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28/04/2020 | 07:28

Miss Mato Grosso denuncia perseguição e abuso sexual

Redação TV Mais News

A miss Mato Grosso 2019, Ingrid Santin, denunciou um caso de perseguição e abuso cometido por um homem, no último domingo (26), na cidade de Rondonópolis (a 216 quilômetros de Cuiabá). Em vídeo publicado em seu perfil no Instagram, ela faz críticas sobre a forma que foi tratada na Delegacia Especializada da Mulher (DEDM).

Ingrid disse que seguia de moto para a residência da irmã por volta das 15h50, quando percebeu que estava sendo perseguida por um homem também em uma moto. Na frente havia uma camionete, que ela tentou ultrapassar, mas não conseguiu.

“O individuo se aproximou com a moto, eu percebi que ele começou a acelerar e conseguiu ficar bem do meu lado, colocou a mão entre as minhas pernas, nas minhas partes íntimas e apalpou”, disse emocionada. “Minha reação foi puxar a moto para o lado, eu quase cai”, acrescenta.

A miss diz que também grito e buzinou, mas não havia ninguém na rua. Ela continuou acelerando até conseguir chegar à casa da irmã, onde foi acolhida. Nesta segunda-feira (27),  Ingrid procurou a Delegacia da Mulher para denunciar o caso. No entanto, a modelo diz que se sentiu extremamente humilhada.

“Hoje eu percebi porque tantas mulheres talvez não denunciam, ou quando denunciam, acontece algo depois. Infelizmente eu percebi um sistema que não é efetivo. Quando cheguei na Delegacia e relatei que queria fazer um boletim de ocorrência contra assédio, uma senhora veio me perguntar o que tinha acontecido, contei brevemente o relato, e ela me perguntou: ‘você tem a placa da moto?’. Falei que ‘não’, que na hora do desespero não tive essa reação. “, conta Ingrid.

Na ocasião, ela disse que, embora não tivesse anotado a placa, poderia identificar o suspeito, vestimentas e veículo, caso fosse localizado. “Ela me disse que não poderia realizar o boletim de ocorrência sem a placa da moto”, afirma.

“Sou eu, cidadã e vítima que tenho que identificar a placa do suspeito? Sou eu que tenho que ir atrás ou isso é um dever e obrigação da polícia?”, questiona a modelo. “Se ele fez isso comigo e teve essa coragem, essa audácia, é porque está acostumado a fazer. Eu me senti extremamente humilhada e decepcionada com o sistema”, lamentou.
 
Procurada, a Polícia Civil disse que durante o procedimento de registro de ocorrências, os policiais coletam o maior número possível de informações para dar prosseguimento às investigações.

"De fato, foi perguntado à vítima se ela  havia conseguido anotar a placa da motocicleta, pois é necessário reunir informações para que seja possível identificar o agressor. Contudo, o fato da vítima não conseguir dar tal informação não é empecilho para o registro da ocorrência, como de fato foi feito", justifica. 

Ainda conforme posicionamento, a delegada responsável pelo caso já determinou a realização de diligências a fim de identificar o suspeito. Ressaltou também que todas as Delegacias da Mulher têm equipes aptas a fazer o registro e acolhimento das vítimas que procuram as unidades.

Também será apurado administrativamente se houve algum tipo de falta disciplinar por parte do servidor quanto ao atendimento prestado à vítima.

Fonte: Olhar Direto

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