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13/09/2017 | 09:01

Cover de Lady Gaga, drag queen já gastou mais de R$ 50 mil para se parecer com cantora

A partir de quinta-feira, 14, Renato Ricci, de 30 anos, não fará nada que não seja seguir os passos de Lady Gaga no Rio de Janeiro. A cantora encerra o primeiro dia de shows no Rock in Rio, na sexta-feira, 15. E ele estará vestido de Penelopy Jean, a drag queen que interpreta e faz cover da artista, por onde ela passar. “Estou bordando o look, um por um”, conta o mineiro.

Até cinco anos atrás, Renato nunca imaginou o quanto sua vida mudaria por conta de Lady Gaga. Ele trabalhava como designer gráfico num escritório quando começou a se montar na noite paulistana. “Era mais uma brincadeira, uma vez por mês, numa festa”, recorda, ele, fã da cantora desde 2008: “A coisa começou a evoluir e passaram a me contratar para shows”.

Renato, então, pediu demissão e decidiu investir nas performances. Hoje ele faz até oito shows por mês, que têm duas configurações: com dois ou quatro bailarinos. “Depende muito do contratante e do local. Mas fazemos o Brasil todo e muitas festas de empresas também”, conta Renato.

Ele próprio nunca se achou parecido com a popstar. Mas ao se travestir nas primeiras vezes ouvia dos amigos que ele era a cara de Gaga. “Até que me olhei e pensei: ‘Não é que pareço mesmo?’”, diz sem falsa modéstia. os fãs da cantora também adotaram Penelopy e lotam suas apresentações.

Não é por acaso. Renato se esmera em se caracterizar com a maior fidelidade possível à original. E, olha, que ele gasta uma grana. Só de perucas são mais de 50. Botas, mais de 30. Mas são as roupas que mais encarecem e deixam o designer, e hoje maquiador, enlouquecido. “Só para fazer as roupas que ela usou no Superbowl este ano gastei uns R$ 3 mil”, diz ele, que tem vários costureiros na empreitada.

Se fosse fazer as contas desde o início da carreira de cover, Renato já poderia ter comprado um carrão. “Já gastei mais de R$ 50 mil com certeza. Mas meu investimento já teve retorno”, avisa ele, que não revela o cachê de seus shows.

Este mês ele estreia um programa no canal E! em que transforma mulheres em drag queens. “O que seria de nós sem as mulheres como fonte de inspiração?”, questiona. Agora só falta mesmo conhecer a própria musa inspiradora. Ele vem tentando entrar em contato com a produção de Lady gaga. Ainda sem sucesso. Mas uma vitória ele já obteve: “Ela já postou uma foto minha no Instagram dela”.
 
 
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