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29/05/2020 | 12:25

Equipe Williams de F1 pode ser colocada à venda

Um dos nomes mais icônicos da história da Fórmula 1 pode estar com os dias contados: depois de um prejuízo de 13 milhões de libras (cerca de R$ 86 milhões) em 2019, a direção da Williams anunciou que poderá vender parte ou até mesmo a totalidade da equipe. Também foi revelado o fim imediato dos contratos de patrocínio com a empresa de telecomunicações RoKiT e a marca de bebidas ROK Drinks, parceiras desde o começo de 2019. A equipe divulgou comunicado:

"A companhia não recebeu nenhuma abordagem no momento deste anúncio e confirma que está em discussões preliminares com um pequeno número de partes a respeito de um possível investimento na companhia. Não há certeza de que uma oferta será feita, nem sobre os termos em que qualquer oferta será feita. O conselho se reserva o direito de alterar ou encerrar o processo a qualquer momento e, se o fizer, fará um anúncio conforme apropriado. O conselho também se reserva o direito de rejeitar qualquer abordagem ou encerrar discussões com qualquer parte interessada a qualquer momento."

A notícia vem após a Williams anunciar seus resultados financeiros de 2019, ano em que teve prejuízo de 13 milhões de libras (cerca de R$ 86 milhões), depois de ter lucrado 16 milhões de libras (R$ 106 milhões em 2018. No ano passado, a receita da companhia caiu para 160,2 milhões de libras (R$ 1,06 bilhão) contra as 176,5 milhões de libras (R$ 1,176 bilhão) em 2018.

Em relação à equipe de Fórmula 1, as receitas caíram para 95,4 milhões de libras (R$ 636 milhões) na comparação com as 130,7 milhões de libras (R$ 871 milhões) de 2018. O prejuízo da equipe em 2019 foi de 10,1 milhões de libras (R$ 67 milhões) após o lucro de 16 milhões de libras (R$ 106 milhões) em 2018.

- Os resultados financeiros de 2019 refletem o recente declínio na competitividade da operação de F1 e a consequente redução na receita de direitos comerciais. Após quatro anos de um desempenho muito sólido no campeonato de construtores de F1 da FIA, durante o qual conquistamos dois terceiros e dois quintos lugares, passamos por duas temporadas muito difíceis. Implementamos uma reestruturação significativa nos últimos nove meses e fortalecemos a equipe de liderança técnica - disse o CEO Mike O'Driscoll.

O executivo comentou ainda que as medidas podem ser tomadas para assegurar o futuro da equipe diante das mudanças de regulamento, como a implantação de um teto orçamentário por temporada em 2021 e de um novo conceito de carro em 2022:

- É claro que a temporada de Fórmula 1 de 2020 foi interrompida devido à pandemia do Covid-19, e isso terá um impacto em nossa receita de direitos comerciais neste ano. Em comum com muitos outros negócios, tomamos medidas extensivas para mitigar isso, incluindo um período prolongado de licença para grande parte de nossa equipe. À medida que essa terrível crise global recua, todos na Williams Racing estão ansiosos pelo início da nova temporada.

Neste ano, a Williams já havia tomado um empréstimo de 50 milhões de libras (cerca de R$ 318 milhões) do empresário canadense Michael Latifi, pai do piloto titular Nicholas Latifi. A operação também foi feita para refinanciar uma instalação da equipe avaliada em 40 milhões de libras (R$ 266 milhões) e que foi dada como garantia pelos ativos da empresa. Outro ativo é o contrato para a Williams correr na F1, e se a equipe deixar a categoria, Latifi teria direito ao controle total do time.

Fundada em 1977, a Williams tem nove títulos mundiais de construtores e sete de pilotos, mas não é campeã desde 1997. Nos últimos dois anos, a equipe foi a última colocada entre as dez participantes. Fundador do time, Frank Williams ainda detém 52,3% da escuderia.

Em 2020, a tradicional equipe tenta se recuperar com Nicholas Latifi como um dos titulares ao lado do inglês George Russell. Nos testes de pré-temporada, a Williams teve um desempenho razoável, e aparentemente pode brigar por pontos em algumas corridas.

Fonte: Globoesporte
 
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