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Notícias / Cidades

29/04/2020 | 08:08

Servente de pedreiro é preso acusado de perseguir e abusar de miss Mato Grosso

Redação TV Mais News

Um servente de pedreiro, de 24 anos, foi preso no fim da tarde desta terça-feira (28), pela Polícia Militar de Rondonópolis (215 quilômetros de Cuiabá), sob o comando do tenente-coronel Cândido, acusado de ser o responsável por perseguir e abusar da miss Mato Grosso 2019, Ingrid Santin.

Conforme as informações iniciais, o servente de pedreiro foi preso por volta das 17 horas desta terça-feira. O fato foi confirmado ao Olhar Direto pela Polícia Militar. Os detalhes da detenção ainda não foram repassados, já que o homem estava sendo levado para a Central de Flagrantes.

O caso

Ingrid disse que seguia de moto para a residência da irmã por volta das 15h50, quando percebeu que estava sendo perseguida por um homem também em uma moto. Na frente havia uma camionete, que ela tentou ultrapassar, mas não conseguiu.

“O individuo se aproximou com a moto, eu percebi que ele começou a acelerar e conseguiu ficar bem do meu lado, colocou a mão entre as minhas pernas, nas minhas partes íntimas e apalpou”, disse emocionada. “Minha reação foi puxar a moto para o lado, eu quase cai”, acrescenta.

A miss diz que também grito e buzinou, mas não havia ninguém na rua. Ela continuou acelerando até conseguir chegar à casa da irmã, onde foi acolhida. 

Crítica à Delegacia

Nesta segunda-feira (27),  Ingrid procurou a Delegacia da Mulher para denunciar o caso. No entanto, a modelo diz que se sentiu extremamente humilhada.

“Hoje eu percebi porque tantas mulheres talvez não denunciam, ou quando denunciam, acontece algo depois. Infelizmente eu percebi um sistema que não é efetivo. Quando cheguei na Delegacia e relatei que queria fazer um boletim de ocorrência contra assédio, uma senhora veio me perguntar o que tinha acontecido, contei brevemente o relato, e ela me perguntou: ‘você tem a placa da moto?’. Falei que ‘não’, que na hora do desespero não tive essa reação. “, conta Ingrid.

Na ocasião, ela disse que, embora não tivesse anotado a placa, poderia identificar o suspeito, vestimentas e veículo, caso fosse localizado. “Ela me disse que não poderia realizar o boletim de ocorrência sem a placa da moto”, afirma.

“Sou eu, cidadã e vítima que tenho que identificar a placa do suspeito? Sou eu que tenho que ir atrás ou isso é um dever e obrigação da polícia?”, questiona a modelo. “Se ele fez isso comigo e teve essa coragem, essa audácia, é porque está acostumado a fazer. Eu me senti extremamente humilhada e decepcionada com o sistema”, lamentou.
 
Procurada, a Polícia Civil disse que durante o procedimento de registro de ocorrências, os policiais coletam o maior número possível de informações para dar prosseguimento às investigações.

"De fato, foi perguntado à vítima se ela  havia conseguido anotar a placa da motocicleta, pois é necessário reunir informações para que seja possível identificar o agressor. Contudo, o fato da vítima não conseguir dar tal informação não é empecilho para o registro da ocorrência, como de fato foi feito", justifica.  

Fonte: Olhar Direto

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