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09/09/2020 | 08:41

Taxa de reprodução da Covid-19 em Cuiabá é a menor em quatro meses

A taxa de reprodução do novo coronavírus (Covid-19) em Cuiabá atingiu o menor número desde a semana 18, que aconteceu entre 26 de abril e 2 de maio. Nesta época, a taxa estava em 0,94. Já nesta última semana, de 30 de agosto a 05 de setembro, a taxa foi de 0,71. Isto significa que uma pessoa contaminada transmitiu o vírus para 0,71 pessoas.


 
Os dados foram divulgados no Informe Epidemiológico número 36, produzido pela Prefeitura de Cuiabá em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). O informe tem por objetivo de monitorar o padrão de morbidade e mortalidade e descrever as características clínicas e epidemiológicas dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave - SRAG e Síndrome Gripal – SG - pelo SARS-Cov-2 em residentes no município de Cuiabá.
 
Segundo o documento, a taxa de transmissão na capital já oscilou desde 0,11, na 15ª semana da epidemia, até 6,38, na semana 14. Isso demonstra “[...] grandes diferenças no que se refere a reprodução do vírus, ou seja, ao número médio de contágios causados por cada pessoa infectada, em uma população onde todos são suscetíveis”. Os valores de Rt estão menores do que 1,0 desde a semana número 27, ou seja, de 28 de junho a 04 de julho.
 
“Vale lembrar que se o Rt se mantiver menor do que 1 por várias semanas a epidemia irá diminuir de tamanho até ser eliminada ao longo do tempo e, como referido anteriormente, a desaceleração se dá lentamente, ou seja, a disseminação do vírus permanece, mas o número de infectados se espalha ao longo do tempo até cessar o número casos”, completa o documento.
 
O informe ainda traz uma figura que mostra a estimativa do número de indivíduos infectados com relação ao tempo a partir de 14 de março. “Conforme podemos notar na curva, o número máximo de indivíduos infectados acontece em 15 de julho e desde então o número de infectados vem decrescendo lentamente, indicando que está ocorrendo mais recuperação (somando-se aos óbitos) do que o número de casos novos”.

Os pesquisadores, no entanto, reiteram que os modelos matemáticos devem ser vistos como uma aproximação da realidade. “ A confiabilidade de tais modelos depende fortemente da confiabilidade das fontes de informações da realidade que temos acesso. Quanto mais precisas forem as informações disponíveis, maior será o grau de previsibilidade do modelo sobre a realidade”, afirmam. “Ressaltamos que os dados apresentados neste informe se referem a casos que são identificados pelos serviços de saúde, assim como nos demais municípios brasileiros. Contudo, estudos nacionais e internacionais mostram que o número real de casos pode ser ainda maior. Pesquisa realizada recentemente estimou que no Brasil para cada caso confirmado de COVID19 registrado oficialmente, existem 6 casos desconhecidos na população”.

Fonte: Olhar Direto
 
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