nas eleições para deputado federal, deputado estadual e vereador. O modelo é uma mistura dos sistemas proporcional e majoritário. No "distrital misto", a eleição dos deputados federais, por exemplo, seria assim:
O eleitor vota duas vezes: em um candidato do distrito e em uma lista fechada de candidatos estabelecida pelos partidos. Metade das vagas vai para os candidatos mais votados nos distritos. A outra metade é preenchida pelos candidatos da lista partidária. (Com Agência Câmara)