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18/08/2020 | 11:48

Tio acusado de estuprar menina de 10 anos no ES confessou crime 'informalmente', diz polícia

O homem acusado de estuprar uma menina de 10 anos em São Mateus (ES), que foi preso na madrugada desta terça-feira em Betim (MG), confessou "informalmente" o crime à polícia, informou à reportagem o superintendente da Polícia Regional Norte do ES, Ícaro Ruginsk. Ele está a caminho de Vitória, onde prestará depoimento.  A criança, que realizou um procedimento de aborto na última segunda-feira e tem quadro estável, relatou que o tio, de 33 anos, abusava dela desde que tinha 6 anos.

A polícia também confirmou a veracidade de um vídeo que circula nas redes sociais no qual o acusado, que será indiciado por estupro com agravamento da pena pela gravidez, pede que o material genético do feto, colhido pela Polícia Científica de Pernambuco na última segunda-feira, também seja comparado com o DNA do avô da menina e de um outro tio, que morariam na mesma casa.

A Polícia Civil capixaba também informou à reportagem que a investigação irá transcorrer em sigilo. Na confissão, o acusado disse manter um "relacionamento" com a menina desde 2019 e que havia "consentimento". No entanto, pela lei brasileira, o consentimento só pode ocorrer a partir dos 14 anos. Há jurisprudência pacificada por parte do Supremo Tribunal Federal (STF) de que atos sexuais antes dessa idade contam com "presunção absoluta de violência".

Fontes próximas à família ouvidas pelo GLOBO contaram que o acusado não é tio de sangue da vítima, mas companheiro da tia da menina, e teria uma filha "de 5 ou 6 anos" que moraria na mesma casa que a criança abusada em São Mateus.

Uma coletiva sobre o caso será conduzida pela Polícia Civil em Vitória na tarde desta terça-feira. O destino final do acusado ainda não foi determinado. Segundo a corporação, ele foi encontrado a partir do trabalho de Inteligência da polícia. Antes de fugir para Betim, teria passado pela Bahia, de onde conseguiu fugir. Em Minas Gerais, ele próprio procurou as autoridades para se entregar.

Fonte - O Globo 
 
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