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Notícias / Variedades

22/08/2017 | 09:49

O mundo dá voltas: Fla e Bota invertem papéis e surpreendem no ano

Da Redação

Quando 2017 começou, as previsões colocavam o Flamengo, com alto investimento (cerca de R$ 58 milhões) e elenco recheado de bons jogadores, como candidato aos títulos que disputasse. Ao mesmo tempo, não viam o Botafogo com força para chegar longe na Libertadores, por exemplo, ou então fazer frente a outras grandes equipes nas demais competições. As previsões, porém, nem sempre se concretizam - o futebol, afinal, não é uma conta exata.

Oito meses depois, nesta quarta-feira, os rivais estarão frente a frente. Quem vencer a partida no Maracanã, às 21h45 (de Brasília), estará na final da Copa do Brasil. Um empate com gols e a vaga é do Alvinegro. Para ambos, o torneio é o caminho mais curto para garantir um lugar na Libertadores do ano que vem.

Para o Flamengo, como disse o zagueiro Rafael Vaz nesta segunda, "vale tudo", já que o time está distante da ponta do Campeonato Brasileiro e não tem mais a Libertadores. Para o Botafogo, é a chance de eliminar o rival e chegar à decisão, mas o Bota ainda tem a principal competição continental para disputar.

Mas será que alguém imaginou que Flamengo e Botafogo chegariam a essa altura do ano assim? Se fosse para apostar em um eliminado na fase de grupos da Libertadores, em quem você apostaria? E se fosse para apostar que um deles passaria por uma crise, em quem você apostaria?
Nós reunimos, abaixo, os principais momentos dos dois clubes no ano e como eles caminharam para chegar até aqui:

Estrelas argentinas
Flamengo e Botafogo começaram a temporada com contratações de jogadores renomados: Conca e Montillo, respectivamente. O argentino do rubro-negro chegou em recuperação de uma lesão no joelho e só jogaria no decorrer da temporada, sem previsão para estreia. O argentino alvinegro chegou para formar dupla com Camilo.

Nenhum deles, porém, correspondeu às expectativas. Conca atuou em apenas duas partidas desde quando se recuperou da lesão no joelho (contra Fluminense e Ponte Preta, por 15 minutos ao todo). Montillo, depois de seguidas contusões, decidiu se aposentar em julho.

Campeonato Carioca
A competição estadual foi o melhor momento do Flamengo na temporada. Sob comando do técnico Zé Ricardo e liderança de Guerrero (já que Diego lesionou o joelho), o Rubro-Negro foi campeão carioca invicto com 12 vitórias e cinco empates em 17 partidas.

Com um elenco recheado de estrelas, como Diego e Guerrero, o Flamengo iniciou a Libertadores com pompa de favorito. A campanha, com três vitórias e três derrotas (todas fora de casa) porém, fez o Rubro-Negro "cair da cama" e acordar do sonho de título. O time comandado pelo técnico Zé Ricardo terminou a fase de grupos em terceiro lugar, com nove pontos, atrás de Atlético-PR e San Lorenzo.

Enquanto isso, o Botafogo surpreendeu. Começou ainda na segunda fase da Libertadores, de mata-mata, eliminando o Colo Colo. Na fase seguinte, passou pelo Olimpia: Gatito pegou três pênaltis no jogo de volta e garantiu a classificação alvinegra. Virou herói. E o time comandado por Jair Ventura segue avançando... Depois de passar tranquilamente pelo grupo 1, na liderança, eliminou o Nacional nas oitavas e está nas quartas.


Saídas e mais chegadas
No Botafogo, apesar de o ano dentro de campo caminhar bem, as coisas fora dele não estavam exatamente iguais. O meia Camilo, por exemplo, se desentendeu com Jair Ventura e deixou o clube depois, em julho. O atacante Sassá, também envolvido em polêmicas extra-campo, se despediu do Alvinegro rumo ao Cruzeiro. Nada disso, porém, abalou o bom momento dentro das quatro linhas.
Enquanto sofria essas perdas, o Botafogo se reforçava. Arnaldo (lateral), Valencia (meia-atacante) e Brenner (atacante) foram contratados durante o ano.

O Flamengo seguiu um caminho parecido: também contratou jogadores no meio do ano (e nomes de peso), além de ter vendido o zagueiro Donatti e liberado o atacante Leandro Damião. O Rubro-Negro se reforçou com Éverton Ribeiro (meia), Rhodolfo (zagueiro), Geuvânio (atacante) e Diego Alves (goleiro).

Problemão
Vale ressaltar: nenhum desses reforços das duas equipes podem jogar a decisão desta quarta-feira. O prazo de inscrições da Copa do Brasil terminou antes das contratações, que terão de apenas torcer pelos companheiros no Maracanã.

Troca de comando
A pressão sobre o técnico Zé Ricardo por causa dos maus resultados fez o Flamengo trocar o treinador. Em meio ao Campeonato Brasileiro e à Copa do Brasil, o Rubro-Negro comemorou apenas uma vitória em uma sequência de oito jogos. Zé não resistiu e foi trocado pelo colombiano Reinaldo Rueda.

As derrapadas, inclusive, fizeram o Flamengo se distanciar - e muito - do topo do Brasileirão: atualmente, está em quinto lugar, com 32 pontos, contra 47 do líder Corinthians.
Já o Botafogo está em nono lugar, com 28 pontos, mas as boas campanhas na Libertadores e na Copa do Brasil e o bom futebol apresentado, apesar do investimento não tão grande, deixam Jair Ventura tranquilo no cargo.

Sul-Americana
A queda precoce na Libertadores fez o Flamengo mudar o foco de competições continentais. O Rubro-Negro, por ter sido terceiro colocado na fase de grupos do torneio, ao menos garantiu um lugar na Sul-Americana, uma espécie de prêmio de consolação. Depois de eliminar o Palestino, do Chile, a equipe da Gávea agora encara a Chapecoense nas oitavas de final. O Botafogo, classificado para as oitavas, segue na principal competição das Américas.
 
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