O recurso de R$ 1,3 bilhão que deve chegar a Mato Grosso nos próximos meses, com a aprovação do projeto de lei de socorro aos estados, pode não ser suficiente para cobrir o rombo na arrecadação, segundo avaliou o secretário de Fazenda Rogério Gallo, nesta segunda-feira (4).

Para o chefe da Sefaz, ainda é muito cedo para fazer um levantamento de qual será o real tamanho da queda na arrecadação de Mato Grosso e por quanto tempo esta crise irá durar.

“É difícil mensurar quanto tempo vai durar a queda de arrecadação e em qual patamar. É bom lembrar que irá haver uma queda nos faturamentos das empresas, porque as pessoas neste período de restrição ficaram desempregadas, terão menos renda, portanto vão consumir menos. Isso vai com certeza impactar até o final do ano, na receita pública de Mato Grosso, sobretudo no seu principal tributo que é o ICMS”, disse o secretário em entrevista a TV Vila Real.

“É difícil fazer uma previsão de o quanto seremos impactados até dezembro neste aspecto. Ainda que as lojas reabram, as pessoas ainda vão estar sem renda e não vão fazer as compras que iriam fazer. Elas vão priorizar gastos essenciais, como alimentação e medicamento. Isso vai impactar na receita pelo menos até o final do ano, pois as rendas das pessoas vão cair. Não dá para saber ainda se esse R$ 1,3 bilhão irá cobrir o prejuízo totalmente, mas é um auxílio importante”, afirmou.

No último sábado (2), o Senado aprovou o projeto que tem como o objetivo socorrer os estados com um valor que chega aos R$ 120 bilhões, com recursos direcionados diretamente aos governadores, além de suspenção de pagamento de dívidas.

Dos 26 estados e Distrito Federal, Mato Grosso terá a sétima maior parte do recurso, por conta dos critérios aprovados no Senado.

O projeto ainda precisa ser aprovado na Câmara dos Deputados e sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro.

Fonte: Olhar Direto